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segunda-feira, 15 de abril de 2013

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"O Padre e a Bruxa" capitulo 3

"O Padre e a Bruxa"
CAPITULO III

 



       O cheiro dos bifes fritando e dos legumes no vapor enchiam a cozinha com um aroma muito bom, e era um cheiro realmente muito bom, só não combinava com o cheiro do cigarro que Annabeth fumava sentada á mesa de sua cozinha, com um cinzeiro de louça redondo á sua frente, enquanto esperava os legumes ficarem prontos. Ela usava um avental florido em azul claro, seu cabelo estava preso num coque, más sua franja caía sobre seu olho esquerdo. A casa estava silenciosa, como sempre ficava a essas horas. Seu marido devia estar no bar, aquele bêbado imprestável, e seu filho só chegaria daqui a pouco, sabia disso, pois ligara para seu celular para saber se devia fazer o bife ou peito de frango grelhado. Annabeth não podia negar que não se importava em ficar sozinha, na verdade gostava muito, era um tempo no qual podia pensar e rezar sem que seu marido infiel a interrompesse.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

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Mó hipocrisia, daí!

     Olá Leitores, Eu sei que esse assunto é chato mas tenho que me manifestar, denovo.
     Eu já deixei bem claro que tenho aversão é moda e á séries, e que amo o Mestre Stephen King.
     Estou realmente chateada que as mesmas pessoas que procuram por 50 tons, Crepusculo, Guerra dos Tronos, só porque são uma série de livros, o que denota uma terrível carência e o medo encubado de tentar o novo, essas mesmas criaturas estão procurando pela série "A Torre Negra" do Mestre.

     Em primeiro lugar, vou deixar claro que AMO Stephen King; em segundo lugar, eu li os livros e gostei muito; em terceiro, devo ressaltar que conheço as obras dele desde os anos noventa, quando eu comecei á ser uma leitora de verdade.
     Não estou reclamando de que as pessoas estejam lendo essa série de livros. Isso é Stephen King, cara, um dos melhores escritores do mundo na minha opinião e eu quero mais é que as pessoas leiam as obras dele mesmo. Tem qualidade, tem relevância artística, tem sarcasmo, coisas que só o Mestre consegue colocar em palavras.

sexta-feira, 29 de março de 2013

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Capitulo IV - "Enterrando o passado"

Parte II
Capitulo IV
"Enterrando o Passado"
 

        2000


        O dia amanheceu nublado e frio, como de costume. Sebastian acordara, mas não queria abrir os olhos, tentando agarrar-se ainda ao sonho bom que tivera há pouco. Em seu sonho Eva estava curada e bem. Foi um bom sonho, mas tinha que se levantar. Sebastian dormira com Angelo por que a criança estava com dor de garganta e foi um sacrifício fazê-lo dormir. Levantou-se devagar para não acordar Angelo que dormia em paz, alheio a ideia de que sua mãe estava doente. Beijou-lhe a testa e saiu do quarto devagar em direção ao seu.

        Ao entrar em seu quarto, viu que Eva ainda dormia. Parecia em paz, porém diferente. Seus cabelos negros que antes eram compridos agora eram curtíssimos por causa do tratamento e a palidez de sua pele davam-lhe um ar mais abatido. O quarto era grande e caloroso antes, mas agora tinha o aspecto de um quarto de hospital, com remédios no criado mudo. A pior parte era que estava se acostumando com isso.

       Sebastian olhava pela janela a grande colina que eram as terras de Eva. Uma grande extensão verde e bem além, a plantação de uva. Colocava a camisa depois de ter tomado um banho rápido, abotoando os últimos botões, preparando-se para o dia que ia enfrentar. Eram tantas as coisas que tinha que fazer: tinha tratar da venda de vinhos para a Espanha, tinha a reunião com os fornecedores e tinha que entrar em contato com um médico novo em Roma. Iria ser um dia cheio.

