Olá, leitores!!
Dentre todas as carreiras existentes, a de escritor é das mais - senão a mais - difícil. Um escritor iniciante precisa conciliar uma árdua vida cotidiana com o ânimo e a inspiração para criar histórias envolventes, profundas e que despem a sua alma para leitores anônimos.
Escrever é se entregar de uma maneira plena. É registrar, em cada palavra, linha e parágrafo, um pouco de sua alma e de suas crenças mais profundas.
E- claro - ter um público leitor faz parte dos ideais de todo escritor.
O Clube de Autores nasceu, oficialmente, no dia 15 de maio de 2009 - tendo pouco mais de três anos de vida. Neste período, a proposta foi simples: dar a escritores de todo o Brasil a possibilidade de publicar as suas obras sem precisar pagar nada por isso. O resultado não para de superar nossas expectativas: já foram mais de 12 mil obras publicadas e centenas de milhares de exemplares vendidos neste curto espaço de tempo.
E, com esses resultados - a cada venda e a cada contato com autores - surgiram novas demandas.
Uma das principais delas está sendo repetida com este Prêmio, que já é um dos eventos que marcam o calendário da literatura independente nacional.
Do total de inscritos, haverá apenas 1 vencedor e 10 finalistas - sendo que estes exibirão em suas páginas de livros selos que, naturalmente, aumentarão a reputação dos mesmos. Com maior reputação e reconhecimento, mais vendas tendem a ocorrer - e a consolidação da carreira literária fica mais próxima.
Este é o conceito do Prêmio - que tem como premissas ser absolutamente gratuito e aberto a todos os autores do Clube que acreditam que as suas obras são retratos fiéis dos seus valores mais caros e profundos.
O meu livro "Sebastian" é um dos livros concorrentes á esse prêmio e peço á vocês, queridos leitores, que deem seu voto não á mim, mas á minha obra. Há alguns capitulos disponiveis dela aqui no blog e tenho certeza de que emocionou vocês. Esse é o link, http://premio.clubedeautores.com.br/web/site_premio/votar.php?id=130919
Sei que com a ajuda de vocês, tudo pode ser possivel!!!!
Beijoss!!!!!!!!!!!!!
Natalia de Oliveira
criadora do blog
terça-feira, 25 de setembro de 2012
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
0
"Sebastian" , capitulo III , por Natalia de Oliveira
Parte I
Capitulo III
"Renascimento"
Seu presente de boas vindas foram duas
costelas quebradas, hematomas e escoriações pelo corpo todo. Apanhara como um
condenado. Don Giovanni tinha razão, durante toda a sua vida jamais se
esqueceria dessa surra. Não dormira naquela noite, desmaiara no chão daquele
quarto por causa da dor e acordara na manhã seguinte quebrado, como nunca se
sentira em sua vida. A cama estava intocada, ninguém dormira ali, Don Giovanni devia
ter passado a noite fora.
Vicenzo recebera ordens para chamar o
garoto que vinha descendo as escadas com muita dificuldade e dor. Seu dono o
esperava sentado no sofá da sala, usava óculos para esconder os olhos vermelhos
e a olheiras provocadas por causa da bebedeira da noite anterior, em uma festa.
- Vamos logo. – levantou-se, pondo-se a
andar até a porta. Não estava tão gentil como na noite anterior, provavelmente
devia estar de ressaca.
Os dois deixaram o casarão a
atravessaram o jardim que á luz da manhã revelava toda a sua beleza numa
explosão de cores nas mais variadas flores. Como antes, sentaram-se um de
frente para o outro na limusine.
- Aonde vamos? – perguntou Chandler assim
que o motorista deu a partida. – Espero que até aquele restaurante, eu estou
morrendo de fome. – disse provocando.
- Vamos ao seu trabalho. – respondeu
seco.
- Está de mau humor? – cinicamente fingia
uma expressão preocupada.
- Sim, eu estou, e é melhor não me
encher o saco. Minha dor de cabeça já está forte o suficiente.
Chandler riu por dentro, já que a dor o
impedia de rir fisicamente.
- Que bom. – disse para que Don Giovanni
ouvisse e notou que ele o fuzilava com os olhos.
- Só estou me dando ao trabalho de levar
você porque depois de deixá-lo, vou direto para a minha casa em Roma. – estava
irritado.
- Pensei que sua casa fosse essa.
- Não, é só uma delas, um lugar que fico
quando venho á Nápoles. O ponto forte dos meus negócios fica em Roma. – ele riu
de repente – eu nem sei por que estou discutindo negócios com você.
- Talvez porque eu seja um de seus
negócios. – disse áspero.
Don Giovanni olhava fixamente para
Chandler, ele era diferente dos outros, insolente, belo, olhava-o nos olhos,
parecia indomável. Nem o “presentinho”
de ontem o colocara em seu lugar. Ele parecia assustado quando chegara, mas
agora era como se a surra houvesse despertado algo nele.
O garoto também se sentia assim, quando
acordou, viu tudo claramente. Estava no mundo de Dom Giovanni agora, e se
quisesse sobreviver nele teria que ser forte e não demonstrar medo dele, coisa
que o próprio Don Giovanni lhe aconselhava a fazer. Um pouco de provocação, não
muito, só pra mostrar que não ia ser dobrado tão fácil assim.
- Você vai para as ruas, meu querido. A
sua missão é trazer dinheiro, o modo você escolhe, o importante é trazer. Você
dá o dinheiro que conseguir ao seu superior, que por sua vez o dá a Vicenzo,
que conhece muito bem. – riu – É simples, ou quer que eu explique de novo?
