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segunda-feira, 18 de março de 2013

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Sobre os personagens

Olá leitores!
Eu sei que esse post é bem bobinho, mas eu quis compartilhar isso com vocês.
As vezes, quando lemos ou escrevemos um livro, imaginamos os personagens como atores que conhecemos, as vezes independende da descrição já existente. Principalmente quando escreveo, faço muito isso, buscando também traços de personalidade, então tudo combina.
 
 
Eu sei que seria pedir muito um elenco assim, (afinal, quem sou eu) mas essa é uma montagem que eu fiz com os rostos que eu tinha em mente quando escrevi "Sebastian".
 Para os que já leram, vão ler, ou estão querendo ler pois tem ...muitos capitulos disponiveis no blog, isso aqui pode dar uma ideia de como
os personagens são, além da descrição obvia.
Se bem que um filme do meu livro com esse atores iria ficar perfeito.
kkkkk ó eu viajando.
E vocês, leitores, também fazem isso?

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

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May it be - Enya



 
Olá Leitores!

Eu gosto muito de musica celta, claro, e gosto muito do "Senhor dos anéis". Achei interessante postar a letra dessa musia da Enya, eu gosto muito!








May It Be

May it be an evening star
Shines down upon you
May it be when darkness falls
Your heart will be true
You walk a lonely road
Oh! How far you are from home

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

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"Um amor, um verão e o milagre da vida", de Isa Colli - Resenha

     Olá Leitores!
     É com prazer que eu trago á vocês minha primeira resenha em parceria com a Editora Baldon.

     Sinopse

     Maria Paula é uma jovem de classe média-alta  que junto com sua mãe Estela, seu irmão Matheus e sua melhor amiga Barbara vai passar as ferias de verão na praia de Provetá, em Angra dos Reis, na casa de seu avô Olimpio, depois de muito que não visitava esse paraíso litorâneo. Tudo o que ela espera é se divertir e um romance de verão com um nativo realmente não estav em seus planos.
     Mas tudo isso muda quando ela conhece João Carlos (ou J.C. como ele gosta de ser chamado), um rapaz jovem, lindo e dourado. Filho de um pescador local, divide seu tempo entre jogar futebol e surfar, ao mesmo tempo que tenta concliar seus estudos para o vestibular que se aproxima. A atração entre os dois é inevitavel.
     A subta paixão que toma conta desses dois corações jovens é intensa, no entanto, Maria Paula está alheia ao que está acontecendo com J.C.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

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"Fim de caso" Graham Greene - Resenha

Sinopse

     Na Londres dos anos quarenta,  Bendrix é um escritor amargurado que reencontra numa festa, depois de muito tempo, Sarah, a mulher por quem foi apaixonado e ainda é. Isso trás á tona as lembranças da época em que estavam juntos num relacionamento destrutivo e perigoso, uma vez que Sarah era casada com um amigo seu, Henry.
     O traumático e subto rompimento do caso não apaga a chama da paixão e Bendrix busca por respostas, sem se importar com as consequencias da verdadedesconhecendo os reais motivos que fizeram Sarah terminar o caso embora o amasse imensamente.
     Todos sofrem nessa história: Bendrix por ter sido abandonado, Henry por saber que Sarah não é fiel e Sarah por ter sido forçada á abandonar o homem que amava por uma promessa feita á Deus pela vida do amante.
 
 

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

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"Sebastian" Parte II, cap I

Parte II
Capitulo I
"Alguém do Passado"


       1993

 

       O que aconteceu durante esses dez anos que se passaram não é difícil de imaginar. Em Aaron River comentou-se durante certo tempo sobre um garoto que havia matado o pai e se matado. Mas como ninguém se importava, logo deixaram de falar sobre o assunto. Às vezes alguém lembrava vagamente quando passavam pelas ruinas da oficina, mas assim como se faz quando se vê um comercial contra o cigarro e se pensa: “Nossa, o cigarro mata.” e se esquece disso assim que o comercial acaba, assim acontecia com os Desmont. A pessoa seguia seu caminho voltando a se preocupar com seus próprios afazeres e deixavam a tragédia no esquecimento.

