Olá Leitores!
Em vista dos comentários positivos a respeito da minha nova empreitada, vou fazer promoção no blog sim!!!!
O primeiro livro á ser sorteado será "Horror em Amityville" de Jay Anson. Horror em Amityville - Jay Anson .
Todo mundo está convidado á participar da promoção! basta ir na aba Promoções e se inscrever!!
Sejam criativos e boa sorte!!!!
domingo, 25 de novembro de 2012
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
5
O que vocês acham dos ebooks?
Olá Leitores!!
Eu amo esse blog, me dedico muito á ele e estou sempre buscando novas formas de trazer conteúdo de qualidade para vocês. A resposta recebida, com tantas visitas, seguidors e comentarios, é gratificante. Tanto é que queria retribuir á vocês de alguma forma!
Vi em alguns blogs voltados para a literatura que seus administradores lançam mão de um atificio interessante, o sistema de Promoções. Os seguidores participam, e depois acontece o sorteio de livros e marcadores de páginas. Claro que isso acontece quando o blogueiro administrador possui os livros em questão ou em parceria com as editoras parceiras.
No entanto, no meu caso há um problema: Não tenho meios (dinheiro) para comprar tantos livros assim, e ainda estou começando com a parceria com as editoras, por isso, fica dificil fazer esse tipo de promoção como é feito nos demais blogs que eu conheço. Mas eu queria tanto poder fazer algo desse tipo por vocês, Leitores, principalmente porque faço resenhas de livros um tanto classicos que não se acham muito por ai e em alguns comentários, percebo que muita gente não havia lido o livro antes, embora ele já fosse um pouco antigo.
Depois de muito pensar (levantar, esticar as pernas, tomar um café, dormir um pouquinho e assistir os Simpsons) me ocorreu a seguinte idéia, deixe me explicar: O que vocês acham dos ebooks?
Eu sei que não é a mesma coisa que um livro palpável em suas mãos, não terá o cheiro de livro novo, não haverá marcadores bonitinhos, mas a história estará lá, a essência do livro estará lá. Eu tenho um acervo grande de ebooks e ficaria feliz em compartilhar com vocês! Além do fato de não ser necessário esperar pela boa vontade do correio, ebook se manda por email!!!!
Eu quero muito fazer promoção dos livros que eu li e gostei muito, mas seria com os exemplares ebook (pdf) dos livros. Então eu pergunto, meus Leitores, o que vocês acham?? Prefiro perguntar para vocês primeiro e saber o que vocês acham.
Deixem suas opiniões nos comentários e dependendo das respostas, um novo horizonte será explorado nesse blog.
Eu amo esse blog, me dedico muito á ele e estou sempre buscando novas formas de trazer conteúdo de qualidade para vocês. A resposta recebida, com tantas visitas, seguidors e comentarios, é gratificante. Tanto é que queria retribuir á vocês de alguma forma!
Vi em alguns blogs voltados para a literatura que seus administradores lançam mão de um atificio interessante, o sistema de Promoções. Os seguidores participam, e depois acontece o sorteio de livros e marcadores de páginas. Claro que isso acontece quando o blogueiro administrador possui os livros em questão ou em parceria com as editoras parceiras.
No entanto, no meu caso há um problema: Não tenho meios (dinheiro) para comprar tantos livros assim, e ainda estou começando com a parceria com as editoras, por isso, fica dificil fazer esse tipo de promoção como é feito nos demais blogs que eu conheço. Mas eu queria tanto poder fazer algo desse tipo por vocês, Leitores, principalmente porque faço resenhas de livros um tanto classicos que não se acham muito por ai e em alguns comentários, percebo que muita gente não havia lido o livro antes, embora ele já fosse um pouco antigo.
Depois de muito pensar (levantar, esticar as pernas, tomar um café, dormir um pouquinho e assistir os Simpsons) me ocorreu a seguinte idéia, deixe me explicar: O que vocês acham dos ebooks?
Eu sei que não é a mesma coisa que um livro palpável em suas mãos, não terá o cheiro de livro novo, não haverá marcadores bonitinhos, mas a história estará lá, a essência do livro estará lá. Eu tenho um acervo grande de ebooks e ficaria feliz em compartilhar com vocês! Além do fato de não ser necessário esperar pela boa vontade do correio, ebook se manda por email!!!!
Eu quero muito fazer promoção dos livros que eu li e gostei muito, mas seria com os exemplares ebook (pdf) dos livros. Então eu pergunto, meus Leitores, o que vocês acham?? Prefiro perguntar para vocês primeiro e saber o que vocês acham.
Deixem suas opiniões nos comentários e dependendo das respostas, um novo horizonte será explorado nesse blog.
Natalia de Oliveira
criadora do blog
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quinta-feira, 22 de novembro de 2012
0
"Um amor, um verão e o milagre da vida", de Isa Colli - Resenha
Olá Leitores!
É com prazer que eu trago á vocês minha primeira resenha em parceria com a Editora Baldon.
Sinopse
Maria Paula é uma jovem de classe média-alta que junto com sua mãe Estela, seu irmão Matheus e sua melhor amiga Barbara vai passar as ferias de verão na praia de Provetá, em Angra dos Reis, na casa de seu avô Olimpio, depois de muito que não visitava esse paraíso litorâneo. Tudo o que ela espera é se divertir e um romance de verão com um nativo realmente não estav em seus planos.
Mas tudo isso muda quando ela conhece João Carlos (ou J.C. como ele gosta de ser chamado), um rapaz jovem, lindo e dourado. Filho de um pescador local, divide seu tempo entre jogar futebol e surfar, ao mesmo tempo que tenta concliar seus estudos para o vestibular que se aproxima. A atração entre os dois é inevitavel.
A subta paixão que toma conta desses dois corações jovens é intensa, no entanto, Maria Paula está alheia ao que está acontecendo com J.C.
É com prazer que eu trago á vocês minha primeira resenha em parceria com a Editora Baldon.
Sinopse
Maria Paula é uma jovem de classe média-alta que junto com sua mãe Estela, seu irmão Matheus e sua melhor amiga Barbara vai passar as ferias de verão na praia de Provetá, em Angra dos Reis, na casa de seu avô Olimpio, depois de muito que não visitava esse paraíso litorâneo. Tudo o que ela espera é se divertir e um romance de verão com um nativo realmente não estav em seus planos.
Mas tudo isso muda quando ela conhece João Carlos (ou J.C. como ele gosta de ser chamado), um rapaz jovem, lindo e dourado. Filho de um pescador local, divide seu tempo entre jogar futebol e surfar, ao mesmo tempo que tenta concliar seus estudos para o vestibular que se aproxima. A atração entre os dois é inevitavel.
A subta paixão que toma conta desses dois corações jovens é intensa, no entanto, Maria Paula está alheia ao que está acontecendo com J.C.
terça-feira, 20 de novembro de 2012
2
Uma andorinha só não faz verão
Olá Leitores!
Os mais atentos de vocês devem ter percebido que a minha lista de blogs parceiros ficou menor. Deixe-me explicar o porquê:
O sistema de parceria entre blogs, no meu entendimento, é uma forma desses veículos de divulgação se ajudarem (afinal, o nome diz tudo, parceria), ainda mais se forem dirigidos ao mesmo publico alvo. Os seguidores do seu e do meu blog veem o banner de outro blog e o visitam, e vice e versa. Até ai todo mundo entendeu como funciona, não? Beleza.
A questão é que no começo do mês decidi começar á buscar parceria com outros blogs de literatura e disponibilizei o banner de alguns. Seguindo as diretrizes deles de disponibilizar primeiro o banner deles e mandar um email fazendo minha proposta, esperei um bom tempo por respostas, sendo que de alguns a resposta não veio, ou seja, fiquei no vacuo.
Os mais atentos de vocês devem ter percebido que a minha lista de blogs parceiros ficou menor. Deixe-me explicar o porquê:
O sistema de parceria entre blogs, no meu entendimento, é uma forma desses veículos de divulgação se ajudarem (afinal, o nome diz tudo, parceria), ainda mais se forem dirigidos ao mesmo publico alvo. Os seguidores do seu e do meu blog veem o banner de outro blog e o visitam, e vice e versa. Até ai todo mundo entendeu como funciona, não? Beleza.
A questão é que no começo do mês decidi começar á buscar parceria com outros blogs de literatura e disponibilizei o banner de alguns. Seguindo as diretrizes deles de disponibilizar primeiro o banner deles e mandar um email fazendo minha proposta, esperei um bom tempo por respostas, sendo que de alguns a resposta não veio, ou seja, fiquei no vacuo.