- Eu sou um escravo? – perguntou mais
para si mesmo, mas a resposta veio de seu dono.
- Mais ou menos isso. – deu de ombros.
- Serei seu pra sempre? – perguntou
desconsolado.
- A coisa funciona assim: você é meu até
morrer, oque não é muito raro nas ruas, ou até que pague a divida que tem
comigo.
- Eu não te devo nada! – protestou
indignado.
- Eu comprei você, e foi bem caro,
lembra? Foi um investimento do qual eu espero lucro.
- Quando eu tiver pagado tudo, então, me
deixará ir?
- “Se",
- ele frisou – se estiver vivo até lá. Mas pode subir de posição também, se
quiser, com o tempo. – afirmou pensativo – Notei que é esperto, não abaixa a
cabeça, tem potencial. Assim como eu. E ai, - riu – não vai querer partir.
- Eu jamais serei como você.
- Duvida?
Essas palavras fizeram Chandler pensar. “Era possível gostar dessa vida de escravo?”.
Impossível! Era a pior coisa do mundo.
Embora talvez demorasse a pagar. Porém Don Giovanni era a prova viva do que
estava falando, fora um escravo, assim como era um agora. Um arrepio subiu por
sua espinha, uma imagem horripilante passou por sua cabeça: ele, vestido como
Don Giovanni, falando como ele agindo como ele. Temeu que no futuro pudesse
ficar assim.
Não demorou até que o carro parasse num
Beco de Nápoles, que era na verdade a divisa entre um açougue e uma loja de
artigos religiosos, em algum lugar da periferia da cidade.
- Descemos aqui. – o motorista desceu do
carro e abriu a porta para seu patrão descesse.
O garoto, com muita dificuldade, desceu
da limusine e deparou-se com um lugar feio. Havia um grupo de jovens mais á
frente, quase no final do beco, eram seis, todos de aparência muito estranha,
havia um tipo de sombra neles que não lhe agradava. E todos olhavam para ele,
analisando o novo colega. Eram a s crianças de Don Giovanni.
Caminharam pelo beco, indo em direção ao
grupo. O homem conduzia Chandler como se estivesse mostrando uma obra de arte
que acabara de arrebatar em um leilão.
- Faz um bom tempo que não te vejo
senhor. – um dos garotos se adiantou.
Ele era loiro, olhos castanhos, usava
uma roupa simples, mas boa, calça jeans e uma jaqueta jeans. Era arrogante,
Chandler podia ver em seu jeito de andar e olhar. Fumava algo, oque, nem queria
saber, seja lá o que fosse o cheiro era horrível. Do grupo sem duvida era o
mais bonito, aparentava ter uns dezoito anos de idade e pelo jeito era o
superior do grupo. Ele aproximou-se de Don Giovanni e para sua surpresa, eles
se cumprimentaram com um longo beijo. O que espantou Chandler, nunca tinha
visto dois homens se beijando.
- Estive fora. – Don Giovanni disse
afastando-se.
- E trouxe um presente. – disse o loiro
voltando sua atenção para Chandler com um sorriso malicioso. – Quem é essa gracinha?
- Meu mais novo investimento. – sorria –
Chandler.
- Chandler? Que nome é esse?
-
É americano. – justificou.
- E é tímido. – o loiro completou.
O garoto se aproximou de Chandler e deu
uma tragada no cigarro, analisando-o de cima a baixo. Então estendeu a mão.
- Sou Francesco, prazer.
- Não posso dizer o mesmo. – respondeu
sem demora.
- Ele já está entregue, cuidem bem dele
garotos.
Dom Giovanni girou nos calcanhares e
saiu voltando apressado para a limusine, deixando o garoto sozinho com o grupo.
Viu-se completamente abandonado. Francesco não tirava os olhos dele. Sentiu que
o estava analisando, vendo se era bonito o suficiente, forte o suficiente para
ser um deles. Isso além de incômodo era constrangedor, Francesco o rodeava,
fumando aquela coisa horrível, já estava começando a fica enjoado com aquele
cheiro.
- Foi uma pena oque fizeram com você. –
disse referindo-se aos hematomas em seu rosto. – Mas vai passar. Todos nós
passamos por isso quando chegamos.
- Isso deveria me consolar? – disse
ríspido.
- Soou como um consolo? – Francesco
respondeu sarcástico.
- Seu inglês é bom.
- Aqui é a Europa, o mundo todo vem até
nós. O inglês se tornou a língua universal. Você por outro lado, vai ter que
aprender italiano, mas não se preocupe, nós te ensinamos.
- Você é daqui?
- Sou, mas como você, outros vieram de
fora. – deu a volta e foi até onde seus amigos estavam – Deixe-me apresentá-lo
á família: esse é Juan; veio da França, Marc, também da França; Vicente é
daqui; - sorriu – e os gêmeos Luigi e Pietro, que são daqui mesmo. Garotos,
esse é. . . – hesitou, aproximou-se de Chandler e disse ao pé do ouvido – Sabe,
esse seu nome é muito exótico, para não falar estranho, todos nós somos
discretos aqui, então vamos improvisar. – parou um pouco para pensar e disse em
voz alta. – Esse é Sebastian, nosso mais novo amigo. - disse voltando-se para o
garoto – Esqueça agora o seu passado. O que aconteceu antes não importa. Agora
você renasceu.