       Todos se esqueceram. Todos menos April que rezava pela alma de Chandler todos os dias, fiel á sua lembrança. April sempre teve esperança de um dia ele voltaria, com aquele sorriso lindo que ele tinha e esperou por ele. Esperou durante muito tempo e foi ai quando começou a entender que deveria deixar seu espirito em paz e que deveria começar a viver sua vida, mas nunca deixara de rezar por ele.

        Já o garoto, durante certo tempo teve esperança de que algo aconteceria e ele se libertaria. Voltaria para casa, não importava quando tempo demorasse e por muito tempo manteve essa esperança. Os dias tornaram-se meses, os meses tornaram-se anos, e quando os anos começaram a passar, sua esperança se foi com eles, e quando finalmente percebeu que nada extraordinário aconteceria para libertá-lo, já era tarde demais.

       Sebastian não teve uma vida fácil. Embora tivesse resistido o quanto pôde, embora tivesse lutado para não cair na criminalidade nem em algo degradante, embora tivesse passado fome, frio, e uma série de outras coisas pelas quais uma criança não deveria passar, não teve jeito. Invés de diminuir, sua divida para com Don Giovanni só parecia aumentar e nada do que fizesse parecia suficiente. Então, depois de muitas lágrimas e sofrimento, Sebastian furtou, roubou, aplicou golpes e fez o que era preciso. Mesmo assim, seus esforços pareciam inúteis para a quantia absurda que era exigida, cada vez mais alta, então teve que ir além. Nunca matara ninguém, de resto, fizera de tudo. E talvez para matar o resto de consciência que o atormentava e não o deixava dormir, drogou-se.

        Foram anos de sofrimento, muita dor para alguém tão jovem. Sebastian havia se tornado apenas uma sombra do que fora antes, as ruas haviam roubado sua essência deixando apenas um fantasma de olhos verdes, sem alegria ou esperança, vagando pelas ruas da cidade.

       Assim ele cresceu, triste, depois a tristeza tornou-se conformismo. Sabia que jamais conseguiria pagar a divida e ser livre de novo, sabia que talvez em um belo dia alguém o matasse, quem sabe Francesco. Mas isso não importava, nada mais importava. Quanto ao homem que se tornou, era uma cópia idêntica de seu pai, numa versão mais surrada claro, mas ainda assim, belo como nenhum outro homem de Nápoles.

 

       Havia certa noite uma mulher num restaurante fino de Nápoles. Ela estava sentada sozinha numa mesa junto á janela observando o movimento do lado de fora com um ar vago. Ela era morena, os cabelos no ombro. Usava um discreto vestido azul marinho que contrastava com sua pele branca. Não aparentava ter mais do que trinta e poucos anos. Bonita, elegante, sozinha. Quem a olhasse, diria que se tratava de uma mulher que esperava entediada o amante atrasado para o encontro, mas não era isso o que fazia. Não havia nenhum namorado a esperar, ela era apenas o que aparentava ser: uma mulher sozinha, que talvez permanecesse assim pelo resto de seus dias.

       Ela pediu um drink que não bebeu, e depois de uma hora sentada sozinha, com o drink intocado na mesa, chamou o garçom, pagou a conta e foi embora, pegando um taxi na porta do restaurante e sumindo na avenida.

       Uma mulher estranha? Não, apenas uma mulher que não suportava mais a imensidão de sua casa onde seus pensamentos pareciam ecoar tão alto que a estavam enlouquecendo.

       Eva era uma boa mulher, considerada por quem a conhecia um exemplo. Ia á missa, contribuía com a caridade, era rica, mas nada disso parecia preencher o vazio em seu coração.

