Faz tempo que não escrevo nenhuma resenha para a lista negra, mas estamos de volta com mais heresias literárias para vocês!! "Sangue Quente", de Isaac Marion
Sinopse:R (sim, R, a letra R. Simceramente esse escritor quebrou muito a cabeça para escolher o nome, palmas para ele) é um jovem vivendo uma crise existencial – ele é um zumbi. Perambula por uma América destruída pela guerra, colapso social e a fome voraz de seus companheiros mortos-vivos, mas ele busca mais do que sangue e cérebros. Ele consegue pronunciar apenas algumas sílabas, mas ele é profundo, cheio de pensamentos e saudade. Não tem recordações, nem identidade, nem pulso, mas ele tem sonhos. Após vivenciar as memórias de um adolescente enquanto devorava seu cérebro, R faz uma escolha inesperada, que começa com uma relação tensa, desajeitada e estranhamente doce com a namorada de sua vítima. Julie é uma explosão de cores na paisagem triste e cinzenta que envolve a “vida” de R e sua decisão de protegê-la irá transformar não só ele, mas também seus companheiros mortos-vivos, e talvez o mundo inteiro.
Minhas impressões:
Li, e não me orgulho. Vamos começar com o fato de que é o próprio zombie que narra a história. Não suficiente, o zombie (criatura morta, sem alma, podre, que quer comer o seu, o meu, o nosso cerebro) se apaixona. Ele se apaixona, por que não, não é? Se um vampiro, um lobsomen e o Romeu que não morreu podem se apaixonar, por que não o pobre do Zombie? Igualdade social para todas a criaturas além tumulo, vamos apoiar a diversidade. Mas ao ponto do escritor tentar me fazer engolir que o amor fez o coração do morto voltar a bater já é demais.
Serio gente, eu compreendo, a literatura hoje em dia tem que inovar, originalidade é algo raro, mas há uma linha tênue entre inovar e cagar bonito. Assim como aconteceu com o gênero dos vampiros que eu gostava tanto e que foi exterminado graças á uma certa pessoa que me recuso a dizer o nome mas todo mundo sabe quem é e depois disso TODOS os vampiros são uma mistura de Justin Bieber com Monter High. Infelizmente os zombies estão indo pelo mesmo caminho tortuoso: "Não, não comerei seu cerebro...por que eu te amo...". Daryl, por favor, mete uma flecha no coco dele!
Acho que o George A. Romero está muito triste com isso, muito triste. ;( foram-se os tempos em que zumbis comiam todo mundo, literalmente.
Ai você vê a diferença entre Isaac sei-lá-quem e Robert Kirkman.
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