Chandler havia renascido sim, agora era
Sebastian, e aquele era o primeiro dia do resto de sua vida. Não sabia ao certo
explicar como se sentia, era como se estivesse num pesadelo, e por mais que
tentasse, sabia que não acordaria. Ali naquele beco, teve noção do que havia
acontecido com ele: era um garoto de rua, sujeito a todos os tipos de perigo
que esta oferecia, humilhado, arrancado de sua terra, as palavras de Don
Giovanni faziam sentido agora. O mundo era feio, diferente daquele que
conhecia, não havia mais ninguém no mundo que ele amasse. O destino que se
afirmava no horizonte nunca lhe parecera tão negro, e nessa perspectiva, Chandler
Desmont não iria sobreviver.
Mas iria sobreviver, iria arranjar
coragem e manter-se vivo, não importasse quais as provações que a vida ainda
lhe reservasse, tudo com um único e firme propósito: iria ficar vivo para que
um dia, voltasse á América para acertar as contas com Robert Murphy, jurou para
si mesmo que o destruiria, nem que isso fosse a última coisa que fizesse, nem
que morresse tentando, iria vingar-se e a seu pai. Mas para isso teria que
mudar, assim como seu nome fora mudado, teria que deixar de ser aquele garoto
besta e ingênuo para se tornar Sebastian.
As portas do escritório de Robert Murphy
se abriram bruscamente, assustando-o por um momento, no entanto o que entrou
por aquela porta não era nada assustador. Jake Piston, o delegado da cidade de
Aaron River. Não mandava em nada, era tão significante quanto um peso de papel,
mas parecia enfurecido. Era um homem de meia idade, já calvo, sua barriguinha
saliente denunciava seus excessos. Usava uma calça marrom, uma camisa branca
por baixo do paletó marrom. Tinha a gravata afrouxada e parecia que ia ter um
ataque cardíaco ali mesmo.
- O que faz aqui? – Robert Murphy
desdenhava colocando de lado os papeis que analisava.
- Se quiser brincar de incendiário, faça
isso longe da minha jurisdição. – Jake dizia furioso.
- Do que esta falando, homem? – usava o
tom mais desinteressado que encontrou.
- A oficina do Desmont!
- Ah, aquilo foi um acidente, um infeliz
acidente, pergunte a qualquer um, aquele lugar era muito velho. A fiação elétrica
era um horror, e os produtos químicos que ele usava. . .
- Será que é isso o que a perícia vai
dizer? – Piston insinuava.
- Vai,
se você for esperto e tiver uma palavrinha com eles, como sempre. – parecia
muito calmo.
- Dessa vez não. – o nervosismo saltava
aos olhos.
- Como assim?
- Se isso foi um acidente como diz, onde
está o outro corpo? – dizia enigmático.
- De quem? – disse cínico.
- Deus do céu! – exclamou exasperado – Do
garoto, do filho dele!
Houve um silêncio mortal na sala.
- Se bem me lembro, Delegado Piston, é
seu dever saber, e eu não vejo razão para você estar me perguntando essas
coisas.
- Recebi uma ligação muito interessante
hoje, de Washington. Isso virou uma investigação federal. Vão mandar alguém
aqui para cutucar esse caso.
O homem estava visivelmente abalado e
pôs-se a andar de um lado para o outro do escritório.
- Seu incompetente, como deixou isso vazar?!
- Isso não importa o caso agora não é um
simples acidente, uma criança está desaparecida. Eles vão querer exumar o corpo
do Desmont, e não estranharei se encontrarem qualquer objeto metálico alojado
nele. – parou para encará-lo.
- O que está insinuando, seu verme?
- Nada, só estou te avisando que não
cobriu seus rastros direito, e por isso seu pescoço está perigando.
- O meu não é o único, levando-se em conta
que o delegado que alegou acidente foi você.
Fique esperto e dê um jeito de contornar isso antes que os Federais comessem a
bisbilhotar, caso contrário, uma cabeça vai rolar, e não será a minha. – Robert
disse objetivo.
Jake o olhava com verdadeiro desprezo e
horror.
- Diga-me pelo menos, que fim levou o
garoto Desmont?
- Quem é que sabe? – deu de ombros.
- Mais uma coisa, diga aos seus macacos
para fazerem seu trabalho direito, e me pouparem do trabalho de falsificar os boletins
de ocorrência.
- Diga você mesmo á eles. Eles vão á
delegacia esta tarde, levar a minha contribuição até o senhor.
O Delegado sentia-se humilhado cada vez
que Murphy o lembrava de que não passava de um fantoche. Mas a ambição pelo
dinheiro era maior que o amor próprio.
- Até mais, Delegado Piston. – disse
vendo que aquele inútil ainda continuava lá. – Mova-se!
Essa frase bastou para que o Delegado deixasse
o escritório como um furacão.
- Estou cercado de incompetentes. –
disse em voz alta para si mesmo.
Mal o Delegado Piston saiu do escritório,
April entrara mais furiosa do que jamais esteve. Os olhos azuis faiscando de
raiva e uma expressão aborrecida que não combinava com seu rosto fino e
delicado.
- Será que eu vou ter que começar a
trancar essa porta. – disse já irritado pela discussão com Piston. - Oque você
quer?
- Você é um monstro! – disse ela
esbravejando.
- Morda sua língua antes de falar comigo
nesse tom! – se alterou, levantando-se de sua poltrona.
- Pensa que eu não sei, que todo mundo
não sabe?