       O carro em que Eva estava passava pelas ruas e ela não reparava em nada. Olhava para as calçadas absorta em pensamentos até que param em um sinal vermelho. Teve um susto, seu coração quase saíra pela boca e se já não fosse o fato de estar sentada, teria caído. Mais á frente, a uns três metros do taxi, havia um trio de rapazes encostados á parede de uma lanchonete. Dois deles pareciam irmãos, muito parecidos, altos e cabelos negros, mas não eram eles que haviam chamado sua atenção e sim o outro que estavam junto deles. Era um rapaz de aparência abatida, roupas velhas e surradas, os cabelos negros desgrenhados, fumava um cigarro e parecia entorpecido. Conhecia aquele rapaz, sim, lembrava-se dele. Há muito tempo atrás o conhecera numa praia, numa época quase tão longínqua quanto o inicio dos tempos. Ficou atordoada, até que o carro começou a andar.

       - Não! Pare! – protestou ao motorista.

       Por coincidência, o carro havia parado bem á frente do trio. Eva abaixara o vidro e ficou olhando bem para o rosto do rapaz que reparou e começou a encará-la em troca.

       - Sim? – disse Sebastian notando que o negócio era com ele.

       Porém Eva não disse nada, estava paralisada com aqueles olhos verdes, no entanto, ele parecia não a reconhecer. Sebastian riu, jogou o cigarro fora e veio em direção ao carro, com o andar arrogante que aprendera com Francesco e se encostou ao carro.

       - Em que posso ajudar? - disse em fluente italiano.

       - Eu. . . – Eva tentava dizer alguma coisa, mas estava sem palavras. – Eu. . . – gaguejou.

       - Olha Dona, eu cobro oitenta liras por hora. – disse para encurtar a conversa e facilitar as coisas.

       Ele era um garoto de programa?! Que horror, que destino terrível haveria de aguardá-lo nessa vida assim perigosa. Isso a abalou de tal forma que ela recostou-se no banco, chocada.

       - Espera ai. – disse ele parando para pensar - Eu não te conheço de algum lugar? – Sebastian disse olhando bem para o rosto dela, então riu. – Oi Eva. – mas não era um sorriso normal, havia cinismo nele. – Como vai? Tem mergulhado ultimamente?

       - Já faz muito tempo que não nos vemos, Sebastian. – ela disse abalada.

       - É, tipo, uma eternidade. – suas palavras eram carregadas de sarcasmo. Como ele havia mudado.

       - Oque aconteceu com você? – disse ainda abalada com a mudança nele. – Você está diferente.

       - Diferente? – riu pesadamente. – Isso é o que acontece quando você passa os últimos dez anos nas ruas. – ele a alfinetou - Mas você está ótima, quero dizer, olha só pra você: vestido bonito, brincos caros. É rica, não é? É claro que é, reconheço um rico quando vejo um. E já vi muitos. – disse com um sorriso amargo.

       Eva não conseguia acreditar que aquele rapaz que estava ali na sua frente era o mesmo garoto inocente que conhecera anos atrás, aquele garoto doce que lhe salvara a vida e que lhe mostrara a importância de não desistir. Aquele era outro, alguém amargurado, esquivo, rude. Não podia acreditar que era nisso que ele havia se transformado.

       - Sebastian, quero conversar com você, mas longe daqui. – suplicava com os olhos. Ele riu forçadamente.

       - Eu cobro oitenta liras por hora. – disse deixando ela atônita.

       - Quer que eu pague? – estava chocada com a frieza dessas palavras.

       - Se não está disposta á pagar, vá embora. Não posso desperdiçar meu tempo. Estou trabalhando e se você quiser um “momento” comigo, vai ter que pagar como qualquer cliente. – disse ríspido.

       Boquiaberta, Eva abaixou a cabeça completamente horrorizada com o que acabara de ouvir. Com aperto no coração disse ao motorista do taxi que prosseguisse.

       - Será que foi algo que eu disse? – Sebastian zombou, virando-se para Luigi e Pietro.

       - Quem era? – Luigi perguntou curioso.

       - Alguém do passado. Sebastian respondeu acendendo outro cigarro.