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domingo, 18 de novembro de 2012
1
Sidney olhava incessantemente para o relógio em seu pulso, eram onze e cinquenta da noite. - Que droga! – esbravejou, tinha perdido o ultimo ônibus. Sidney estava sozinho no ponto de ônibus em frente a lanchonete que ficava perto da casa da sua namorada. Tinha perdido a noção das horas, entretido com os amassos e quando reparou na hora, saiu correndo colocando a camisa e abotoando as calças. É, era isso que dava não ter carro e namorar uma garota que morava longe pra cacete. Poderia dormir na casa dela? Poderia, mas tinha que acordar cedo, bem cedo para ir para o serviço e como não estava prevenido, teria que continuar a linha de raciocínio mais tarde e por hora, estava ferrado. A escuridão daquele lugar era terrível e o silencio era sepulcral. A lanchonete já estava fechada e não passava ninguém na rua. Olhou para a rua, pensou ter ouvido o som de motor, mas tudo o que veio em sua direção foi uma moto que passou muito rápido. Praguejou outra vez, não podia voltar para casa á pé, sua casa era muito longe, tanto que sua casa ficava perto do ponto final, depois que o ônibus desovava o pessoal, ele seguia para a garagem, e isso no fim das contas era um saco.
"Ponto Final " , por Natalia de Oliveira
"Ponto Final"
Sidney olhava incessantemente para o relógio em seu pulso, eram onze e cinquenta da noite. - Que droga! – esbravejou, tinha perdido o ultimo ônibus. Sidney estava sozinho no ponto de ônibus em frente a lanchonete que ficava perto da casa da sua namorada. Tinha perdido a noção das horas, entretido com os amassos e quando reparou na hora, saiu correndo colocando a camisa e abotoando as calças. É, era isso que dava não ter carro e namorar uma garota que morava longe pra cacete. Poderia dormir na casa dela? Poderia, mas tinha que acordar cedo, bem cedo para ir para o serviço e como não estava prevenido, teria que continuar a linha de raciocínio mais tarde e por hora, estava ferrado. A escuridão daquele lugar era terrível e o silencio era sepulcral. A lanchonete já estava fechada e não passava ninguém na rua. Olhou para a rua, pensou ter ouvido o som de motor, mas tudo o que veio em sua direção foi uma moto que passou muito rápido. Praguejou outra vez, não podia voltar para casa á pé, sua casa era muito longe, tanto que sua casa ficava perto do ponto final, depois que o ônibus desovava o pessoal, ele seguia para a garagem, e isso no fim das contas era um saco.
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
1
Editora Baldon e a parceria com o blog
Olá Leitores!
É com orgulho que eu venho dizer á vocês que o Natalia de Oliveira escreve. . . está evoluindo (que emoção!).
A Editora Baldon que já tem um programa de parceria com blogs agora é a primeira parceira desta que vos fala. Graças á isso, poderei trazer mais resenhas e novidades do mundo da literatura para vocês, meus leitores. Mais conteudo, mais qualidade.
Inicialmente a empresa assume o compromisso de enriquecer e fomentar as atividades culturais e educacionais, com publicações de obras significativas para a sociedade, editando autores consagrados ou estreantes.
É com orgulho que eu venho dizer á vocês que o Natalia de Oliveira escreve. . . está evoluindo (que emoção!).
A Editora Baldon que já tem um programa de parceria com blogs agora é a primeira parceira desta que vos fala. Graças á isso, poderei trazer mais resenhas e novidades do mundo da literatura para vocês, meus leitores. Mais conteudo, mais qualidade.
Sobre a Editora Baldon
Criada em maio de 2011, a Editora Baldon, nasce com a missão de difundir o conhecimento e de utilizar o livro como elemento integrador da civilização e da cultura de forma produtiva e duradoura.Inicialmente a empresa assume o compromisso de enriquecer e fomentar as atividades culturais e educacionais, com publicações de obras significativas para a sociedade, editando autores consagrados ou estreantes.
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
1
Rede social específica para quem ama livros!!!
Olá Leitores!!!
Eu esbarrei numa novidade ontem. Eu já disse não sou muito boa com o mundo da internet, esse blog eu fiz totalmente ás cegas e ainda tenho muito oque aprender.
A literatura no Brasil é uma coisa dificil, e nós escritores independentes sabemos disso. Os blogs são ferramentas de divulgação e combinado com as redes sociais, estamos chegando em algum lugar.
Eu fiz uma pagina no facebook que já tem mais de 100 seguidores (obrigado por isso, gente!) e recentemente comecei á buscar parcerias com outros blogs e editoras. Andei observando alguns desses blogs e notei a existência de uma aba do skoob .
Eu esbarrei numa novidade ontem. Eu já disse não sou muito boa com o mundo da internet, esse blog eu fiz totalmente ás cegas e ainda tenho muito oque aprender.
A literatura no Brasil é uma coisa dificil, e nós escritores independentes sabemos disso. Os blogs são ferramentas de divulgação e combinado com as redes sociais, estamos chegando em algum lugar.
Eu fiz uma pagina no facebook que já tem mais de 100 seguidores (obrigado por isso, gente!) e recentemente comecei á buscar parcerias com outros blogs e editoras. Andei observando alguns desses blogs e notei a existência de uma aba do skoob .
0
Como escrever - Como fazer uma resenha?
Olá Leitores!!
Hoje vou explicar como fazer uma boa resenha.
Em primeiro lugar, deixe explicar o que é. Uma resenha é uma avaliação de um livro ou trabalho literário, com uma breve sinopse, suas impressões, sua conclusão e sua indicação do livro, oou seja, se você indica essa obra para ser apreciada ou se alerta as pessoas para não perderem seu tempo.
Para começar, se você quer fazer uma resenha, sinta-se á vontade com o livro. Algumas pessoas por exemplo me perguntam porque eu não faço resenhas de livros "modinha" para esse blog. Simplesmente por isso, se é modinha tá todo mundo lendo, tem pop-ups desse livro em todo veiculo de informação voltado á esse segmento e sinceramente, fica over. Eu encaro a resenha como forma de divulgação de um livro, logo gosto de resenhar os classicos ou livros que nem todo mundo conhece, para que não caiam no esquecimento. Mas como eu disse acima, siga seu estilo e descubra seu publico alvo.
Hoje vou explicar como fazer uma boa resenha.
Em primeiro lugar, deixe explicar o que é. Uma resenha é uma avaliação de um livro ou trabalho literário, com uma breve sinopse, suas impressões, sua conclusão e sua indicação do livro, oou seja, se você indica essa obra para ser apreciada ou se alerta as pessoas para não perderem seu tempo.
Para começar, se você quer fazer uma resenha, sinta-se á vontade com o livro. Algumas pessoas por exemplo me perguntam porque eu não faço resenhas de livros "modinha" para esse blog. Simplesmente por isso, se é modinha tá todo mundo lendo, tem pop-ups desse livro em todo veiculo de informação voltado á esse segmento e sinceramente, fica over. Eu encaro a resenha como forma de divulgação de um livro, logo gosto de resenhar os classicos ou livros que nem todo mundo conhece, para que não caiam no esquecimento. Mas como eu disse acima, siga seu estilo e descubra seu publico alvo.
terça-feira, 13 de novembro de 2012
1
"Fim de caso" Graham Greene - Resenha
Sinopse
Na Londres dos anos quarenta, Bendrix é um escritor amargurado que reencontra numa festa, depois de muito tempo, Sarah, a mulher por quem foi apaixonado e ainda é. Isso trás á tona as lembranças da época em que estavam juntos num relacionamento destrutivo e perigoso, uma vez que Sarah era casada com um amigo seu, Henry.
O traumático e subto rompimento do caso não apaga a chama da paixão e Bendrix busca por respostas, sem se importar com as consequencias da verdadedesconhecendo os reais motivos que fizeram Sarah terminar o caso embora o amasse imensamente.
Todos sofrem nessa história: Bendrix por ter sido abandonado, Henry por saber que Sarah não é fiel e Sarah por ter sido forçada á abandonar o homem que amava por uma promessa feita á Deus pela vida do amante.
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
4
"Sebastian" Parte II, cap I
Parte II
Capitulo I
"Alguém do Passado"
1993
O que aconteceu durante esses dez anos
que se passaram não é difícil de imaginar. Em Aaron River comentou-se durante
certo tempo sobre um garoto que havia matado o pai e se matado. Mas como
ninguém se importava, logo deixaram de falar sobre o assunto. Às vezes alguém
lembrava vagamente quando passavam pelas ruinas da oficina, mas assim como se
faz quando se vê um comercial contra o cigarro e se pensa: “Nossa, o cigarro mata.” e se esquece
disso assim que o comercial acaba, assim acontecia com os Desmont. A pessoa
seguia seu caminho voltando a se preocupar com seus próprios afazeres e
deixavam a tragédia no esquecimento.
Todos se esqueceram. Todos menos April
que rezava pela alma de Chandler todos os dias, fiel á sua lembrança. April
sempre teve esperança de um dia ele voltaria, com aquele sorriso lindo que ele
tinha e esperou por ele. Esperou durante muito tempo e foi ai quando começou a
entender que deveria deixar seu espirito em paz e que deveria começar a viver
sua vida, mas nunca deixara de rezar por ele.