- O que uma fedelha como você poderia
saber? – desdenhava dando a volta na mesa para se aproximar da filha.
- É tão sujo oque fez com os Desmont,
que me dá nojo.
- Ah, é? – Robert aproximou-se de April
que por sua vez hesitou e deu um passo para trás. – Está com medo de mim? Aonde
foi parar toda aquela coragem com a qual entrou aqui?
- No mesmo lugar onde foi parar sua
vergonha.
Num gesto rápido, Robert desferiu um
tapa no rosto de sua filha. April ficara um tempo com o rosto virado, mais pelo
choque de ter sido agredida pelo seu pai do que pelo impacto e quando voltou a
fitá-lo, ele não demonstrava qualquer sinal de arrependimento, ou raiva, nada,
seu rosto era impassível, imóvel, como se tivesse sido esculpido em pedra, sem
qualquer emoção.
- Olhe bem garota, vou dizer apenas uma
vez: os Desmont sofreram um acidente terrível. O que quer que tenha escutado
por aí, ou aqui, principalmente aqui, guarde para você. Entendeu?
Boquiaberta com a frieza do pai, April o
observava voltar calmamente para sua poltrona, do outro lado da grande mesa,
como se nada tivesse acontecido. Derrotada por hora, April virou-se, caminhando
para a porta do escritório, saindo de lá, rumo ao seu quarto no qual se trancou
o resto do dia. Ficou triste sim, mas com uma certeza: ele iria ver quando o
FBI chegasse.
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sábado, 22 de setembro de 2012
0
"Sebastian" , capitulo II , por Natalia de Oliveira
Parte I
Capitulo II
"O que não mata deixa forte"
Chandler estava tendo um pesadelo
terrível que na verdade começara como um sonho normal. Sonhava que andava
calmamente por um vasto campo. Andava,
andava, e cada vez mais o campo parecia se transformar num deserto, um lugar
árido, seco. Então, lá na frente vira
uma coisa, algo que não sabia o que era, mas que deveria se aproximar e ver.
Conforme foi andando, viu que três corvos rodeavam a coisa, pulavam sobre ela e
a beliscavam com seus bicos finos e vorazes.
Não podia se controlar, tinha que ver o
que era, aproximou-se o bastante e percebeu que se tratava de um cadáver. Estava de bruços e os corvos já haviam comido
boa parte de suas costas. Notou então com surpresa que o homem morto usava as
roupas de Kevin. Foi tomado por um medo que nunca havia sentido antes. Sabia
oque tinha que fazer, mas tinha medo de descobrir que aquele cadáver
descomposto fosse seu pai. Mas tinha que se certificar. Aproximou-se mais e
ajoelhou-se ao lado do corpo, o odor de carne apodrecida era insuportável.
Prendeu a respiração e com força virou o corpo para si e viu que era mesmo
Kevin. Os olhos abertos totalmente brancos, a pele já azulada e ferimento á
bala na testa não deixavam duvidas.
- “Pai.
. .” – chorava ao ver seu pai morto.
- “Filho.
. .” – disse Kevin de repente com voz cavernosa.
Chandler largou o corpo que abraçava,
caindo para trás sentado enquanto via Kevin erguer-se e avançar cambaleante em
sua direção, enquanto tentava afastar-se daquela criatura ainda sentado e
horrorizado.
- “Olha
pra mim, olha o que ele fez comigo.” – disse com uma voz cavernosa.
- “Não!”
– gritou fechando os olhos.
- “Ele
me matou, filho. Ele fez de mim comida para os vermes e isso não é nada legal.
. .” – ele continuava, mas ai a voz mudou.
- “Você
se ferrou de vez, pirralho.” – Chandler ouviu uma voz diferente e abriu os
olhos, via agora no lugar de seu pai, Robert, o assassino, com um sorriso
zombeteiro.
- “Cala
a boca!” – gritou em resposta.
- “Ah,
espere para ver, sua vida vai ser um inferno, e está só começando.” – dizia
rindo, mas rindo com vontade.
Nesse momento Chandler acordou assustado
e com uma baita dor de cabeça por causa da coronhada. Olhou em volta. Estava
num tipo de contêiner e percebeu que estava em movimento. Talvez estivesse em
um caminhão ou algo assim, também havia varias caixas de papelão á sua volta.
Notou também e com surpresa que seus pés e suas mãos estavam amarrados com
cordas. Ficou desesperado. Arrastou-se até oque poderia ser chamado de parede e
começara a socar com força.
- Ei, abram, me deixem sair! – gritou.
Mas ninguém ouviria, decidiu parar,
ficar quieto, poupar oxigênio em meio às caixas. Não sabia há quanto tempo
estava ali desacordado nem quando parariam. Só então começou a entender tudo
oque havia acontecido. Seu pai estava morto e ele, indo amarrado rumo a algum
lugar desconhecido.
Robert Murphy, Robert Murphy.
O nome ecoava em sua cabeça, ele era o
causador de todo esse mal. Aquele desgraçado matara seu pai sem piedade. Bem
que Kevin havia o avisado que aquela família era do mal. Tiraram a única coisa
que ele tinha na vida. Começara a chorar em desespero, isso não podia estar
acontecendo. Sentia-se tão culpado agora, porque não se mexera antes? Poderia
ter evitado tudo isso, quem sabe? Estava sozinho na vida.