 

       Por que ele agira dessa forma com ela? Ele fora tão rude, muito diferente daquele garoto que conhecera. Bem, ele já não era mais um garoto, era um homem. Um homem amargo e frio, maltratado pela vida e que provavelmente aprendera a contar só com ele e ninguém mais.

       Ah, se ele soubesse como Eva pensava nele esses anos todos, como ansiara reencontrá-lo, porém não imaginava que seria desse jeito. Se Sebastian soubesse como a ajudara durante esse tempo todo, não só naquele dia na praia, mas sempre que pensava em desistir lembrava-se daquelas palavras: “Não desista por causa de um tombo apenas.”. Se ele soubesse de tudo. . .

       Já estava deitada em sua cama enquanto ruminava seus pensamentos, quando um trovão tirou-a de seus pensamentos. Olhou para a janela, chovia forte lá fora. Seu coração se apertou mais ainda. Será que ele estava bem? Será que tinha um lugar para ficar? Tantas coisas martelavam em sua cabeça. Olhou para o relógio digital na cabeceira da cama no criado mudo, era uma hora da manhã. Isso não estava certo, tinha que fazer alguma coisa. Mordeu o lábio inferior inquieta e decidiu-se. Levantou-se da cama jogando os lençóis longe. Correu para o closet á direita da cama, abriu a porta e pegou um casaco, colocou-o rapidamente, saindo pela porta do quarto que era em frente da cama.

       Desceu a escada que dava para o primeiro andar e pegara as chaves do seu carro na cozinha. Não o usara para ir ao bar porque não gostava de dirigir á noite, mas nesse caso. . . Foi até a garagem e saíra pela noite em busca de Sebastian.

       A casa dela ficara numa parte afastada da cidade, numa área mais rural de Nápoles onde ficava seu vinhedo e por isso demorava uns quarenta minutos para chegar ao centro. Queria voltar ao lugar onde o encontrara, mesmo sendo difícil de dirigir e procurar por ele com a chuva embaçando os vidros do carro.  Provavelmente ele não estava mais perto daquela lanchonete e olhava para a rua atenta agora.

       Foi quando viu num beco algo acontecer. Três homens espancavam um. Eva parou o carro e os agressores se entreolharam e correram para o lado contrário, certamente deviam ter achado que era a policia. Correram e deixaram a vítima lá e Eva reconheceu a vitima com sendo Sebastian, que jazia desmaiado no chão.

       Abriu a porta do carro e saiu correndo deixando-a escancarada. Correu na chuva até ele, ajoelhando-se ao seu lado, haviam batido muito nele.

       - Acorda Sebastian! – Eva tentava reanimá-lo, dando batidinhas em seu rosto.

       Ele estava acordado agora, mas parecia um pouco entorpecido. . . Ele estava drogado! Ele tentava afastá-la com os braços.

       - Aqueles desgraçados. . . – foi a única coisa que Eva conseguiu discernir das várias coisas sem sentido que ele dizia.

       - Se apoie em mim, vamos sair daqui.

       Eva pegou um de seus braços e fazendo com que ele se apoiasse nela e com dificuldade conseguiu conduzir Sebastian até o carro. Tudo o que ela queria era tirá-lo dali e levá-lo para algum lugar seguro. Isso não era vida. Ainda não conseguia entender como ele entrara nessa, mas ajudaria ele á sair.

 

       Sebastian acordara com uma baita dor de cabeça e dor no corpo todo, com a garganta seca e uma vontade louca de fumar. O que tinha acontecido mesmo? Ah, sim, três caras o roubaram e o espancaram. Lembrava-se de se despedir de seu ultimo cliente que o havia trazido  de carro até o beco, depois de terem passado duas horas num motel. Logo depois esses caras apareceram, o pegaram sozinho e desprevenido, roubando tudo o que havia ganhado á noite. Que vida!