       Pegou a gravata em cima da cama e dirigiu-se até o espelho para colocá-la. Nesse momento parou, observando o homem á sua frente refletido no espelho. Há alguns anos, quem diria que ele estaria dando nó numa gravata para trabalhar em algo honesto, ele e seus irmãos. Devia tudo isso á Eva. Tentar curá-la era o mínimo que podia fazer para recompensá-la.

       - Angelo melhorou? – Sebastian ouviu uma voz feminina meio sonolenta ainda atrás dele.

       - Um pouco. – ele respondeu sorrindo ao virar-se.

       Eva estava sentada, recostada nos travesseiros, esfregando os olhos e bocejando. Ela passou a mão nos cabelos curtos ajeitando-os displicentemente, era a única coisa que dava para fazer com eles no tamanho que estavam. Com aperto no coração, Sebastian lembrou-se que podia ficar horas enrolando os dedos nos cabelos dela.

       - Bom dia, amor. – Sebastian disse aproximando-se e beijou-a profundamente.

       - Meu dia fica bem melhor quando começa assim. – disse ela animada.

       - Então deixe-me caprichar.

       Beijavam-se intensamente, entregues ao momento, por um instante esquecendo-se do mundo lá fora, da doença, de tudo o que o preocupava. Então Sebastian parou e olhou naqueles olhos dourados de Eva. Ela havia se tornado a dona de seu coração, a amava, e não podia acreditar que a estava perdendo, não daquele jeito. Afastou-se dela e desviou o olhar deixando-a confusa. Para disfarçar, ele voltou a mexer na gravata.

       - O que foi? – Eva disse confusa.

       - Nada. – não a encarava. – Eu tenho muita coisa para fazer hoje ainda e. . .

       - Não precisa fingir que está tudo bem pra me fazer sentir melhor. – ela disse com voz pesada. – Nunca mentimos um para o outro, não comece agora. – disse fazendo ele sentir-se mal.

       - O que quer que eu diga? Que eu tenho medo? – disse alterando-se. – Que eu passo noites sem dormir, prestando atenção se você está respirando? Que eu tenho que me segurar pra não chorar toda vez que Angelo chama você ou pergunta por que não pode brincar com você.

       - Ah querido. . . – disse enternecida se aproximando.

       - Eu não posso perder você. – Sebastian disse com os olhos marejados.

       - Não vai me perder. – ela o abraçou por trás e ele suspirou.

       - Te salvei uma vez, vou te salvar de novo. – disse determinado.

       - Você já me salvou, e não tô falando do afogamento. – sorria.

       Sebastian virou-se, beijou-lhe a testa e levantou-se. Pegou seu paletó cinza e sua maleta que estavam na poltrona e despediu-se antes de sair do quarto. Abriu a porta fechando-a atrás de si e ficou parado ali durante um tempo. Sempre ficava abalado quando tocava nesse assunto. A amava, e era doloroso demais vê-la a cada dia mais doente, não suportaria se. . . não, não queria pensar nisso, tinha que ter fé.

       Desceu a escada para o primeiro andar daquele casarão. Depois do casamento, Eva insistiu que deviam ficar na casa dela que era maior, bem maior. Caminhou para a sala, não estava com fome para tomar café da manhã. Lá se deparou com Luigi e Pietro, que tinham passado lá para irem todos juntos ao vinhedo. Também estavam irreconhecíveis de terno.

       - Oque fazem aqui tão cedo? – Sebastian perguntou surpreso.

       - Pietro tirou a carta. – disse Luigi por entre os dentes atrás do irmão.

       - Finalmente. – respondeu Sebastian.

       - Depois de cinco tentativas, consegui. – disse Pietro com uma alegria quase infantil. – Agora posso dirigir o carro do Luigi e faço questão de levar todo mundo para o escritório. – Luigi atrás dele disfarçava um olhar apavorado.

       - Tem certeza? Não acha melhor treinar um pouco com seu irmão? – Sebastian disse se segurando para não rir.