Já o garoto, durante certo tempo teve
esperança de que algo aconteceria e ele se libertaria. Voltaria para casa, não
importava quando tempo demorasse e por muito tempo manteve essa esperança. Os
dias tornaram-se meses, os meses tornaram-se anos, e quando os anos começaram a
passar, sua esperança se foi com eles, e quando finalmente percebeu que nada
extraordinário aconteceria para libertá-lo, já era tarde demais.
Sebastian não teve uma vida fácil. Embora
tivesse resistido o quanto pôde, embora tivesse lutado para não cair na
criminalidade nem em algo degradante, embora tivesse passado fome, frio, e uma
série de outras coisas pelas quais uma criança não deveria passar, não teve
jeito. Invés de diminuir, sua divida para com Don Giovanni só parecia aumentar
e nada do que fizesse parecia suficiente. Então, depois de muitas lágrimas e
sofrimento, Sebastian furtou, roubou, aplicou golpes e fez o que era preciso.
Mesmo assim, seus esforços pareciam inúteis para a quantia absurda que era
exigida, cada vez mais alta, então teve que ir além. Nunca matara ninguém, de
resto, fizera de tudo. E talvez para matar o resto de consciência que o
atormentava e não o deixava dormir, drogou-se.
Foram anos de sofrimento, muita dor para
alguém tão jovem. Sebastian havia se tornado apenas uma sombra do que fora
antes, as ruas haviam roubado sua essência deixando apenas um fantasma de olhos
verdes, sem alegria ou esperança, vagando pelas ruas da cidade.
Assim ele cresceu, triste, depois a
tristeza tornou-se conformismo. Sabia que jamais conseguiria pagar a divida e
ser livre de novo, sabia que talvez em um belo dia alguém o matasse, quem sabe
Francesco. Mas isso não importava, nada mais importava. Quanto ao homem que se
tornou, era uma cópia idêntica de seu pai, numa versão mais surrada claro, mas
ainda assim, belo como nenhum outro homem de Nápoles.
Havia certa noite uma mulher num
restaurante fino de Nápoles. Ela estava sentada sozinha numa mesa junto á
janela observando o movimento do lado de fora com um ar vago. Ela era morena,
os cabelos no ombro. Usava um discreto vestido azul marinho que contrastava com
sua pele branca. Não aparentava ter mais do que trinta e poucos anos. Bonita,
elegante, sozinha. Quem a olhasse, diria que se tratava de uma mulher que
esperava entediada o amante atrasado para o encontro, mas não era isso o que
fazia. Não havia nenhum namorado a esperar, ela era apenas o que aparentava
ser: uma mulher sozinha, que talvez permanecesse assim pelo resto de seus dias.
Ela pediu um drink que não bebeu, e
depois de uma hora sentada sozinha, com o drink intocado na mesa, chamou o
garçom, pagou a conta e foi embora, pegando um taxi na porta do restaurante e
sumindo na avenida.
Uma mulher estranha? Não, apenas uma
mulher que não suportava mais a imensidão de sua casa onde seus pensamentos
pareciam ecoar tão alto que a estavam enlouquecendo.
Eva era uma boa mulher, considerada por
quem a conhecia um exemplo. Ia á missa, contribuía com a caridade, era rica,
mas nada disso parecia preencher o vazio em seu coração.
O
carro em que Eva estava passava pelas ruas e ela não reparava em nada. Olhava
para as calçadas absorta em pensamentos até que param em um sinal vermelho.
Teve um susto, seu coração quase saíra pela boca e se já não fosse o fato de
estar sentada, teria caído. Mais á frente, a uns três metros do taxi, havia um
trio de rapazes encostados á parede de uma lanchonete. Dois deles pareciam
irmãos, muito parecidos, altos e cabelos negros, mas não eram eles que haviam
chamado sua atenção e sim o outro que estavam junto deles. Era um rapaz de
aparência abatida, roupas velhas e surradas, os cabelos negros desgrenhados,
fumava um cigarro e parecia entorpecido. Conhecia aquele rapaz, sim,
lembrava-se dele. Há muito tempo atrás o conhecera numa praia, numa época quase
tão longínqua quanto o inicio dos tempos. Ficou atordoada, até que o carro começou
a andar.
- Não! Pare! – protestou ao motorista.
Por coincidência, o carro havia parado
bem á frente do trio. Eva abaixara o vidro e ficou olhando bem para o rosto do
rapaz que reparou e começou a encará-la em troca.
- Sim? – disse Sebastian notando que o
negócio era com ele.
Porém Eva não disse nada, estava
paralisada com aqueles olhos verdes, no entanto, ele parecia não a reconhecer.
Sebastian riu, jogou o cigarro fora e veio em direção ao carro, com o andar
arrogante que aprendera com Francesco e se encostou ao carro.
- Em que posso ajudar? - disse em
fluente italiano.
- Eu. . . – Eva tentava dizer alguma
coisa, mas estava sem palavras. – Eu. . . – gaguejou.
- Olha Dona, eu cobro oitenta liras por
hora. – disse para encurtar a conversa e facilitar as coisas.
Ele era um garoto de programa?! Que
horror, que destino terrível haveria de aguardá-lo nessa vida assim perigosa.
Isso a abalou de tal forma que ela recostou-se no banco, chocada.
- Espera ai. – disse ele parando para
pensar - Eu não te conheço de algum lugar? – Sebastian disse olhando bem para o
rosto dela, então riu. – Oi Eva. – mas não era um sorriso normal, havia cinismo
nele. – Como vai? Tem mergulhado ultimamente?
- Já faz muito tempo que não nos vemos,
Sebastian. – ela disse abalada.
- É, tipo, uma eternidade. – suas palavras
eram carregadas de sarcasmo. Como ele havia mudado.
- Oque aconteceu com você? – disse ainda
abalada com a mudança nele. – Você está diferente.
- Diferente? – riu pesadamente. – Isso é
o que acontece quando você passa os últimos dez anos nas ruas. – ele a
alfinetou - Mas você está ótima, quero dizer, olha só pra você: vestido bonito,
brincos caros. É rica, não é? É claro que é, reconheço um rico quando vejo um.
E já vi muitos. – disse com um sorriso amargo.
Eva não conseguia acreditar que aquele
rapaz que estava ali na sua frente era o mesmo garoto inocente que conhecera
anos atrás, aquele garoto doce que lhe salvara a vida e que lhe mostrara a
importância de não desistir. Aquele era outro, alguém amargurado, esquivo,
rude. Não podia acreditar que era nisso que ele havia se transformado.
- Sebastian, quero conversar com você,
mas longe daqui. – suplicava com os olhos. Ele riu forçadamente.
- Eu cobro oitenta liras por hora. –
disse deixando ela atônita.
- Quer que eu pague? – estava chocada
com a frieza dessas palavras.
- Se não está disposta á pagar, vá
embora. Não posso desperdiçar meu tempo. Estou trabalhando e se você quiser um
“momento” comigo, vai ter que pagar
como qualquer cliente. – disse ríspido.
Boquiaberta, Eva abaixou a cabeça
completamente horrorizada com o que acabara de ouvir. Com aperto no coração
disse ao motorista do taxi que prosseguisse.
- Será que foi algo que eu disse? – Sebastian
zombou, virando-se para Luigi e Pietro.
- Quem era? – Luigi perguntou curioso.
- Alguém do passado. Sebastian respondeu
acendendo outro cigarro.
Por que ele agira dessa forma com ela? Ele
fora tão rude, muito diferente daquele garoto que conhecera. Bem, ele já não era
mais um garoto, era um homem. Um homem amargo e frio, maltratado pela vida e
que provavelmente aprendera a contar só com ele e ninguém mais.
Ah, se ele soubesse como Eva pensava
nele esses anos todos, como ansiara reencontrá-lo, porém não imaginava que
seria desse jeito. Se Sebastian soubesse como a ajudara durante esse tempo
todo, não só naquele dia na praia, mas sempre que pensava em desistir
lembrava-se daquelas palavras: “Não
desista por causa de um tombo apenas.”. Se ele soubesse de tudo. . .
Já estava deitada em sua cama enquanto
ruminava seus pensamentos, quando um trovão tirou-a de seus pensamentos. Olhou
para a janela, chovia forte lá fora. Seu coração se apertou mais ainda. Será
que ele estava bem? Será que tinha um lugar para ficar? Tantas coisas martelavam
em sua cabeça. Olhou para o relógio digital na cabeceira da cama no criado
mudo, era uma hora da manhã. Isso não estava certo, tinha que fazer alguma
coisa. Mordeu o lábio inferior inquieta e decidiu-se. Levantou-se da cama
jogando os lençóis longe. Correu para o closet á direita da cama, abriu a porta
e pegou um casaco, colocou-o rapidamente, saindo pela porta do quarto que era
em frente da cama.