       Estava acordado havia um tempo, mas só abrira os olhos momentos depois por causa da claridade. Onde estava? Viu que estava em um quarto grande, deitado numa cama limpa de lençóis brancos e finos que só via em casa de gente rica. Pôs-se sentado, embora a dor em sua barriga o fizesse se arrepender disso. Olhava para o quarto grande e bonito. Á frente da cama havia uma penteadeira com um espelho no qual podia se ver. Via que ele próprio estava estranho, com um pijama azul escuro, limpo e cheiroso. Havia um curativo em sua testa no supercílio direito e um corte no lábio inferior, e claro, um olho roxo. Ao lado da penteadeira havia a porta, na parede direita o closet, na outra parede uma estante com livros e objetos de decoração. Havia ainda uma escrivaninha e outra porta aberta que era o banheiro.

       O que havia acontecido? Como fora parar lá? Tá certo que tinha exagerado na dose ontem, mas isso era estranho. Olhou-se no espelho mais uma vez. Será que isso era alguma brincadeira de Don Giovanni? Pois se fosse, era de muito mau gosto. Ouviu então passos do lado de fora do quarto e a porta abriu. Era Eva, com um sorriso no rosto, parecia feliz ao vê-lo.

       - Bom dia, Sebastian. – disse enquanto caminhava em direção á uma poltrona ao lado da cama e sentou-se.

       - Você de novo? Está me perseguindo? – ele disse rude.

       - Ainda bem que estou, não é? – disse com um sorriso amável. – Fui te procurar de novo de madrugada e te encontrei numa situação no mínimo desconfortável. Tive que trazê-lo para minha casa.

       - Olha Eva, eu agradeço o que fez por mim, mas eu preciso ir. – Sebastian fez menção de se levantar, mas Eva o impediu delicadamente.

       - Ainda não, está muito machucado. – Eva o impediu.

       - Eu não posso ficar, você sabe, eu. . .

       - Não pode desperdiçar seu tempo. – o interrompera. – Quanto é mesmo que você cobra, oitenta liras? Eu pago. – disse com naturalidade, deixando em Sebastian um ar incomodado. – Aceite minha ajuda.

       - Não é assim tão fácil. – desviou o olhar.

       - Não disse que seria, mas eu vou te ajudar assim mesmo.

       - Então isso salda a dívida? Agora estamos quites? – disse seco.

       - Nem que eu vivesse mil anos conseguiria pagar a dívida que eu tenho com você. – disse emocionando-se e deixando-o confuso.

       - Como assim?

       Eva o olhava de um modo estranho, com um brilho diferente no olhar. Respirou fundo e começou a contar uma história como se a estivesse contando pela primeira vez.

       - Meu nome é Eva Stefanelli, tenho trinta e cinco anos e minha vida não foi um mar de rosas. Quando eu tinha quinze anos, minha mãe morreu e foi aí que eu comecei a me perder. Fiquei revoltada, deprimida e nada do que eu fazia parecia amenizar a tristeza Foi ai que meu pai morreu, quando eu tinha dezoito anos. Nesse momento eu pirei. Caí de cabeça em coisas que só mascaravam a dor. Garotos, festas, bebidas, drogas, e quando dei por mim estava afundada nisso. Depois de um tempo dessa combinação, eu não me lembrava nem de quem eu era. Bem, quando eu tinha uns vinte e poucos, numa dessas festas eu exagerei e apaguei ali mesmo. Não me lembro de muita coisa, só de um peso em cima de mim, e quando acordei estava nua e machucada, o que torna o que aconteceu fácil de deduzir. – ela parou e respirou fundo. - Se eu já não estava bem, isso acabou com o resto de controle emocional que eu tinha e foi o inicio de um comportamento suicida. Foi então que eu te conheci, naquela praia. Eu estava desesperada, pronta para por fim na minha própria vida e pedi a Deus que me mandasse um sinal. E ele me mandou você, meu anjo de olhos verdes. Você me salvou aquele dia, mas não só a mim. Eu estava gravida.

       - Gravida? – disse ele perplexo

       - Sim, descobri um dia depois do nosso encontro. – disse em tom triste. – Esse foi o meu motivo para continuar vivendo, meu filho.

       - Onde ele está? – perguntou interessado, porém, notou que Eva abaixara a cabeça e pôde ver os olhos dela marejando.