       - Que nada! Eu vim dirigindo de casa até aqui, pergunta pro Luigi, eu arrebento no volante. - disse indo em direção á porta, deixando os dois para trás.

       - É, literalmente, ele arrebenta. – Luigi sussurrou inconformado para o amigo.

       Sebastian sorriu. As peripécias de Pietro sempre o alegravam e sorriu também quando viu Luigi fazer o sinal da cruz antes de entrar no carro que seria conduzido por Pietro.

        Por incrível que pareça, chegaram todos vivos ao vinhedo. A reunião com os fornecedores fora exaustiva, eles queriam reajustar os preços ao saberem que o vinhedo estava pretendendo exportar para países fora da Europa. Abutres, é o que eram. Sebastian estava sentado á mesa de sua sala, ruminando as decisões da reunião. Achava que tinha conseguido um bom acordo. Em sua juventude não imaginava que aos trinta anos estaria dirigindo um dos maiores fabricantes de vinho da Itália. Fazia essas considerações quando Violeta, sua secretaria, bateu á sua porta.

       - Sr. Tomazi, - ela disse devagar. – Os americanos estão ai de novo.

       - De novo? – disse desanimado.

       - Devo mandá-los voltar outro dia?

       - Mande-os embora. – disse veemente. Ela ia saindo quando mudou de ideia. – Quer saber, mande-os entrar. Eu mesmo vou despacha-los.

       Violeta saiu, momentos depois os dois americanos entraram, felizes por serem recebidos. Um era moreno, cabelo muito curto quase grisalho, usava um terno cinza e se chamava Chester Hill.  O outro, mais jovem, era loiro, usava um terno azul escuro, era Michael Smith, ambos os sujeitos desagradáveis, cada um carregando uma pasta. Já fazia um tempo que esses dois corretores queriam vender-lhe fazendas nos Estados Unidos, uma situação que já estava ficando chata, por que Sebastian não queria saber disso e a insistência dos corretores já tinha evoluído de irritante para insuportável.

       - Boa tarde, Sr. Tomazi. – Chester disse sorridente.

       - Boa tarde, cavalheiros. – Sebastian respondeu em inglês, usando sua língua mãe pela primeira vez depois de muito tempo. – Sentem-se.

         Os corretores obedeceram, sentando-se á frente do empresário.

       - Gentileza sua nos receber sem hora marcada. – Michael disse educadamente.

       - Eu os recebi por que eu queria deixar uma coisa bem clara: não estou interessado em suas fazendas.

       - Pode ser um bom negócio, pense bem.

       - Há ótimas propriedades no Texas.

       - Não quero ser grosseiro, mas a proposta não me atrai. – tentava fazê-los entender. – O clima do Texas não é bom para as minhas uvas.

       - Para as uvas pode ser, mas nunca pensou em expandir seus negócios? – Chester abriu a maleta e retirou uma apresentação da proposta por escrito. – Verá que a criação de gado é uma área que vem crescendo. – entregou os papéis á Sebastian que os pegara com notável desdém.

       - Estas fazendas estão sendo vendidas de porteira fechada, sabe o que quer dizer? Com a casa, os móveis, o gado, os funcionários, tudo. Uma fazenda desse tamanho, com tudo isso, pelo preço que está é um ótimo negócio, quase de graça.

       - Temos fazendas em Dallas, Houston, Austin, Aaron River. . .

       - Oque? – disse Sebastian cortando o corretor, sendo pego de surpresa ao ouvir o nome da cidade que á muito tempo não ouvia.

       - Dallas, Houston, Austin e Aaron River.

       Isso não era possível. Será que seu passado teimava em persegui-lo? Será que nunca teria paz? Os corretores perceberam que o empresário ficara estranhamente abalado.

       - O senhor está bem? – perguntaram desconfiados.

       - Não, não estou. – foi tudo o que ele conseguiu dizer.

