segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

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Reconhecimento tardio?

     Olá Leitores!
     Vocês sabiam que a literatura pode ser um trabalho ingrato? Fama nem sempre é sinônimo de fortuna, e nem todos os escritores da história ganharam rios de dinheiro com suas obras, infelizmente.
     No entanto, faço esse post não para desanimá-los quanto á escrever, se é esse o caminho que procuram, mas para que vejam que mesmo que digam que suas obras não são boas o suficiente, elas podem estar á frente de seu tempo e quem sabe depois, elas alcancem o reconhecimento merecido. Afinal, escrever não é algo que fazemos para nós ou para hoje, é para o mundo e para sempre.
 
     Aqui vão alguns escritores que não foram exatamente reconhecidos enquanto vivos:
 
 
Emily Dickinson
Poetisa americana nascida em 1830 e morta em 1886, ela foi considerada uma escritora moderna. Alguns costumavam chamá-la de “Grande Reclusa”, por sua personalidade introspectiva e solitária.
Escreveu 1800 poemas e 1000 cartas, mas não chegou a publicar nenhum livro em vida – há rumores de que tenha publicado alguns poemas anonimamente. Sua obra foi editada após sua morte e agradou muito aos críticos.
O primeiro livro completo só chegou em 1955, organizado por Thomas H. Johnson, e tinha 1775 poemas. A segunda edição veio em 1999, com organização de R. W. Franklin; esta contava com 1789 poemas.
 
 
Herman Melville
 
Escritor, poeta e ensaísta, ele nasceu em 1819 e faleceu em 1891, nos Estados Unidos. No início, até teve reconhecimento por suas obras, mas a popularidade foi caindo ao longo dos anos, até que ele fosse quase completamente esquecido na velhice.
A fama só veio mesmo quando seu talento foi percebido pelos críticos, na década de 1920, mais de 20 anos após sua morte.
Melville não pôde ver o sucesso que fez Moby Dick (1851) no século XX – esse livro é considerado a obra-prima do autor.
Inicialmente, foi publicado com o título A Baleia e fracassou – tanto que muitos dizem que foi isso que prejudicou a carreira dele. Quem diria: o motivo do fracasso ser também o motivo do sucesso.
 
 
Lima Barreto
Dos brasileiros, Lima Barreto é um caso de gênio que sofreu preconceito por parte da sociedade de sua época.
Era sempre apontado como louco e beberrão, socialista e neurastênico. Um mulato pobre que não sabia escrever no português castiço. Sendo assim, seus textos só poderiam ser de péssima qualidade.
Foi desprezado e não tinha condições financeiras de bancar a publicação de seus escritos. Kênia conta que sua crítica ácida contra as elites cariocas sempre o afastou dos leitores da classe média, que queriam comentários otimistas sobre o Rio de Janeiro.
Morreu aos 41 anos de idade devido aos problemas psiquiátricos que tinha, após ser internado em vários hospitais. Só depois disso obteve o devido reconhecimento de suas obras literárias.
 
Edgar Allan Poe
 
Edgar Allan Poe nasceu no seio de uma família escocesa-irlandesa, filho do ator David Poe Jr., que abandonou a família em 1810, e da atriz Elizabeth Arnold Hopkins Poe, que morreu após o nascimento de Rosalie, a irmã mais nova de Poe. em 1811. Depois da morte da mãe, Poe foi acolhido por Francis Allan e o seu marido John Allan, um mercador de tabaco bem sucedido de Richmond, que nunca o adotou legalmente, mas lhe deu o seu sobrenome (muitas vezes erroneamente escrito "Allen").
 
Conhecido por suas histórias que envolvem o mistério e o macabro, Poe foi um dos primeiros escritores americanos de contoss e é considerado o inventor do gênero ficção policial, também recebendo crédito por contribuição ao emergente gênero de ficção científica. Ele foi o primeiro escritor americano conhecido a tentar ganhar a vida através da escrita por si só, resultando em uma vida e carreira financeiramente difícil e numa morte misteriosa.
 
 
Emily Brontë
 

Emily nasceu em Thornton, Yorkshire, a quinta dos seis filhos de Patrick Brontë e Maria Branwell, e irmã de Charlotte Brontë e Anne Brontë, também escritoras. Em 1820, sua família mudou-se para Haworth, onde o pai de Emily foi um curador, e nestes arredores o seu talento literário floreceu.
 
Emily passava os dias, em casa, solitariamente. Em certa ocasião, um cão a mordeu no braço, e ela mesma cauterizou a ferida, ficando com o braço definitivamente deformado. Nos intervalos dos afazeres domésticos, compunha versos que escondia. Através da correspondência com Charlotte, ficou sabendo que a irmã mandara uns versos aos poetas William Wordsworth e Southey, e não fora muito encorajada. Emily resolveu, então, tornar-se professora em Haworth, tarefa que acabou não conseguindo cumprir, devido à timidez e introversão, e voltou novamente para casa.
 
Charlotte foi a primeira a publicar, Jane Eyre, sob o pseudônimo de Currer Bell, atingindo grande sucesso. Quando surgiu “Wuthering Heights (“O Morro dos Ventos Uivantes”), sob o pseudônimo Ellis Bell, Jane Eyre já estava na 2ª edição, e o livro de Emily foi malcompreendido na época, devido ao clima tenso da história. Ela publicou, assim, sua única obra em prosa, O Morro dos Ventos Uivantes, em 1847. Embora tenha recebido críticas na época em que foi lançado, posteriormente o livro foi incluído no cânone dos clássicos da literatura inglesa. Recebeu várias versões oficiais no cinema e inúmeras adaptações.
 
 
Alexandre Dumas
 
 
Seu trabalho como escritor lhe rendeu muito dinheiro, porém Dumas vivia endividado por conta de seu alto gasto com mulheres e de seu estilo de vida. O grande e dispendioso château que construiu estava constantemente cheio de pessoas estranhas que se aproveitavam de sua generosidade. Com a deposição do rei Luís Filipe após uma revolta, não foi visto com bons olhos pelo presidente recém-eleito, Napoleão III, e em 1851 Dumas teve que ir embora para Bruxelas para fugir de seus credores. Dali viajou à Rússia, onde o francês era a segunda língua falada e suas novelas também eram muito populares.
 
Dumas passou dois anos na Rússia antes de se mudar em busca de aventuras e inspiração para mais histórias. Em março de 1861, o reino da Itália foi proclamado, com Vítor Emanuel II como rei. Nos três anos seguintes, Alexandre Dumas se envolveria na luta pela unificação da Itália, retornando a Paris em 1864.
 
Apesar do sucesso e das ligações aristocráticas de Alexandre Dumas, sua vida sempre foi marcada por ser mulato. Em 1843, escreveu uma curta novela intitulada Georges, que chamava atenção para alguns aspectos raciais e para os efeitos do colonialismo. Apesar disso, atitudes racistas contrárias à sua posição legítima na história da França ainda bem depois de sua morte, 5 de dezembro de 1870.
Escreveu o "Conde de Monte Cristo", Os Irmãos Corsos, Os romances de D'Artagnan (Os Três Mosqueteiro, Vinte anos depois, O Visconde de Bragelonne ,do qual faz parte O Homem Com a Máscara de Ferro) . É considerado o escritor mais lido da França.
 
 
 
    E ai? Ainda está á fim de reclamar da sua sorte???
 
 

 

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