       - Por causa das drogas acumuladas no meu organismo, o bebê nasceu com problemas. – disse devagar. – Não viveu muito, dez meses apenas, mas eu nunca o abandonei. Vivi por ele todos os dias desde o momento em que ele abriu os olhos até o momento em que ele os fechou. – disse deixando Sebastian consternado. – Isso foi algo pelo qual eu tive que passar para entender que cada momento pode ser o último e que a vida é muito valiosa para ser desperdiçada com aquelas porcarias. Se você não tivesse me tirado da agua, eu não teria conhecido o meu pequeno milagre, meu filho. E por cada minuto que eu pude passar ao lado dele eu vou ser eternamente grata á você.

       Sebastian estava em choque com aquelas palavras, não sabia o que dizer. Não podia imaginar que Eva tinha passado por isso tudo, era uma historia muito triste que o deixara com o coração apertado. Sempre seguira o conselho de Don Giovanni de mostrar ser forte sempre, mas aquilo o havia afetado de tal maneira que ele também baixara a cabeça para esconder os olhos marejados.

       - Acho que não mereço sua gratidão. – Sebastian disse forçadamente. – Perdi minha fé há muito tempo. Ao contrário de você, o meu motivo para continuar vivendo não era nada nobre e veja só no que me tornei.

       - Eu sei que você deve ter passado por muita coisa nessa vida e que isso o faz agir assim, eu entendo, – dizia amável - mas isso não quer dizer que esteja tudo perdido. Você pode encontrar a paz, como eu.

       - Não sei se é possível.

       - Claro que é. – Eva sorriu e seu sorriso era cheio de compreensão. - Nossa conversa ainda não acabou. Você precisa comer um pouco primeiro, depois voltaremos a falar.

        Eva levantou-se e devagar caminhava até a porta do quarto. Porém, no meio do caminho voltou-se para Sebastian outra vez.

       - Não quer saber qual era o nome dele, do meu filho.

       - Qual o nome dele?

       - Sebastian. O nome dele era Sebastian.

 

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

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"Poema de Eärendil" , de J.R.R. Tolkien

"Poema de Eärendil"
 
 
Eärendil foi um marinheiro
que veio em Arvernien morar:
cortou madeira de Nimbrethil,
fez um navio para viajar;
teceu as velas com fios de prata,
também de prata é a iluminação;
qual cisne a  proa foi esculpida,
e a luz dá vida a seu pavilhão.
 
Com armadura de antigos reis,
malha de anéis qual manto real,
broquel brilhante de runas cheio,
vai protegê-lo de todo mal;
pro arco um chifre deu-lhe um dragão,
de ébano bom as flechas que tinha;
de fio de prata era o gibão,
de calcedônia era a bainha;
valente espada de aço fino,
e adamantino elmo o respalda;
pena de águia tráz por enfeite,
e sobre o peito, linda esmeralda.

domingo, 14 de outubro de 2012

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"O Artista" , por Desouza

"O ARTISTA"

Sentada, numa posição atraente e sensual
Olhava-me enquanto eu a desenhava
Seus contornos, eram tão maus
Presos neles, devagar a degustava.

Eu era o artista, um profissional
Mas, seus lábios carnudos e macios
Eram harmônicos, orquestral
Seus acordes são tão prazerosos e frios..!

A pela negra, causou-me asfixia
Este cheiro de deusa, aroma do corpo seu
Embriago-me, fico sem reação, em paralisia
Diante de um pecado, dos olhos meus...

Perdi-me em seus rabiscos umedecidos
Do suor extraído dos meus desejos
Ficará menina ainda inacabada
E devagar dou-lhe cortejos...


(Www.prsantosmissao.blogspot.com)
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"De Passagem. . .", por Desouza

DE PASSAGEM...

...De passagem ela veio, sem eu perceber
Roubou-me a paz e minha calma
Levando consigo grande parte de meu coração!