       - Bem, acho melhor voltarmos outro dia, quando estiver se sentindo melhor. – levantaram-se.

       - Ligue-nos se decidir qualquer coisa. Nosso numero está nos papéis. Boa tarde.

       Afastaram-se e iam saindo quando trombaram com Luigi e Pietro ao abrirem a porta e depois de pedidos de desculpas de todos, os corretores se foram e os gêmeos entraram, deparando-se com Sebastian visivelmente abalado.

      - Tudo bem? – Luigi perguntou preocupado.

      - O que aconteceu? – Pietro completou. – O que esses caras queriam?

       - Me vender fazendas. – disse com o olhar vago, fazendo os irmãos se entreolharem confusos.

       - E por isso você está com essa cara? Onde que era essa fazenda, no polo norte? – Pietro jamais fora sensível.

       - No inferno. – disse com a voz pesada e olhou para os irmãos. – Em Aaron River.

       Isso não podia ser coincidência, era obra do destino. Como aparecia de repente alguém vendendo propriedades para ele, justo em Aaron River, sua terra? Palco de acontecimentos tão sofridos em sua vida. Não. Iria mandar aqueles corretores para o quinto dos infernos, não queria nada com aquela cidade, nada!

       Sebastian passara o resto do dia aflito pela conversa com os corretores e com dificuldade foi cumprindo suas tarefas no vinhedo. Durante o caminho de volta para casa tentou acalmar-se. Não queria parecer nervoso na frente de Eva, ainda mais porque o medico com quem conversara lhe dera esperança. Eva, essa sim era sua prioridade. “Que se danem meus fantasmas.” pensou.

       Quando chegou em casa, Sebastian deparou-se com Angelo brincando com a babá Sophia na sala, escondendo-se atrás do sofá. Quando viu o pai, o garotinho veio correndo em sua direção com os braços abertos e um sorriso do tamanho do mundo. Ah, como o amava. Pegou-o nos braços e o abraçou apertado, ao que parecia, a garganta dele havia melhorado.

       - Oi papai. – disse Angelo.

       - Oi filhote! Estava brincando de que? – Sebastian disse terno.

       - Esconde-esconde. – sorriu.

       - Mesmo? – ele olhou em volta - E onde está a mamãe?

       - Na cozinha. – sussurrou no ouvido do pai.

       Olhou bem para o menino em seus braços. Era um menino bem esperto para os seus quatro anos, realmente muito parecido com o pai, com seus belos olhos verdes vivos. Toda vez que o via assim, alegre e brincando, rezava para que ele nunca tivesse que passar pelas mesmas coisas que passou.

       - Eu vou lá falar com a mamãe, - o colocara no chão. – continua brincando com a babá.

       - Tá bom, mas o tio Pietro brinca melhor.

       Sebastian riu da sinceridade da criança antes de afastar-se e dirigir-se á cozinha. De lá vinha um aroma muito bom, que há muito tempo não sentia. Abriu a porta da cozinha e deparou-se com uma cena que ficaria guardada na memória: Eva, usando calça jeans, um suéter marrom com detalhes bege e um avental, na beira do fogão, mexendo um molho de tomate que parecia delicioso. Ela parecia tão bem, a palidez habitual sumira, estava corada, ficou parado lá observando sem que ela notasse, lembrando-se da época antes da doença. Era tudo igual, a única diferença era o cabelo curtíssimo. Por um momento parecia que ela nunca havia estado doente, que os últimos tempos foram na verdade um pesadelo ruim, distante, á muito deixado para trás.

       - Deixa-me adivinhar, está fazendo lasanha? – disse denunciando sua presença.

       - Oi querido! – ela se aproximou e o beijou. – Acertou, estou fazendo lasanha.

       - Nossa, o que aconteceu com você? – disse impressionado.

       - O dia foi passando, fui me sentindo bem, e ficar na cama o tempo todo é muito chato. Brinquei com Angelo o dia inteiro. Nossa, como ele é hiperativo. – voltou a mexer o molho.