Desceu a escada que dava para o primeiro
andar e pegara as chaves do seu carro na cozinha. Não o usara para ir ao bar
porque não gostava de dirigir á noite, mas nesse caso. . . Foi até a garagem e
saíra pela noite em busca de Sebastian.
A casa dela ficara numa parte afastada
da cidade, numa área mais rural de Nápoles onde ficava seu vinhedo e por isso
demorava uns quarenta minutos para chegar ao centro. Queria voltar ao lugar
onde o encontrara, mesmo sendo difícil de dirigir e procurar por ele com a
chuva embaçando os vidros do carro.
Provavelmente ele não estava mais perto daquela lanchonete e olhava para
a rua atenta agora.
Foi quando viu num beco algo acontecer. Três
homens espancavam um. Eva parou o carro e os agressores se entreolharam e
correram para o lado contrário, certamente deviam ter achado que era a policia.
Correram e deixaram a vítima lá e Eva reconheceu a vitima com sendo Sebastian,
que jazia desmaiado no chão.
Abriu a porta do carro e saiu correndo deixando-a
escancarada. Correu na chuva até ele, ajoelhando-se ao seu lado, haviam batido
muito nele.
- Acorda Sebastian! – Eva tentava
reanimá-lo, dando batidinhas em seu rosto.
Ele estava acordado agora, mas parecia um
pouco entorpecido. . . Ele estava drogado! Ele tentava afastá-la com os braços.
- Aqueles desgraçados. . . – foi a única
coisa que Eva conseguiu discernir das várias coisas sem sentido que ele dizia.
- Se apoie em mim, vamos sair daqui.
Eva pegou um de seus braços e fazendo com que
ele se apoiasse nela e com dificuldade conseguiu conduzir Sebastian até o
carro. Tudo o que ela queria era tirá-lo dali e levá-lo para algum lugar
seguro. Isso não era vida. Ainda não conseguia entender como ele entrara nessa,
mas ajudaria ele á sair.
Sebastian acordara com uma baita dor de cabeça
e dor no corpo todo, com a garganta seca e uma vontade louca de fumar. O que
tinha acontecido mesmo? Ah, sim, três caras o roubaram e o espancaram.
Lembrava-se de se despedir de seu ultimo cliente que o havia trazido de carro até o beco, depois de terem passado
duas horas num motel. Logo depois esses caras apareceram, o pegaram sozinho e
desprevenido, roubando tudo o que havia ganhado á noite. Que vida!
Estava acordado havia um tempo, mas só
abrira os olhos momentos depois por causa da claridade. Onde estava? Viu que
estava em um quarto grande, deitado numa cama limpa de lençóis brancos e finos
que só via em casa de gente rica. Pôs-se sentado, embora a dor em sua barriga o
fizesse se arrepender disso. Olhava para o quarto grande e bonito. Á frente da
cama havia uma penteadeira com um espelho no qual podia se ver. Via que ele
próprio estava estranho, com um pijama azul escuro, limpo e cheiroso. Havia um
curativo em sua testa no supercílio direito e um corte no lábio inferior, e
claro, um olho roxo. Ao lado da penteadeira havia a porta, na parede direita o
closet, na outra parede uma estante com livros e objetos de decoração. Havia
ainda uma escrivaninha e outra porta aberta que era o banheiro.
O
que havia acontecido? Como fora parar lá? Tá certo que tinha exagerado na dose
ontem, mas isso era estranho. Olhou-se no espelho mais uma vez. Será que isso
era alguma brincadeira de Don Giovanni? Pois se fosse, era de muito mau gosto.
Ouviu então passos do lado de fora do quarto e a porta abriu. Era Eva, com um
sorriso no rosto, parecia feliz ao vê-lo.
- Bom dia, Sebastian. – disse enquanto
caminhava em direção á uma poltrona ao lado da cama e sentou-se.
- Você de novo? Está me perseguindo? –
ele disse rude.
- Ainda bem que estou, não é? – disse com
um sorriso amável. – Fui te procurar de novo de madrugada e te encontrei numa
situação no mínimo desconfortável. Tive que trazê-lo para minha casa.
- Olha Eva, eu agradeço o que fez por
mim, mas eu preciso ir. – Sebastian fez menção de se levantar, mas Eva o
impediu delicadamente.
- Ainda não, está muito machucado. – Eva
o impediu.
- Eu não posso ficar, você sabe, eu. . .
- Não pode desperdiçar seu tempo. – o
interrompera. – Quanto é mesmo que você cobra, oitenta liras? Eu pago. – disse
com naturalidade, deixando em Sebastian um ar incomodado. – Aceite minha ajuda.
- Não é assim tão fácil. – desviou o
olhar.
- Não disse que seria, mas eu vou te
ajudar assim mesmo.
- Então isso salda a dívida? Agora
estamos quites? – disse seco.
- Nem que eu vivesse mil anos
conseguiria pagar a dívida que eu tenho com você. – disse emocionando-se e
deixando-o confuso.
- Como assim?
Eva o olhava de um modo estranho, com um
brilho diferente no olhar. Respirou fundo e começou a contar uma história como
se a estivesse contando pela primeira vez.
- Meu nome é Eva Stefanelli, tenho
trinta e cinco anos e minha vida não foi um mar de rosas. Quando eu tinha
quinze anos, minha mãe morreu e foi aí que eu comecei a me perder. Fiquei
revoltada, deprimida e nada do que eu fazia parecia amenizar a tristeza Foi ai
que meu pai morreu, quando eu tinha dezoito anos. Nesse momento eu pirei. Caí
de cabeça em coisas que só mascaravam a dor. Garotos, festas, bebidas, drogas,
e quando dei por mim estava afundada nisso. Depois de um tempo dessa
combinação, eu não me lembrava nem de quem eu era. Bem, quando eu tinha uns
vinte e poucos, numa dessas festas eu exagerei e apaguei ali mesmo. Não me
lembro de muita coisa, só de um peso em cima de mim, e quando acordei estava
nua e machucada, o que torna o que aconteceu fácil de deduzir. – ela parou e
respirou fundo. - Se eu já não estava bem, isso acabou com o resto de controle
emocional que eu tinha e foi o inicio de um comportamento suicida. Foi então
que eu te conheci, naquela praia. Eu estava desesperada, pronta para por fim na
minha própria vida e pedi a Deus que me mandasse um sinal. E ele me mandou
você, meu anjo de olhos verdes. Você me salvou aquele dia, mas não só a mim. Eu
estava gravida.
- Gravida? – disse ele perplexo
- Sim, descobri um dia depois do nosso
encontro. – disse em tom triste. – Esse foi o meu motivo para continuar vivendo,
meu filho.
- Onde ele está? – perguntou
interessado, porém, notou que Eva abaixara a cabeça e pôde ver os olhos dela
marejando.
- Por causa das drogas acumuladas no meu
organismo, o bebê nasceu com problemas. – disse devagar. – Não viveu muito, dez
meses apenas, mas eu nunca o abandonei. Vivi por ele todos os dias desde o
momento em que ele abriu os olhos até o momento em que ele os fechou. – disse
deixando Sebastian consternado. – Isso foi algo pelo qual eu tive que passar
para entender que cada momento pode ser o último e que a vida é muito valiosa
para ser desperdiçada com aquelas porcarias. Se você não tivesse me tirado da
agua, eu não teria conhecido o meu pequeno milagre, meu filho. E por cada
minuto que eu pude passar ao lado dele eu vou ser eternamente grata á você.
Sebastian estava em choque com aquelas
palavras, não sabia o que dizer. Não podia imaginar que Eva tinha passado por
isso tudo, era uma historia muito triste que o deixara com o coração apertado.
Sempre seguira o conselho de Don Giovanni de mostrar ser forte sempre, mas
aquilo o havia afetado de tal maneira que ele também baixara a cabeça para
esconder os olhos marejados.
- Acho que não mereço sua gratidão. –
Sebastian disse forçadamente. – Perdi minha fé há muito tempo. Ao contrário de
você, o meu motivo para continuar vivendo não era nada nobre e veja só no que
me tornei.
- Eu sei que você deve ter passado por
muita coisa nessa vida e que isso o faz agir assim, eu entendo, – dizia amável -
mas isso não quer dizer que esteja tudo perdido. Você pode encontrar a paz,
como eu.
- Não sei se é possível.
- Claro que é. – Eva sorriu e seu
sorriso era cheio de compreensão. - Nossa conversa ainda não acabou. Você
precisa comer um pouco primeiro, depois voltaremos a falar.
Eva levantou-se e devagar caminhava até a
porta do quarto. Porém, no meio do caminho voltou-se para Sebastian outra vez.
- Não quer saber qual era o nome dele,
do meu filho.