Hoje, a espero, sentado nas pedras
Para ver se o vento a traz novamente
Enfim, terminar o inacabado
A sequência de momentos

Desenhados, feitos de repentre
E...Inesquecíveis...
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"Sonhos" por Desouza

SONHOS

...Hoje acordei em sonhos
Sem regras e costumes
Em meus amores medonhos
Num quarto de cera...

Enfim, o sol ainda é o mesmo
A Lua, brilha cansada
A vida, um belo ermo
A paixão, mal amada...

Hoje acordei em sonhos
Tão tristonho
Procurando um ombro para pousar
Ainda quero dormir
Não sei onde...descansar..!

terça-feira, 9 de outubro de 2012

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O blog de cara nova!

     Olá Leitores!!
     Eu adoro esse blog, mas eu comecei á achar que faltava algo nele, e pensei em como melhorá-lo.
     Estou aqui hoje para falar sobre a nova cara do blog "Natalia de Oliveira escreve. . ." , com cores mais sérias, uma nova disposição, mais fotos e um novo recurso, o Curtir , por que o blog agora tem sua pagina oficial no Facebook! Um novo jeito de vocês ficarem ligados nas postagens mais recentes do blog.
     Quero trazer sempre o melhor para vocês Leitores, e espero que tenham gostado das mudanças, estamos aqui para isso!


                                                                                                                 Natalia de Oliveira
criadora do blog

sábado, 8 de setembro de 2012

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"Bento", de André Vianco



Sinopse

     Lucas é um rapaz mais do que normal que vive sua vida sem surpresas em São Paulo, pelo menos era isso do que ele se lembrava quando foi dormir numa noite tranquila na qual o mundo mudou. Todos os seres humanos cairam em um sono profundo, no evento que ficou conhecido como a Noite Maldita. Alguns nunca mais acordaram, outros acordaram normais, mas outros, acordaram vampiros. Lucas de repente acorda depois de anos, encontrando o mundo tomado por esses monstros ávidos por sangue. Os poucos sobreviventes se refugiam em fortes no interior do estado voltando á uma especie de Idade Média sem energia eletrica, sem nenhuma das conveniências modernas. As grandes cidades agora são como esqueletos, os predio infestados de vampiros, fora outros tipos de perigo. Temendo a noite, hora dos ataques constantes das criaturas noturnas, ele só podem contar com uma coisa, os bentos.
    Alguns dentre eles, os bentos, acordaram diferentes, nem normais, nem vampiros, mas com poderes para combater os vampiros de igual para igual. Lucas é um bento, mas não qualquer bento, ele é o predestinado para destruir esse mal de uma vez por todas, mas para isso ele tem que se adaptar á essa nova realidade e reunir os demais Bentos espalhados pelo país para lutarem a batalha final.

Impressões

     Livro qu antecede o "Vampiro Rei", "Bento" é um livro com um tema batido de vampiros, verdade, mas que consegue ser bem original, ainda mais por se ambientar em pontos de São Paulo que todo mundo conheçe. (E quando digo isso, falo do Rancho da Pamonha e avenida paulista). A questão de ter fé em si mesmo é bastante abordada em momentos que o personagem acha que não consegue resolver as situações que aparecem e a grande responsabilidade que recai sobre suas costas.
O autor André Vianco, brasileiro, tem sido muito elogiado por seus livros de temas sombrios, sendo comparado á grandes escritores do gênero como Stephen King e Poe.

Por quê você deve ler?

     André Vianco é um escritor Brasileiro e as pessoas deveriam dar mais valor aos nossos tesouros nacionais e ter a oportunidade de ver que na literatura brasileira nem tudo é bunda e sacanagem.
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"Dragão Vermelho" , Thomas Harris