Neste momento o caminhão parara e as
portas foram abertas, Chandler ficou apavorado e antes que percebesse, varias
pessoas entravam dentro do contêiner. A luz que entrava fazia aquelas pessoas
parecerem sombras e isso não ajudava. Como estava lá no fundo do contêiner,
dois deles andaram até ele e o pegaram, arrastando-o para fora. Era de dia,
embora o tempo estivesse chuvoso, a luminosidade fez seus olhos arderem. Começava
a se molhar com a chuva e vários homens o rodeavam curiosos. Deu uma boa olhada
no lugar e viu com espanto que se tratava de um Porto: navios, contêineres,
caixas e mais caixas, empilhadeiras e o mar á sua frente. Mas por que raios
estava num porto?
- Olhe só para ele. – um dos homes
disse, era moreno, usava um terno bom, destacando-se dos outros que usavam
calça jeans rasgadas, e camisas sujas. Destacava-se também pelo sotaque
estrangeiro. – É mesmo uma bela mercadoria, meu patrão vai gostar muito.
- Oque?
– Chandler perguntou. – Oque quer dizer?
Todos os marinheiros que o rodeavam
riram dele, não entendera exatamente o porquê, nem a razão de estarem rindo. O
que estava acontecendo?
- Coitadinho, deixa-me explicar: - o
homem aproximou-se, abaixou-se e sussurrou em seu ouvido. – vamos fazer uma
pequena viagem, você e eu.
- Como assim?
- Vai saber quando chegar lá.
O homem fez um sinal com a cabeça e dois
daqueles marinheiros pegaram Chandler pelo braço e o arrastaram até uma caixa
de madeira que estava aberta, era grande, e notara que caberia lá dentro.
- Não! – começara a gritar quando percebeu
que iam coloca-lo na caixa.
Embora o garoto esperneasse, os dois
homens eram bem mais fortes do que ele e o colocaram com facilidade na caixa,
então viu aquele estrangeiro se aproximar segurando uma sacola.
- Para o caso de sentir fome. – disse ao
jogar uma sacola dentro da caixa, antes de colocarem a tampa e a lacrarem.
Chandler gritava e se debatia na caixa,
inutilmente, porque estavam fazendo isso com ele? Cada vez mais se sentia
impotente frente aos acontecimentos não sabia oque estava por vir, tudo oque
desejava era que acordasse e visse que isso tudo era um pesadelo.
Sentiu que a caixa era levantada e que
se movia e pôde perceber oque acontecia. Colocaram a caixa em outro contêiner e
o embarcaram em um navio que descobriria mais tarde, em direção á Europa.
Por muito tempo ainda Chandler gritara e
debatera-se dentro da caixa de madeira, tanto que ficara exausto e tudo o que
conseguira foram seus cotovelos arranhados. Entendera que esse seria seu
destino, ninguém iria ajudá-lo, não mais. Seja lá oque fosse acontecer daqui
para frente, estaria sozinho e teria de se acostumar com isso. Realmente sua
jornada de sofrimento estava apenas começando.
Chandler não sabia quanto tempo
exatamente se passara desde que fora trancado dentro da caixa, pareciam dias.
Ele estava com fome, e aquela sacola que aquele estrangeiro jogara continha apenas
dois pães velhos. Estava dolorido, estava com sede, e estava sem esperança. E
quando achou que eles haviam esquecido ele naquele contêiner, ouvira um som que
se assemelhava ao de portas sendo aberta, então a caixa que ele estava foi
bruscamente levantada e percebeu que era carregado para fora do contêiner. Era
dia, viu pelas frestas os raios do sol. A caixa fora colocada no chão e com
golpes bruscos e rápidos a caixa fora aberta.
O garoto de inicio cobriu os olhos com
as mãos por causa da claridade e braços fortes o arrancaram da caixa. Ele ainda
estava amarrado e com fome, mal conseguia manter-se em pé, só conseguia ouvir
vozes em uma língua diferente. Assim que seus olhos acostumaram com a claridade
pôde ver que estava em uma espécie de galpão onde havia vários contêineres e
vários homens que o olhavam, inclusive aquele estrangeiro do porto, mas não era
esse que lhe chamava a atenção.
Havia um grupo de homens mais á frente,
próximos a uma limusine. Usavam ternos, casacos, fazia muito frio. Notou certas
saliências que sabia serem armas. Em sua maioria pareciam capangas, como Ike e
os outros lacaios de Robert, todos menos um. Este usava: um casaco, óculos
escuros, era moreno como os outros e ao vê-lo lembrou-se imediatamente de seu
algoz, pois tinha o ar arrogante e uma presença que os demais pareciam
respeitar, e um jeito até intimidador, como gente dessa espécie tem. Não gostou
dele logo de cara e para seu desespero estava sendo conduzido até ele. O homem
tirou os óculos e revelara um par de olhos de um tom que nunca havia visto
antes, um castanho avermelhado muito exótico e profundo. Ele aproximou-se com
um sorriso estranho.
- Bem vindo á Itália. – disse o homem.
- Itália? – Chandler sussurrou para si
mesmo. Não podia estar tão longe assim de casa.
Olhou em volta, tanta gente diferente,
um lugar desconhecido e desconfortável, queria fugir, queria voltar e não tinha
como, estava em outro continente. Sentiu-se muito mal, tudo mudara rápido
demais para que pudesse assimilar. Enquanto ainda tentava digerir essa notícia,
aquele homem começara a rodeá-lo analisando-o com um olhar atento, então se
deteve á sua frente e tomara seu rosto numa das mãos.