- Qual
o nome dele?
- Sebastian. O nome dele era Sebastian.
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
3
"Poema de Eärendil" , de J.R.R. Tolkien
"Poema de Eärendil"
Eärendil foi um marinheiro
que veio em Arvernien morar:
cortou madeira de Nimbrethil,
fez um navio para viajar;
teceu as velas com fios de prata,
também de prata é a iluminação;
qual cisne a proa foi esculpida,
e a luz dá vida a seu pavilhão.
Com armadura de antigos reis,
malha de anéis qual manto real,
broquel brilhante de runas cheio,
vai protegê-lo de todo mal;
pro arco um chifre deu-lhe um dragão,
de ébano bom as flechas que tinha;
de fio de prata era o gibão,
de calcedônia era a bainha;
valente espada de aço fino,
e adamantino elmo o respalda;
pena de águia tráz por enfeite,
e sobre o peito, linda esmeralda.
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
5
Portas abertas!!!
Olá Leitores!!!
Nesse mundo da blogosfera, uma andorinha só não faz verão, não é? Parceria é tudo!
Depois de muito tentar, agora está disponivel uma nova função nesse blog!
Agora o "Natalia de Oliveira escreve. . . " está com uma novidade, o Sistema de Parcerias!
Você Blogueiro Leitor, que quer fazer paceria com esta que vos fala, tá facil! Leia a Politica de Parceria e mande seus dados para o email nat.pqn.nat@hotmail.com
As portas estão abertas para a divulgação de blogs que como eu, quer espalhar a semente da literatura!!!
Espero por vocês, amigos!!!!
Nesse mundo da blogosfera, uma andorinha só não faz verão, não é? Parceria é tudo!
Depois de muito tentar, agora está disponivel uma nova função nesse blog!
Agora o "Natalia de Oliveira escreve. . . " está com uma novidade, o Sistema de Parcerias!
Você Blogueiro Leitor, que quer fazer paceria com esta que vos fala, tá facil! Leia a Politica de Parceria e mande seus dados para o email nat.pqn.nat@hotmail.com
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Espero por vocês, amigos!!!!
Natalia de Oliveira
criadora do blog
sábado, 3 de novembro de 2012
9
"Entrevista com o Vampiro" Anne Rice
Olá Leitores!
Hoje vamos falar sobre um dos meu livros preferidos, "Entrevista com o Vampiro" de Anne Rice.
Sinopse
Na Nova Orleance dos anos setenta, um reporter, David tem um método de trabalho diferente: ele aborda pessoas que ele julga interessantes e pede que elas contem a historia de suas vidas enquanto ele grava, uma entrevista. No entanto, uma dessas pessoas afirma ser um Vampiro. Louis de Pont du Lac, que nasceu no século XVIII e foi transformado por Lestat de Lioncourt, que lhe ofereceu a vida eterna, quando tudo o que Louis queria era o contrario, queria morrer para juntar-se ao irmão que havia morrido á pouco tempo, como ele dizia "A libertação da dor de viver".
Sem a maldade necessaria para matar indiscriminadamente como seu criador Lestat, Louis se alimenta de ratos, abundantes na Nova Orleance tomada pela peste. Até encontrar Cláudia, uma menina que ele mata no auge da fome e que Lestat também transforma em vampira, amargurada com a perspectiva que jamais iria crescer, que seria eternamente uma criança e eternamente apaixonada por Louis.
Hoje vamos falar sobre um dos meu livros preferidos, "Entrevista com o Vampiro" de Anne Rice.
Sinopse
Na Nova Orleance dos anos setenta, um reporter, David tem um método de trabalho diferente: ele aborda pessoas que ele julga interessantes e pede que elas contem a historia de suas vidas enquanto ele grava, uma entrevista. No entanto, uma dessas pessoas afirma ser um Vampiro. Louis de Pont du Lac, que nasceu no século XVIII e foi transformado por Lestat de Lioncourt, que lhe ofereceu a vida eterna, quando tudo o que Louis queria era o contrario, queria morrer para juntar-se ao irmão que havia morrido á pouco tempo, como ele dizia "A libertação da dor de viver".
Sem a maldade necessaria para matar indiscriminadamente como seu criador Lestat, Louis se alimenta de ratos, abundantes na Nova Orleance tomada pela peste. Até encontrar Cláudia, uma menina que ele mata no auge da fome e que Lestat também transforma em vampira, amargurada com a perspectiva que jamais iria crescer, que seria eternamente uma criança e eternamente apaixonada por Louis.
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
1
Agradecimento aos "Leitores"
Olá Leitores!
Pois é, o livro "Sebastian" não ficou entre os finalistas do 3º Premio Clube de Autores de Literatura Contemporânea, ainda não foi dessa vez, mas eu agradeço do fundo do coração á todas as pessoas que votaram nele. O reconhecimento e os comentarios postados nesse blog só me fazem querer continuar á trazer histórias de qualidade para vocês! ;)
Essa á a lista com os dez finalistas do Premio que podem ser votados até 17/11/2012 no clube de autores. Quem ama literatura, pode dar uma forcinha á esses novos escritores!!
beijussss
Pois é, o livro "Sebastian" não ficou entre os finalistas do 3º Premio Clube de Autores de Literatura Contemporânea, ainda não foi dessa vez, mas eu agradeço do fundo do coração á todas as pessoas que votaram nele. O reconhecimento e os comentarios postados nesse blog só me fazem querer continuar á trazer histórias de qualidade para vocês! ;)
Essa á a lista com os dez finalistas do Premio que podem ser votados até 17/11/2012 no clube de autores. Quem ama literatura, pode dar uma forcinha á esses novos escritores!!
beijussss
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
0
"Não mexa com quem está quieto." por Natalia de Oliveira
Olá leitores!!!
Como hojé é dia das bruxas, aqui vai mais um dos meus contos de Terror.
Como hojé é dia das bruxas, aqui vai mais um dos meus contos de Terror.
"Não mexa com quem está quieto"
A hora da saída da escola era um caos de sons
e cores. Os vários alunos da escola São Jorge no ABC paulista ainda estavam no
portão, jogando conversa fora, era praticamente um ponto de encontro dos alunos
de salas diferentes. Meninos, meninas, usando a camisa polo azul com o logo da
escola, que compunha o uniforme da escola, conversavam é sombra das arvores da
calçada, alguns esperando o ônibus, alguns esperando os pais, alguns só matando
o tempo com os amigos.
Larissa descia a escada que levava á
calçada, um pouco atrasada por ter que resolver o problema com a passagem de
ônibus na secretaria da escola. Já alcançava a calçada quando avistou Janaína e
Pedro, seus amigos. Apressou o passo em direção á garota de cabelos loiros
compridos que lembrava uma Barbie, e
do rapaz magro e alto de cabelos castanhos claros.
1
Dia das Bruxas
A origem do halloween remonta às tradições dos povos que habitaram a Galia e as ilhas da Grã-Bretanha entre os anos 600 a.C. e 800 d.C., embora com marcadas diferenças em relação às atuais abóboras ou da famosa frase "Gostosuras ou travessuras", exportada pelos Estados Unidos, que popularizaram a comemoração. Originalmente, o halloween não tinha relação com bruxas. Era um festival do calendário celta da Irlanda, o festival de Samhain, celebrado entre 30 de outubro e 2 de novembro e marcava o fim do verão (samhain significa literalmente "fim do verão").
A celebração do Halloween tem duas origens que no transcurso da História foram se misturando.
A celebração do Halloween tem duas origens que no transcurso da História foram se misturando.
sábado, 27 de outubro de 2012
8
Olá Leitores!
Eu sei, eu sei, de novo nesse assunto que não tem nada á ver com literatura, mas eu tenho que compartilhar isso com vocês.
Na minha cidade vai ter Segundo Turno das eleições. Pois é, e mais uma vez, serei obrigada á exercer a "Democracia".
Na minha cidade vai ter Segundo Turno das eleições. Pois é, e mais uma vez, serei obrigada á exercer a "Democracia". É incrivel. Eu não pedi para ser mesária, e tenho certeza que pelo menos 99% dos mesarios concordam comigo quando eu digo é o cumulo perder um dia inteiro (de novo, não qualquer dia, um domingo, dia para descansar) para trabalhar de graça para o governo, levar xingo de eleitor que quer fazer barraco por causa de fila e ainda correr o risco de ser presa se me recusar a partir dessa patifaria que é a eleição.
É verdade, e aposto que você que está lendo isso concorda comigo. O segundo turno consegue ser pior do que o primeiro, por que não é uma orda de malacabados para escolher entre o menos pior, mas agora temos que escolher entre a nata da nata do pior, entre o ruim e o odioso, entre a agonia e o desespero.
E mais uma vez, sou obrigada á exercer a "Democracia"
Olá Leitores!