       - Eu acho ótimo você estar se sentindo melhor, só não abusa. – ele disse com um ar estranho.

       - Como assim? – disse em tom meio ofendido.

       - Ah, só não quero que se exagere. Esse é um filme que já vimos antes. – disse ele sério.

       Ela virou-se para ele encarando-o.

       - Eu estou me sentindo ótima. Ia ajudar um pouco alegria da sua parte. – disse emburrada voltando-se outra vez para o molho.

       - Me desculpa. – disse ele aproximando-se e abraçando ela por trás. – Eu tive um dia cheio, não liga pra mim. – ele beijou-lhe a nuca, sentindo o cheiro do cabelo dela, aquele cheiro bom de fruta do shampoo que ela usava.

       - Como foi a reunião com os fornecedores?

       - Não foi tão ruim quanto um enforcamento, mas eles se esforçaram. – ele brincou.

       - E o que mais?- estava interessada.

       - Não quero falar sobre isso. – disse inquieto, afastando-se.

       - Os americanos foram lá de novo?

       - Foram. – ele respondeu pesadamente.

       - E por que você se incomoda tanto com eles? – não entendia.

       - Por que qualquer ligação com aquele lugar me faz mal. – desabafou – Eles queriam me vender uma fazenda em Aaron River, onde tudo aconteceu.

       - Não quer voltar para lá, para sua terra? – perguntou.

       - Nunca mais. – negou logo. – Por que eu sei, se eu voltar, a primeira coisa que eu vou fazer é procurar aquele. . . – conteve-se – aquele homem, e eu não quero isso.

      - E a sua “vingança”?

      - Talvez, quando eu ainda estava perdido, nas ruas. – ele meneou a cabeça - Mas agora tenho você e Angelo e não vou por tudo á perder. - disse sério.

       - Não sabe como isso me deixa feliz! – ela o abraçou. – Não sabe o quanto eu rezei para que você acalmasse seu coração e não pensasse mais nisso, neles.

       - Você me ensinou a ser melhor.

       Sebastian a abraçava como se Eva fosse a única coisa que pudesse espantar seus medos do passado e lhe trazer paz. Mas Eva sabia que lá no fundo, ele não estava em paz. Só estaria quando acertasse as coisas.

segunda-feira, 18 de março de 2013

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Sobre os personagens

Olá leitores!
Eu sei que esse post é bem bobinho, mas eu quis compartilhar isso com vocês.
As vezes, quando lemos ou escrevemos um livro, imaginamos os personagens como atores que conhecemos, as vezes independende da descrição já existente. Principalmente quando escreveo, faço muito isso, buscando também traços de personalidade, então tudo combina.
 
 
Eu sei que seria pedir muito um elenco assim, (afinal, quem sou eu) mas essa é uma montagem que eu fiz com os rostos que eu tinha em mente quando escrevi "Sebastian".
 Para os que já leram, vão ler, ou estão querendo ler pois tem ...muitos capitulos disponiveis no blog, isso aqui pode dar uma ideia de como
os personagens são, além da descrição obvia.
Se bem que um filme do meu livro com esse atores iria ficar perfeito.
kkkkk ó eu viajando.
E vocês, leitores, também fazem isso?

terça-feira, 5 de março de 2013

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Promoção de Aniversário

Olá Leitores, segura, por que essa PROMOÇÃO É BOA!!!!
Como está chegando o meu aniversário (sim, o aniversário é meu) resolvi que vou dar um presente para vocês meus leitores!
Eu ouvi que muita gente tá interessada nos meus livros, mas te dificuldade de encontrar ou de comprar, então aqui vai:



Promoção válida até dia 24/04/2013

Vou sortear os meus dois livros entre vocês. Sebastian e Uma carona no Escuro . Versão impressa á serem entregues em sua casa! O ganhador leva os dois! Pensa que promoção boa!