- Belo menino. - disse ele – É mesmo muito
belo.
- Quero voltar pra minha casa agora!-
protestou afastando-se.
- Ah, é americano, já tinha me esquecido.
– aproximava-se.
- Quero voltar! – insistia.
- Mas já? Por quê? Não gosta da Itália?
– disse cínico. – Mas antes de continuarmos, permita-me. . .
Tirou da cintura, do lado das costas,
escondido pelo casaco, um punhal. Era de prata, com pedras vermelha
incrustradas na base, uma peça linda. Chandler quis afastar-se, mas os
brutamontes que o trouxeram o seguravam. O levaram até a Itália para ser morto?
Começara a tremer.
- Está com medo? – riu.
Aproximou-se mais e então, quando o
garoto já se preparava para o ataque o homem inesperadamente pegara suas mãos
que estavam amarradas e com rapidez cortara as cordas que o prendiam, repetindo
o ato nos pés, deixando Chandler surpreso.
- Entre no carro. – disse colocando o
punhal onde estava antes.
- Como sabe que eu não vou fugir? –
enfrentou.
- Não vai. – indicou com o dedo os
homens atrás dele.
Engoliu em seco, não tinha escolha.
Entrou no banco de trás e aquele homem também. O carro deu a partida e
puseram-se a andar pelas ruas de Nápoles. Sentaram-se um de frente para o
outro. Chandler não gostava do modo como ele o olhava, como se fosse um
presente que havia ganhado, tentava desviar o olhar daqueles olhos avermelhados,
mas eram tão penetrantes.
- Será que agora você pode me explicar o
que está acontecendo?
- Calma, nem ao menos nos conhecemos
ainda. - disse educado. – Permita-me, sou Don Giovanni Ballester. – era
distinto, refinado e sedutor. – E você?
- Chandler Desmont. – respondeu rápido.
- Não há motivo para grosseria, meu caro
Desmont. Fez boa viagem?
- Se você acha passar fome dentro de um
caixão desconfortável “boa viagem”,
então é, eu fiz uma boa viagem.
Don Giovanni riu com gosto.
- Desculpe o transtorno, mas entenda, os
policias do porto estão começando a ficar rigorosos em relação á certos tipos
de mercadoria importada. . .
- Eu não sou uma mercadoria. – o
interrompeu.
- Ah, é sim. – Don Giovanni o encarou. –
Eu o comprei.
Chandler ficou paralisado. Robert Murphy
o vendera como se fosse um animal, ficou zonzo, isso não estava acontecendo.
- Isso não é verdade. . . – sussurrou,
não queria acreditar.
- É sim. Agora é meu, caro Desmont, como
outros antes de você.
- Há outros? – perguntou ainda sob o
efeito do choque.
- Tenho vinte garotos que eu comprei,
assim como você, meninos e meninas. – dizia calmo vendo a expressão horrorizada
de Chandler. – Surpreso? – deu de ombros – Vai se acostumar com a ideia, todos
se acostumam, mais cedo ou mais tarde. – a calma dele era incrível. – Até eu.
- Até você?
- Sim, eu também fui vendido quando
tinha sua idade. – riu – Como vê, o que não mata deixa forte, e é bom não
morrer, querido. Pelo menos, não até me dar algum lucro.
Não acreditava a que ponto chegara. O
que seria de sua vida agora? Ficou desesperado, olhou para os lados, estava
preso, mais preso do que estava quando estava preso dentro da caixa. Don
Giovanni era mais do que perigoso, era poderoso. Fora vendido a um homem que já
tinha vinte como ele, começara a chorar desesperadamente com o futuro que se
anunciava.
- Não chore. – tirou do casaco um lenço
branco e aproximou-se limpando o rosto do garoto. – Nunca deixe que pensem que
pode ser derrubado, demonstre sempre fortaleza, e tudo ficará bem.
Don Giovanni o olhava com ternura agora
e esse foi o primeiro de vários conselhos que ele lhe deu. Naquele momento não
pode deixar de aceitar que aquele homem era estranhamente acolhedor, tentando
consolá-lo com aquelas palavras. Ele estava certo, já que não havia saída,
tentaria ser forte para aguentar o que a vida lhe reservasse. Foi ali, naquele
carro, ao ouvir as palavras de se “dono”,
que jurou para si mesmo, pelo sangue derramado de seu pai, que um dia iria
olhar para o cadáver ensanguentado de Robert Murphy e iria sorrir.
Depois de terem passado num restaurante
(Chandler estava quase desmaiando de fome)
a limusine seguiu para o centro da cidade, lugar de casarões enormes, lindos,
mas para Chandler não significavam nada, estava meio que entorpecido ainda pela
nova realidade. O carro parou em frente a um desses casarões. Era branco,
estilo bem antigo, um belo jardim na entrada, uma casa magnífica, cara, pelo
visto. Ao saírem do carro, Chandler ficara admirado com a imponência da
construção e teve uma ideia da situação financeira de Don Giovanni. Os
seguranças abriram os portões e entraram pelo jardim. Já era de noite e era uma
visão um tanto sombria estar ali á luz do luar.
Entraram pela porta principal. O Hall
era grande e bem decorado e a sala mais ainda, bem iluminada por um imponente
lustre bem no centro. Tinha sofás brancos muito finos, vasos com flores na
mesinha de centro e nas estantes. Tinha vários quadros nas paredes. Tinha que
admitir: Don Giovanni tinha bom gosto.