Sinopse

      Livro que antecede o best seller "O Silencio dos Inocentes", ele conta o como um dos maiores vilões de todos os tempos, Hannibal Lecter foi preso e seu relacionamento com Will Grahan, o agente do FBI que o prendeu.
      Depois de alguns anos do ataque de Lecter, Will ele não faz mais parte do FBI. Traumatizado, ele busca refugio em uma praia, onde ele não seja assombrado pelos fantasmas de seus casos antigos. Mas á um assassino á solta, o Dentuço, que mata familias inteiras e se alto initula o Dragão Vermelho. Ele não vai parar sozinho.
      O FBI pede ajuda á Will, que tem um perturbador dom de se colocar mentalmente no lugar de assassinos psicopatas para entende-los, mas ele precisa de ajuda, de alguem mais louco do que ele, do que o Dragão, ele precisa da ajuda de Lecter, e assim como Clarice Starling, do silêncio, ele vai até a prisão psiquiatrica em que Lecter está preso para que ele o ajude á descobrir quem é o Dragão antes que outra familia seja dizimada.
      Como ele vai manter a sanidade tendo que encarar esses dois assassinos mesmo quando isso significa que sua propria familia estará correndo perigo?

Impressões

     Um thriller pscicológico intenso, que nos leva ao mais profundo da mente de um Serial killer muito inteligente e metódico. Seus traumas de infância que o moldaram convergem para a reveleção do que ele tem que fazer, uma força maior manda, o dragão.
     "Dragão Vermelho" foi escrito antes de "O silêncio dos Inocentes", e teve sua adaptação para o cimema no começo dos anos oitenta, porem quando o silêncio recebeu sua versão para o cinema, acabou tendo mais notoriedade do que o primeiro. A interpretação de Anthony Hopkins como Haniball Lecter ajudou muito para isso. Situação corrigida na decada de 2000, quando "Dragão Vermelho" foi refilmado, dessa vez com Hopkins revivendo o personagen que lhe coube tão bem.

Porque você deve ler?

     Vocês vão mesmo perder a oportunidade de tem Hannibal Lecter, um dos melhores vilões de todos os tempos, descrito em um livro em toda sua complexidade? A abordagem psicologica desses personagens sombrios é algo raro na literatura e deve receber sua atenção. Com certeza.
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"Contagio", Robin Cook

Sinopse

      Jack é um medico legista no IML no centro de Nova York. Ele culpa o atual sistema se saude e os gigantes dos planos de saude e farmacias que engoliram seu pequeno consultório oftalmológico pela morte prematura de sua esposa e filhas num trágico acidente de avião quando iam encontrá-lo depois de ter sido obrigado á mudar de estado para começar tudo do zero.
      Anos se passam e numa tipica manhã chega ao IML um cadaver não tão tipico assim, com sintomas de Peste Negra, vindo do Hospital Geral Manhathan. Ele tenta avisar as autoridades, mas não é levado á serio por causa de sua briga com o atual administrador do hospital. Mas a coisa muda de figura quando mais e mais pacientes desse hospital vão fazer uma visitinha no IML, cada um com uma doença infecciosa diferente e tão mortais quanto. Peste Negra, Gripe Espanhola, Febre da Montanha. Então ele entende o que esta acontecendo: um terrorista está espalhando as doenças mais infecciosas do mundo bem no centro de Nova York.
      Ele tem a ajuda de uma publicitaria que tambem tem um passado doloroso com relação ao Hospital Geral Manhathan e os dois, por conta propria, começam a investigar essa trama obscura entre as grandes redes de farmacia e os hospitais.

Impressões

     Um thriller intenso e bem dinâmico, o autor Robin Cook, também médico (então ele sabe do que está falando), tem como estilo escrever thrillers focados no mundo da medicina, com personagens principais na maioria como médicos. Uma de suas caracteristicas é que esse autor pesquisa muito para abordar um determinado tema, como recorrer á amigos de determinadas áreas da medicina ou amigos policiais para construir seus personagens.Tem vários best sellers como Febre, Coma, A Esfinge, Cerebro.

Por quê você deve ler?

     Realmente não dava muito por esse livro na primeira vez que li. mas como gosto de dar o beneficio da duvida, li e me surpreendi com a dinâmica do enredo e você também vai se surpreender.
Você nunca mais vai deixar de lavar as mãos!!