Regras:

1° Deve residir em território nacional;
2° Os Participantes devem seguir o Blog Natalia de Oliveira escreve. . . no Google Friend Connect (caixa de seguidores), no Twitter e a pagina do Facebook;

Como participar:
 visite este link e saiba como!!!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

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"Amor Perfeito" - Natalia de Oliveira

Olá Leitores!
Esse é mais um conto de minha autoria. aproveitem!



“Amor perfeito”

(Natalia de Oliveira)


Eu consigo”, pensou Toddy Downey servindo-se de mais um milho da tigela fumegante, “E sei que com o tempo a morte dela vai ser um mistério até para mim.” - Stephen King (Janela Secreta, Jardim Secreto).

       Nenhuma mulher merece tanta confiança á ponto de deixar um homem cego.” Nathan Heweet havia lido essa frase muito tempo atrás em um livro (ou havia visto em um filme, não sabia ao certo) e nunca esquecera. Na verdade, essa frase pipocava em sua cabeça, ali sentado naquele bar, depois de ter entornado meia garrafa de Whisky. Nunca antes aquela simples frase lhe fez tanto sentido como agora. O motivo pelo qual estava sentado no balcão daquele bar beira-de-estrada ás duas da manhã, secando (pela primeira vez na vida) uma garrafa de whisky era bem simples: estava decidindo se se mataria ou mataria Elizabeth.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

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Dica de Filme - "L.A - Cidade Proibida"

    Olá Leitores!
    Hoje eu vou dar a dica de um filme que também é livro, e que eu gostei muito! L.A, Cidade Proibida. (L.A Confidential)

Sinopse

Na Los Angeles dos anos cinquenta, o glamour de Hollywood atrai todo tipo de gente, e na verdade não passa de uma fachada para o submundo do crime, do tráfico e da prostituição, combatida por três policiais:
Jack Vicence (Kevin Spacey) sonha em deixar a policia e entrar para o cinema, trabalha também como consultor de um seriado policial e é informante de uma revista de fofoca que está acabando com a imagem de Hollywood e da policia. Investiga a morte por overdose de um jovem ator.
Ed Exley (Guy Pearce), novato que precisa honrar a memoria do falecido pai, também policial, vai fazer de tudo para ser aceito na corporação e subir de posição. Investiga a corrupção dos companheiros policiais, não tem problemas em dedurar quem seja.
Bud White (Russel Crowe) que tem problemas com controle de raiva, está cansado de ser usado pelo chefe por sua facilidade em usar de força bruta. Por acaso, começa á investigar uma rede de prostituição que tem como suas garotas, sósias de grandes atrizes de cinema da época, como Rita Hayworth, Lauren Bacal e acaba se envolvendo com Lyn (Kim Bassinger) sósia de Verônica Lake.
    Os três não teriam nenhum motivo para trabalharem juntos, nem aguentar a presença um do outro já que se odeiam, se esses três casos diferentes não os colocasse na mesma direção, depois de uma chacina numa lanchonete.

Impressões Minhas

     Filme noir (adoro) de 1997, ele trás de volta toda a magica do cinema antigo e da Metro quem se lembra da MGM?  Enredo muito bem pensado, concorreu á varios premios Oscar.
     Eu adoro esse tipo de filme, em que não há mocinhos, nem efeitos especiais, e que o filme tem que se fazer pela atuação. Ele realmente me levou até a década de cinquenta.
     Tenho que chamar atenção para o fato que o personagem de Guy Pearce é detestável, na mesma medida que o personagem de Russel Crowe é denso e apaixonante. Mas é exatamente isso o interessante, mostrar as várias faces dos policiais e seus dilemas pessoais: Ed Exley é um covarde dedo duro, enquanto que Bud White é um brutamontes que por causa de um trauma, não consegue ver uma mulher apanhar. Suas atuações são perfeitas.