- Frequentemente dou festas aqui, como
vê, é uma sala bonita. – disse ele – mas falamos disso depois.
Os seguranças ficaram na sala enquanto
Don Giovanni e Chandler seguiam até uma escada que levava até o segundo andar,
juntamente com outro homem que não conhecia. Enquanto subiam, Chandler via na
parede várias fotos emolduradas, de homens, mulheres, que pareciam ser amigos
de seu dono, em festas em que estiveram, e de crianças, suas crianças
compradas. Ao pensar nisso, que logo haveria uma foto sua naquela parede,
Chandler sentiu seu estomago embrulhar. O que aconteceria com ele? Não queria
nem pensar.
Chegou ao andar de cima, um corredor com
várias portas, o andar dos quartos. Foram caminhando por ele, a ansiedade
matando o garoto. Entraram na quarta porta á esquerda. Era um quarto enorme com
uma cama de casal com lençóis de tecido fino, móveis de boa qualidade, o
armário no canto, o criado mudo ao lado da cama de casal, a escrivaninha, tudo
parecia mais antigo que o dono, mas muito bem conservado. Don Giovanni já
chegou tirando o casaco pesado, o paletó, jogando-os na cama, afrouxou a
gravata. O outro homem permaneceu perto da porta que fechou ao entrar.
- Este é meu quarto, o que acha? –
sentou-se na cama.
- Porque me trouxe aqui?
- Para conversar. Sente-se. – deu umas
palmadinhas na cama, convidando-o o sentar-se ao seu lado. – Venha. – disse
sedutor.
Como não queria mais problemas aceitou o
chamado, ainda meio relutante sentou-se na cama ao lado de Don Giovanni.
- Sei que não é burro, já deve ter
percebido que sou muito rico. Tem ideia do que eu faço para viver? – disse
começando á mexer nos cabelos de Chandler.
- É um criminoso? – disse meio que dando
de ombros.
- Não, eu forneço o que os criminosos
precisam. Armas, drogas, tanto faz. Sou influente, posso comprar qualquer
coisa, desde as mais raras obras de arte que você viu lá embaixo, até seres
humanos, como você. – dizia frio, o que feriu profundamente Chandler.
- Quanto pagou por mim? - disse com a
voz fraca.
- Não costumo falar disso com minhas
crianças. . .
- Eu não sou a receita federal. – disse
ríspido – Embora eu tenha certeza que você não declara esse tipo de bem.
Don Giovanni espantou-se por um momento
com o atrevimento de Chandler, porém com um sorriso disse:
- Trinta mil dólares americanos.
Chandler ficara chocado com a resposta.
Trinta mil era seu preço afinal.
- Você
foi o meu garoto mais caro. Mas vendo esses olhos verdes que você tem, acho que
o investimento valeu a pena. – disse satisfeito pelo bom negócio feito.
O garoto continuava calado, atordoado
com as palavras de Don Giovanni. Robert Murphy havia matado seu pai e ainda
ganhara trinta mil vendendo-o. Isso era demais para ele, tudo parecia um terrível
pesadelo, queria acordar.
- Oque foi? – perguntou Don Giovanni,
notando o abalo que causara no garoto.
- Isso não é justo. – sussurrou para si
mesmo, mas alto o suficiente para que Don Giovanni ouvisse.
- O que não é justo?
- Tudo oque esta acontecendo comigo. –
começou a chorar.
- Ah, você devia viver num mundo tão
idealizado, tão superprotegido, quase num sonho. Mas agora é hora de acordar
para a realidade, queridinho, aquele mundo bonito das historias que seu pai
contava não existe. Ele é feio, é cruel, para se viver nele é difícil, ninguém
mais vai ajudar você. É hora de aprender a se virar sozinho e de ser um pouco
cruel, como eu. – disse sério. – E a primeira lição é: “não confie em ninguém além se si mesmo.”.
Ficara em silêncio analisando essas
palavras. O mundo era horrível, lembrou-se que tudo isso estava acontecendo por
culpa de Robert, aquele filho da mãe.
De repente Don Giovanni levantara-se e
pusera-se a andar pelo quarto.
- Agora tem o seu presente de boas
vindas. É um que dei a cada um dos garotos que comprei. – sorria – Já esteve na
Canadá? Claro que não, algumas, partes são tão frias que não se pode andar sem
treno, puxado por cães treinados, que tem sua própria hierarquia. De qualquer
forma, quando o dono compra um cão novo, ele dá-lhe uma surra daquelas, para
que ele saiba quem é o líder, para que não se esqueça de nunca quem manda.
Chandler começou a tremer, levantou-se
devagar da cama, olhava para Don Giovanni com uma expressão assustada.
- Vicenzo, - dirigiu-se ao homem parado
ao lado da porta que havia ficado quieto até agora. – mostra-lhe quem manda. -
disse ao homem antes de sair pela porta, deixando os dois sozinhos.
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
5
"Horror em Amityville" por Jay Anson
Sinopse
"Horror em Amityville", escrito por Jay Anson em 1975, fala sobre os acontecimentos na casa 112 da Ocean avenue no bairro de Amityville nos poucos dias em que a familia Lutz lá habitou entre dezembro de 1974 e janeiro de 1975, por apenas dezoito dias.
George e Kathy Lutz compraram a casa de seus sonhos, uma grande casa em estilo colonial na pacata Amityville, incrivelmente barata, perfeita para o casal, seus três filhos e seu pastor alemão. Com varios quartos, escritorio, um lago e abrigo de barcos, perecia perfeita. No entanto, eles desconheciam a verdade sobre aquela casa.