Eu sei, eu sei, de novo nesse assunto que não tem nada á ver com literatura, mas eu tenho que compartilhar isso com vocês.
Na minha cidade vai ter Segundo Turno das eleições. Pois é, e mais uma vez, serei obrigada á exercer a "Democracia".
Na minha cidade vai ter Segundo Turno das eleições. Pois é, e mais uma vez, serei obrigada á exercer a "Democracia". É incrivel. Eu não pedi para ser mesária, e tenho certeza que pelo menos 99% dos mesarios concordam comigo quando eu digo é o cumulo perder um dia inteiro (de novo, não qualquer dia, um domingo, dia para descansar) para trabalhar de graça para o governo, levar xingo de eleitor que quer fazer barraco por causa de fila e ainda correr o risco de ser presa se me recusar a partir dessa patifaria que é a eleição.
É verdade, e aposto que você que está lendo isso concorda comigo. O segundo turno consegue ser pior do que o primeiro, por que não é uma orda de malacabados para escolher entre o menos pior, mas agora temos que escolher entre a nata da nata do pior, entre o ruim e o odioso, entre a agonia e o desespero.
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
0
"Sebastian" capitulo VII , por Natalia de Oliveira
Parte I
Capitulo VII
"Leiloado"
O fato que será narrado aqui neste capitulo aconteceu
alguns dias depois do encontro com Eva, em um dia nada especial, simples como
qualquer outro, mas que acabou marcando Sebastian para sempre em sua alma. É o
tipo de coisa que ele tentaria apagar de sua mente sem sucesso. Seria fácil
continuar essa história sem narrar esse acontecimento apenas dizendo que
aconteceu, não como aconteceu, mas não seria justo. Nada é justo. E será
contado como ficou impresso na mente dele.
Estavam os três amigos numa tarde de sábado em
uma padaria em que costumavam ficar às vezes. O dono era bondoso e às vezes
lhes dava pães e rosquinhas doces e quentinhas. Era um bom lugar pra ficar de
bobeira, diferente daquele beco feio e escuro que Francesco e os outros ficavam
á espera das ordens de Don Giovanni escondidos do mundo como ratos. Aquele
havia sido um bom dia, trabalharam bastante no porto e haviam recebido o
bastante para pagar á Francesco e não levarem uma surra e ainda puderam se dar
ao luxo de comprar um bolo de chocolate que namoravam á semanas. Estavam
sentados numa das mesas do lado de fora dessa padaria, com o sol poente sobre
eles, deliciando-se com o bolo tão esperado. Sebastian lembrar-se-ia sempre do
gosto daquele bolo, de como era doce, más nem tanto, leve e saboroso. Lembraria
porque provava com uma alegria quase infantil aquele simples bolo, quando viu
parar bem na frente da mesa em que estavam o carro preto de Don Giovanni.
Naquele momento o gosto do bolo de chocolate
desapareceu e o que engoliu mais parecia um bocado de papel, sem gosto e
desforme. Luigi e Pietro perceberam o carro de pronto e se entreolharam
intrigados, “Como ele sabia onde
acha-los?”. De repente de dentro do carro saiu Vicenzo. Usava uma roupa
boa, assustadoramente melhor do que as que ele costumava usar, e digamos que
ele se vestia muito bem. Don Giovanni fazia questão que seus “empregados” mais próximos se vestissem
de acordo com sua posição, afinal, era um homem de negócios e tinha que ser
apresentável. Mas como foi dito, Vicenzo estava especialmente bem vestido
naquele fim de tarde.
- Os três, para dentro do carro. - disse
com visível impaciência. – Agora.
- Onde é a festa? – Sebastian provocou.
- Olha, garoto, eu não tenho o dia todo,
entre logo nesse maldito carro antes que eu os coloque, e vocês não vão querer
isso. – disse irritado.
Por experiência própria, sabiam que se
Vicenzo vinha chama-los algo ia acontecer, e nem sempre terminava bem para
eles. Mas fazer oque? Eram apenas escravinhos, obedecer cegamente era parte do
pacote. Deixando o tão desejado bolo de chocolate para trás, seguiram em fila
indiana até o carro. Os gêmeos entraram primeiro, e antes de Sebastian entrar,
Vicenzo o segurou pelo braço e o puxou para o lado.
- Você se acha muito engraçado, não é?
Quero ver se vai continuar assim depois de hoje. – disse com um sorriso
irônico.
- Como assim? Oque vai acontecer hoje? –
perguntou intrigado.
- Vai ver. Agora entra no carro. – o
empurrou em direção á porta.
Sebastian olhou para Vicenzo por um instante antes
de entrar no carro. De repente sentiu um desconforto tremendo, um reboliço no
estomago, algo estava errado, muito errado.
Não demoraram muito para chegar e quando
perceberam, haviam sido levados á casa de Don Giovanni, descobrindo então a
razão das roupas de Vicenzo. Havia uma festa rolando. A rua e a entrada de
carros da casa estavam tomadas por carros de varias marcas diferentes, cada um
mais moderno e caro que o outro. Pessoas bem vestidas, casais, velhos, jovens,
varias pessoas desfilavam na entrada em trajes de gala.
O motorista deu a volta para entrar pela
entrada de serviço, para não atrapalhar a entrada dos convidados, e uma vez nos
fundos da casa o carro parou e todos saíram.
- Sigam-me. – disse Vicenzo caminhando
pela entrada de serviço, seguido dos garotos.
Calados eles o seguiram intrigados,
passando pela cozinha que estava a todo vapor, com os mais deliciosos aromas.
Seguiram pelo corredor até um quarto que tinha a porta trancada. Vicenzo deu
umas batidinhas e a porta foi aberta pelo lado de dentro por uma garota. Ela
devia ter mais ou menos vinte anos, era loira com os cabelos um tanto oleosos e
precisando de um pente. Usava uma bata colorida e uma saia de algodão que vinha
até os pés, tão colorida quanto a bata, bem no estilo hiponga.
- Mais três. – Vicenzo disse á garota
que olhou para eles meio dispersa. – Cuide deles.
Ela deu espaço e Vicenzo meio que empurrou os
garotos para dentro antes de sair dali apressado em direção á festa deixando os
três com a hiponga.
- Muito bem meus amores! – disse parando
para olhar bem para eles. - Mas que roupas são essas?- disse ela com a voz
mole, parecia chapada. – Tirem isso, tenho algo melhor para vocês, meus
anjinhos.
Ela foi até um canto cheio de sacolas, de
uma loja famosa de Nápoles e voltou trazendo roupas bonitas. Para os três.
- Aqui, acho que vão servir. – deu um
conjunto para cada um.
Os garotos se entreolharam. A sala tinha
apenas dois sofás, uma mesinha de centro e um tipo de cômoda, nenhuma salinha
ou biombo, nenhum lugar onde pudessem se trocar.
- Não se incomodem comigo. – ela sorriu
gesticulando com a mão, estava realmente chapada.
Os gêmeos olharam-se e não tendo para onde
correr mesmo, começaram a se despir. Sebastian continuava parado com o conjunto
na mão, pensando para que servia tudo isso? Algo não estava certo, não estava.
Percebendo a relutância de Sebastian a garota aproximou-se dele.
- Oque foi? Está com vergonha, meu
anjinho?
Com delicadeza, a hiponga tocou seu pescoço e
desceu a mão através de seu torço. Sebastian tentou afasta-la, mas ela foi
rápida e assim que encontrou a barra da camisa surrada de Sebastian, a tirou e a
jogou de lado. Instintivamente ele se cobriu com os braços, isso era
embaraçoso.
- Aposto que nenhuma garota havia tirado
sua camisa antes, não é? – disse ela com um sorriso compreensivo. Ela fez um
movimento em direção á calça dele, mas ele recuou.
- Eu posso fazer isso. – respondeu
sério. – Obrigado.
- Tudo bem. – ela se afastou em direção
á cômoda.
Como isso era embaraçoso! Olhou para o
lado, Luigi e Pietro já estavam vestidos, cada um com um conjunto de calça de
brim preta e camisa social branquíssima que ficou realmente muito bem neles.
Terminou de se vestir e os três sentaram-se no sofá, esperando. A hiponga
voltou minutos depois com uma bandeja com três copos médios cheios de um
liquido dourado.
- Aqui, bebam. – ela ofereceu aos
garotos que se entreolharam
Luigi e Sebastian pareciam nem um pouco
á vontade com essa situação, ainda mais quando uma bebida era oferecida assim.
Mas que droga, eram crianças numa festa pra lá de suspeita e isso estava
ficando esquisito demais. Para de certa forma acalma-los, Pietro foi o primeiro
a aceitar a bebida. Pegou-a e a tomou de um só gole, fazendo uma careta antes
de colocar o copo na mesinha de centro.
- É whisky, não tem problema. – disse
ele limpando o canto da boca com a manga da camisa nova.