Oque eles não sabiam era que um ano antes, Ronald Defeo, (filho mais velho dos Defeo, a familia que lá morou antes dos Lutz) numa noite, pegou a espingarda de seu pai e foi de quarto em quarto matando seus quatro irmãos e seus pais, cada um com um tiro nas costas, ás 3:15 p.m. sem que ninguem ouvisse. Quando confrontado pela policia, ele dissera que o demônio o fizera fazer aquilo.
Desde o primeiro dia, Kathy Lutz percebe que há algo errado com a casa , ouve vozes, coisas estranhas acontecem e George muda completamente de comportamento, tornando-se recluso no porão e começando á ter sensações estranhas e pensamentos macabros de matar sua famila, assim como Ronald Defeo.
E isso não é tudo: Objetos se movem sozinhos; Harry o cachorro, começa á ficar doente; toda noite George acorda exatamente ás 3:15 p.m. e ouve no andar de baixo sons estranhos e tem o incontrolavel impulso de ir de quarto em quarto para ver se todos estão bem e também de ir até o abrigo de barcos.
Sem saber mais o que fazer, Kathy Lutz pede ajuda ao padre da cidade, no entanto, as emanações maléficas da casa também o afetam. Numa pesquisa mais á fundo, Kathy descobre que aquela casa era palco de rituais satânicos e de certa forma um portal para demônios. Eles fogem da casa em janeiro, tendo ficado apenas desoito dias, depois de testemunhar acontecimentos demoníacos entre o natal e o ano novo.
Impressões
Livro baseado em um acontecimento real, descrito de forma fiel e realistica, deixa qualquer leitor com um frio na barriga. Dividido entre os dias em que a familia Luts ficou na casa, o autor não deixou nenhum detalhe de fora, desde á mancha na lareira que parecia um demônio até o leão de porcenana que parecia se mexer e que "atacou" George.
Como gosto muito de historias reais, encaro esse livro mais como um documentario do que uma ficção baseada num fato real e é exatamente o que o torna assustador, por que oque aconteceu com as duas familias foi real.
Por quê você deve ler?
Por que o filme é um merda! Detesto quando esses produtores mudam a história para deixar o filme "comercial". O livro tem muito mais conteudo, detalhes, e é 10 vezes mais assustador e plausivel do que o filme.
E outra coisa, em 1974 terror era terror de verdade.
"Horror em Amityville", escrito por Jay Anson em 1975, fala sobre os acontecimentos na casa 112 da Ocean avenue no bairro de Amityville nos poucos dias em que a familia Lutz lá habitou entre dezembro de 1974 e janeiro de 1975, por apenas dezoito dias.
George e Kathy Lutz compraram a casa de seus sonhos, uma grande casa em estilo colonial na pacata Amityville, incrivelmente barata, perfeita para o casal, seus três filhos e seu pastor alemão. Com varios quartos, escritorio, um lago e abrigo de barcos, perecia perfeita. No entanto, eles desconheciam a verdade sobre aquela casa.
Oque eles não sabiam era que um ano antes, Ronald Defeo, (filho mais velho dos Defeo, a familia que lá morou antes dos Lutz) numa noite, pegou a espingarda de seu pai e foi de quarto em quarto matando seus quatro irmãos e seus pais, cada um com um tiro nas costas, ás 3:15 p.m. sem que ninguem ouvisse. Quando confrontado pela policia, ele dissera que o demônio o fizera fazer aquilo.
Desde o primeiro dia, Kathy Lutz percebe que há algo errado com a casa , ouve vozes, coisas estranhas acontecem e George muda completamente de comportamento, tornando-se recluso no porão e começando á ter sensações estranhas e pensamentos macabros de matar sua famila, assim como Ronald Defeo.
E isso não é tudo: Objetos se movem sozinhos; Harry o cachorro, começa á ficar doente; toda noite George acorda exatamente ás 3:15 p.m. e ouve no andar de baixo sons estranhos e tem o incontrolavel impulso de ir de quarto em quarto para ver se todos estão bem e também de ir até o abrigo de barcos.
Sem saber mais o que fazer, Kathy Lutz pede ajuda ao padre da cidade, no entanto, as emanações maléficas da casa também o afetam. Numa pesquisa mais á fundo, Kathy descobre que aquela casa era palco de rituais satânicos e de certa forma um portal para demônios. Eles fogem da casa em janeiro, tendo ficado apenas desoito dias, depois de testemunhar acontecimentos demoníacos entre o natal e o ano novo.
Impressões
Livro baseado em um acontecimento real, descrito de forma fiel e realistica, deixa qualquer leitor com um frio na barriga. Dividido entre os dias em que a familia Luts ficou na casa, o autor não deixou nenhum detalhe de fora, desde á mancha na lareira que parecia um demônio até o leão de porcenana que parecia se mexer e que "atacou" George.
Como gosto muito de historias reais, encaro esse livro mais como um documentario do que uma ficção baseada num fato real e é exatamente o que o torna assustador, por que oque aconteceu com as duas familias foi real.
Por quê você deve ler?
Por que o filme é um merda! Detesto quando esses produtores mudam a história para deixar o filme "comercial". O livro tem muito mais conteudo, detalhes, e é 10 vezes mais assustador e plausivel do que o filme.
E outra coisa, em 1974 terror era terror de verdade.
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