- Mas eu não vou tomar isso! – Luigi
disse apavorado.
- Luigi. . . - Pietro olhou desesperado para Sebastian,
pois sabia o que estava prestes a acontecer.
Os gêmeos já haviam passado por isso antes e
claro que o mais afetado foi Luigi. Não que encher a cara fosse a resposta, mas
de certa forma entorpecia, e achava que era essa a ideia da hiponga, tornar
mais fácil o que estava por vir. É claro que Sebastian percebeu oque Pietro
queria.
- Vamos. - Sebastian pegou um copo para
si e o outro copo ofereceu diretamente á Luigi. – Estamos numa festa, por que
não curtir um pouco? – Os olhos de Luigi estavam marejados. – Estamos juntos
nessa.
Dizendo isso, Sebastian virou o seu copo e
também o tomou de um só gole. O gosto do whisky era horrível e lhe desceu
queimando, mas Sebastian obteve o que queria. Luigi pegou seu copo e depois de
olhar para Sebastian por um tempo doloroso, virou-o e ao fazê-lo, Sebastian
notou o olhar agradecido de Pietro.
Alguns minutos se passaram e de repente
Vicenzo voltou, abrindo a porta e deixando-a escancarada. Ele dirigiu-se á Luigi
e o pegou pelo braço puxando-o com força quase o fazendo cair. Ele esperneou e
tentou se soltar.
- Fica quieto ou eu quebro o seu braço!
– Vicenzo bradou.
Luigi olhou mais uma vez para Sebastian,
parou de se debater e se deixou conduzir para fora do quarto, o que apertou o
coração de Sebastian de tal maneira que ele não segurou as lagrimas. Pietro
então o abraçou, e ficaram assim por um tempo, até que Vicenzo veio e se
aproximou de Pietro.
- Vamos ficar bem. – Pietro disse
sussurrando no ouvido de Sebastian com um olhar estranho antes de Vicenzo o
puxar do sofá e leva-lo para fora do quarto, deixando Sebastian sozinho.
Ali
sozinho naquele quarto, Sebastian sentia seu estomago revirar. Talvez fosse
pela bebida que tomara, talvez fosse pelo terrível medo que sentia do que
estava por vir, se soubesse o que estava por vir. Não sabia, e essa era a pior
parte. Mas sabia de uma coisa, seja lá o que fosse já havia começado, desde o
momento em que Vicenzo os pegara na padaria, e não tinha como parar.
Colocou
suas mãos entre os joelhos, para que a hiponga não visse que ele estava
tremendo, olhava fixamente para a porta, esperando o momento em que Vicenzo
entraria e o levaria sei lá para onde, sentindo um gosto metálico na boca. Era
uma sensação horrível.
Alguns minutos depois ouviu vozes no corredor
se aproximando e seu coração bateu forte no peito. A porta se abriu e Vicenzo
entrou com aquela expressão chapada de sempre, fumando seu cigarro nojento.
Antes mesmo que ele dissesse qualquer coisa Sebastian levantou-se, e sem olhar
no rosto de Vicenzo se aproximou dele, impetuoso com só ele sabia ser.
- Vamos logo com isso, eu não tenho a
noite toda. – Sebastian disse surpreendendo Vicenzo.
- Pelo contrario, - ele sorriu. – a
noite está só começando.
Sebastian respirou fundo. Vicenzo deu passagem
e Sebastian andou pelo corredor sem que Vicenzo o empurrasse. Para o garoto
cada passo era terrível, mas sabia que tinha que continuar indo. Quando saíram
do corredor entraram na grande sala, que havia se tornado um belo salão de
festa, cheio de gente. Sebastian de repente sentiu-se muito mal, pois todos os
presentes pararam para olhar para ele.
Vicenzo o conduzia através da multidão vestida
em trajes de gala. Sebastian não sabia, mas era carnaval e os convidados usavam
mascaras venezianas de todos os tipos, tamanhos e cores. Algumas bonitas,
extravagantes, mas tinham algumas (e
essas lhe causavam uma impressão muito ruim) que eram sinistras de uma
forma convidativa como palhaços, duendes e fadas. Mas havia uma em especial que
causou a pior sensação, o Leão. Era uma mascara grande com muitos detalhes que
a deixavam bem realista, principalmente os dentes. Ele estava em um canto na
festa, afastado do resto, mas não tirava os olhos de Sebastian.
Vicenzo o conduzia pelo salão até uma
espécie de palanque, no qual Don Giovanni estava também vestido em roupa de
gala, surpreendentemente com uma mascara simples. Ele queria ser diferenciado
dos outros pois sua mascara cobria apenas a região dos olhos, diferente das que
cobriam o rosto todo, como o leão. Havia dois degraus para subir no palanque e
Sebastian os subiu tropeçando, ouvindo o riso dos convidados e nesse momento
quase vomitou. Don Giovanni estendeu a mão á Sebastian num gesto convidativo. Ele
queria fugir dali, mas sabia que não haveria como. Então estendeu a mão para
Don Giovanni que a tomou e fez com que ele ficasse de frente para a sinistra
multidão.
- Este aqui, Senhores, é o meu
americano. Vejam os olhos dele.
Varias pessoas se aproximaram e sussurravam
surpresas com a cor profunda dos olhos dele. Sebastian de repente sentiu-se
como um artigo sendo exposto. Então, para o horror de Sebastian, Don Giovanni o
virou para ele e começou a desabotoar sua camisa.
- Não! – ele protestou.
- É melhor você cooperar aqui, garoto. –
Don Giovanni retorquiu, causando verdadeiro pânico no garoto.
Sem reação, Sebastian deixou-se ser despido
na frente daquele monte de gente que o olhavam como abutres. Don Giovanni outra
vez fez com que ele ficasse de frente para a multidão, dessa vez ele tremia da
cabeça aos pés. Isso não podia estar acontecendo.
- Vejam como a pele dele é macia. – Don
Giovanni acariciou o pescoço de Sebastian. – Como é jovem e firme. – ele sorriu
de forma sinistra, disse como se o estivesse vendendo.
Vários convidados nesse momento pareceram se
interessar mais ainda e se aproximaram mais do palanque.
- Levando em conta que ele é o mais novo
dos meus meninos e que também é a primeira festa dele, acho que posso arriscar
dizer que ele é virgem. Você é? – disse voltando sua atenção para o garoto.
- Oque?! – disse ele confuso.
- É claro que é! Então o que acham de
começarmos os lances com duzentos? – disse Don Giovanni e Sebastian quase
desfaleceu. Estava sendo vendido de novo.
- Trezentos! – disse uma senhora com
sotaque francês usando uma mascara branca cheia de penas, lembrava muito uma
garça.
- Quatrocentos! – um arlequim gritou e
as lagrimas vieram aos olhos de Sebastian.
- Vamos, acho que ele merece mais do que
isso! – Don Giovanni incitava
- Quinhentos! – a francesa de branco
disse animada.
- Oitocentos! – o Leão disse lá do fundo
do salão fazendo todos os convidados olharem para trás.
Sebastian ouviu o Leão dar seu lance desejando
que não fosse verdade. De todos naquela sala, o Leão não. A senhora francesa pareceu contrariada com o lance alto do
Leão.
- Novecentos! – retorquiu ela um tanto
ansiosa.
- Mil e duzentos! – o Leão rebateu. –
Quer mesmo continuar, senhora? Eu posso cobrir qualquer lance que faça.
- Mil e quinhentos! – disse ela
desafiadora.
Sebastian queria que um buraco no chão se
abrisse no qual ele pudesse se jogar e desaparecer para sempre, pois o Leão deu
uma risadinha, e disse em alto e bom som:
- Mil e setecentos!
A senhora ficou em silencio por um tempo,
depois fez um sinal de negativo para Don Giovanni, dizendo que não daria mais lances.
- Alguém está disposto á cobrir o lance
de mil e setecentos? Não? Então. . . – Don Giovanni sorriu, jogou a camisa de
Sebastian de volta para ele e fez sinal para que Vicenzo o levasse até o seu dono.
Enquanto era conduzido através do salão,
Sebastian não podia acreditar no que estava acontecendo. Havia acabado de ser
leiloado. Sentia que suas pernas não o manteriam por muito mais tempo e se não
fosse o fato de Vicenzo o estar empurrando pelo caminho, não teria conseguido
chegar ao Leão por conta própria. Ele estava sentado numa mesa sozinho, Vicenzo
puxou uma cadeira e fez Sebastian sentar-se como se ele fosse um saco de
batatas, antes de voltar para onde seu chefe estava, agora na multidão
entretendo os convidados. Aparentemente fora o ultimo leiloado da noite, pois os
criados já estavam desmontando o palanque improvisado. Seu estomago dava voltas
e até agora não tivera coragem de pousar os olhos diretamente na mascara de
leão. Simplesmente colocou de novo a camisa, pois não queria que ele ficasse olhando
para o seu corpo desnudo.
- Don Giovanni sempre guarda o melhor
para o final. – disse o Leão com um tom de voz estranho. – Qual é o seu nome? -
Sebastian ficou em silencio. – Eu sei que tudo isso deve ser estranho para
você, mas já que paguei uma boa quantia pela sua companhia, acho que você
deveria mostrar o mínimo de educação.
- Sebastian. – disse baixo, ainda sem
olhar para seu dono.
- O meu é. . .
- Eu não quero saber. – disse ele seco.
– Não preciso saber, preciso?
O Leão ficou em silencio, aparentemente
surpreso com a demonstração de arrogância daquele belo garoto, mas então soltou
uma gargalhada.
- Isso vai ser mais interessante do que
eu estava supondo.
Ele fez sinal para um dos garçons da festa
se aproximasse e quanto este o fez, ele pediu dois whiskies. Assim que o garçom
se foi, o Leão tirou a mascara revelando sua verdadeira face. Era um rapaz, não
era velho, devia ter uns vinte e oito anos, loiro, os olhos eram de um azul
profundo, tinha lábios grossos, lembrava essas pinturas renascentistas que Sebastian
já estava se acostumando á ver nas paredes dessa casa. Muito bonito, e por um
momento ocorreu a Sebastian que talvez essa sim fosse a verdadeira mascara.
- Você entende o que está acontecendo
aqui? - disse ele de repente assim que o garçom voltou com as bebidas. – Quero
dizer, você parece meio novo nisso.
Sebastian olhou para ele serio, lembrou-se da
primeira lição de Don Giovanni, demonstrar ser forte. Pegou a sua bebida e
virou-a como antes, bebendo-a de um só gole e batendo com o copo na mesa.
- Faço uma ideia. – disse serio,
deixando o Leão com uma expressão surpresa.
- Bem, eu não o comprei, se é o que
pensa. Eu te aluguei por esta noite, se é que me entende. – disse ele com um
tom estranho.
- Entendo, - disse pegando a bebida do
Leão de sua mão e bebendo-a também. – Você é um pervertido que gosta de
crianças. – Nem é preciso dizer que Sebastian já estava ficando chapado, mas
incrivelmente essa observação não irritou o Leão, que sorriu.
- Mais menos isso. Devo confessar uma
coisa, as festas de Don Giovanni são famosas pelo leilão de garotos e garotas,
mas nunca, até hoje, houve um artigo como posso dizer, tão interessante.
- Isso deveria ser reconfortante? –
disse ele com voz mole.
O Leão sorriu exibindo seus dentes brancos,
incrivelmente parecidos com presas mesmo e isso fez o estomago de Sebastian dar
voltas. Eles estavam sentados de frente um para o outro numa mesa para quatro,
ou seja, havia uma lacuna de uma cadeira entre os dois, como o Leão queria
ficar mais perto ele levantou-se de sua cadeira e sentou-se naquela mais perto
de Sebastian. Olharam-se nos olhos por um momento e Sebastian virou o rosto
quando ele se aproximou na intenção de beija-lo nos lábios, mas isso não o
desmotivou e ele beijou seu pescoço. Sebastian gemeu.
- É verdade? – o Leão perguntou com os
lábios colados ao pescoço do garoto.
- O
que? – disse olhando para o salão, querendo desesperadamente sair dali.
- Que você é virgem. – ele sussurrou - É verdade?
Sebastian não respondeu, mas o Leão soube
pelo soluço de Sebastian que era verdade.
O leão deu uma risadinha e sem dizer mais
nada, levantou-se e puxou Sebastian pelo braço conduzindo-o através da multidão
até a escada que dava para o segundo andar. Subindo a escada ele conduzia
Sebastian pela mão, passando por várias pessoas ao redor. Aquilo parecia um
pesadelo. As pessoas mascaradas rindo e bebendo, a musica estranha, todo aquele
ambiente. Ele estava meio entorpecido, mas ele percebia as coisas que
aconteciam. Parecia uma festa no inferno, e os mascarados eram demônios
lascivos. No segundo andar, o andar dos quartos, via as pessoas se atracando no
corredor mesmo. Alguns quartos tinham as portas abertas e eram palco das mais
variadas e estranhas orgias: mulheres, homens e as crianças de Don Giovanni. Não
se sabia onde começava um e terminava outro. Sebastian estava horrorizado.
Perto da porta de um quarto, o Leão
praticamente o jogou contra a parede e com um sorriso sádico, aproximou-se dele
e começou a beija-lo de forma agressiva, nos lábios, no pescoço, e suas mãos
exploravam o seu corpo de criança. Sebastian tentava impedir que ele o tocasse
se debatendo, mas ele era mais forte, e o dominava, prendendo seus braços
contra a parede.
- Não. . . – Sebastian implorava. –
Para. . .
- Assim que eu te vi, eu sabia que tinha
que ser meu. – ele sussurrou ao ouvido de Sebastian.
- Por favor. . . – chorava.
- Sabe, quanto mais você luta, mais me
ascende.
- Para. . .
- Ah, não dê uma de santinho agora, –
ele tocou na intimidade do garoto que reprimiu um grito. – você não está
exatamente indiferente. – dizendo isso, ele o pressionava com força.
Depois de um tempo, Sebastian parou de lutar.
Tudo o que queria era desaparecer. Chorava copiosamente enquanto o Leão fazia o
que queria com ele. Ficaram ali no corredor por uns quinze minutos até que o
Leão parou e afastou-se um pouquinho. Do bolso tirou uma chave pequena e abriu
a porta do quarto ao lado. Ele arrastou Sebastian até lá dentro e do jeito que
estava, Sebastian caiu no chão do quarto e lá ficou. Estava tonto, dolorido e
sem forças, tanto que não teve forças para afastar o Leão quando ele avançou
sobre Sebastian ali no chão frio. Ele arrancou a camisa de Sebastian quase a
rasgando.
- Não. . . – ele implorou.
- Vai começar de novo?
- Por favor. . .
Ele o virou de bruços e com violência abaixou
a calça do garoto até os joelhos. Sebastian tentava em vão se soltar, mas o
Leão estava em cima dele, prendendo-o ao chão. Ele era maior e mais forte, e
sem dificuldade ele juntou as mãos de Sebastian nas costas imobilizando-o, de
forma que conseguia prender as mãos de Sebastian com uma única mão enquanto a
outra ficava livre. Com essa mão que estava livre, o Leão brincava com a
intimidade de Sebastian e aonde mais ele queria, da forma que ele queria.
- Eu te odeio! Eu te odeio! – o garoto
bradou por entre lagrimas.
O Leão riu e aproximou os lábios do ouvido de
Sebastian.
- É claro que sim. – sussurrou. – Sabe,
eu gosto de garotos como você, gosto de ser o primeiro. Gosto da ideia de que
sempre vão se lembrar de mim.
- Não! Não! – disse desesperado, mas nem
todo o desespero do mundo que o garoto demonstrasse demoveria o Leão do que ele
estava fazendo.
- Pare de ser tão dramático, você vai
gostar.
Sebastian sentiu quando ele se posicionou em
cima dele e realmente, viu que tudo o que estava acontecendo era real. A dor
que Sebastian sentiu no segundo seguinte quando era invadido foi tamanha que
ele parou de respirar por um momento. A dor era incrível e não tinha fim. Tudo o
que ele conseguia fazer era chorar e o grito que ele sufocou quando o Leão
começou a se mexer quase explodiu seu coração.
Como já foi dito, ele era uma criança e era
virgem, e da forma mais errada e dolorosa deixou de ser. Naquela noite ele
conheceu o monstro que há nos homens e toda a dor que ele pode causar. Era
inútil se debater, o Leão era mais forte e o dominava. Depois de um tempo parou
de resistir e de xingar, só chorava e soluçava. Tudo o que queria era morrer.
Depois que o Leão terminou com ele, ele ainda
continuou jogado no chão, sentindo-se a cosa mais suja do mundo. Não tinha
forças para se levantar e ali ficou, chorando e tremendo. Com um sorriso
diabólico, o Leão foi até a porta e a abriu.
- Vou pegar uma bebida para gente. Não
saia daí.
Dizendo isso, ele saiu do quarto e Sebastian
ficou sozinho. Ele não viu o Leão voltar, desmaiou antes disso, mas muita coisa
mais aconteceu naquela noite que ele não viu por estar misericordiosamente
inconsciente. Mais tarde, Sebastian descobriria que esse tipo de festa
acontecia regularmente, só com os garotos mais bonitos de Dom Giovanni, ou
seja, nunca escapava de ser escalado para ser leiloado. Nunca soube o nome do
Leão, também não faria diferença. Nunca mais o viu nas festas, isso também não
significava que se sentia aliviado. Depois que a porta daquele quarto se
fechou, uma parte dele morreu naquele chão.
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