Trailer do filme

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

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"Leitor Piolho"

     Olá Leitores!
     Eu estou aqui hoje, por quê resolvi fazer um post sobre esses "livros modinha" de hoje e que me irritam profundamente.
     Uma amiga minha me contou a seguinte pérola: que uma colega dela disse que iria ler "50 tons de Cinza" porquê (vejam bem) porquê todo mundo está lendo. Vocês podem dizer o que quiser, mas é incontestável que um livro pula imediatamente para o hall dos livros modinha quando uma pessoa piolho, sem estilo nem opinião própria diz uma coisa dessas.
     Sinceramente, viver em um mundo onde sou obrigada á aceitar que uma coisa é boa só porque é popular é demais para minha cabeça. Quando digo isso, eutou falando de livros como "50 tons. . ." , "Crepúsculo", "Julieta Imortal", "Romeu Imortal" ou qualquer um da serie "Fallen", ou qualquer um nesse estilo. Estou cansada  de sempre me deparar com a primissa da imortaliadade e de um principe encantado eternamente adolescente. Sério. O conceito de "A bela e a Fera" encheu o saco. Cadê a originalidade nesse mundo????

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

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"Sebastian" parte II, Cap III

Parte II
Capitulo III
"Breve tempo de paz"
 
       Nem é preciso dizer que começava uma nova fase na vida de Sebastian. Tudo parecia ter mais vida, as cores eram mais vibrantes, os sons eram tão melodiosos e o ar mais limpo. Tudo era diferente, agora que era livre.

       As boas ações de Eva não terminaram por ai. Aquele anjo havia arranjado emprego para os três amigos em seu vinhedo na parte administrativa, o que possibilitou que pudessem alugar um apartamento modesto por lá mesmo no centro, nada muito grande, apenas o suficiente para terem a consciência limpa sabendo que tinham um trabalho decente e um teto sobre suas cabeças, e isso não tinha preço.

       Sebastian trabalhava muito para não desmerecer a fé que Eva colocava nele. Em pouco tempo ele deixara as drogas e esforçava-se para aprender tudo o que lhe era ensinado. Eva o modificou de tal maneira que nem Luigi e Pietro o teriam reconhecido se não tivessem visto e participado da mudança. Eva o refinou, o ensinou boa maneiras, á falar direito e como se portar. Ninguém que o visse diria que um dia ele fora garoto de rua. Ele era, como ela gostava de dizer, seu diamante lapidado.

       Quando Sebastian começou a trabalhar no vinhedo, precisou de documentos, coisa que ele não tinha e Eva fez questão de providenciar. Digamos que essa era a chance de Sebastian enterrar de uma vez por todas seu passado, deixando o nome de Chandler na escuridão para sempre. Para todos os efeitos, era um cidadão italiano com identidade, seguro saúde e tudo mais. Porém ainda não tinha um sobrenome. Mas não foi difícil pensar em um. Chamava-se Sebastian Tomazi agora. Luigi e Pietro não eram seus irmãos no coração somente, mas no papel também.

       Eva e Sebastian passavam muito tempo juntos, afinal, eram dois solitários que de certa forma se completavam. Não demorou muito o inevitável aconteceu: Eva apaixonou-se por Sebastian. Na verdade Eva havia se apaixonado por ele anos antes, quando abriu os olhos numa praia ao por do sol e a proximidade só fez esse sentimento aumentar.

       Porém Sebastian não compartilhava desse sentimento. Eva sabia que ele só a via como uma mulher incrível, uma grande amiga, mas só. Embora o visse sorrir, embora visse toda a mudança para melhor que aconteceu nele, Eva podia sentir só de olhar para ele que seu coração estava dilacerado e que nunca mais iria se curar. Ainda havia muito ódio dentro dele o envenenando, mas nem por isso ela desistiu.

       Aos poucos o relacionamento dos dois foi evoluindo, muito devagar, como namoro antigo. Ele não iria tomar nenhuma iniciativa, isso ela percebeu logo de cara, por isso ela meio que foi preparando o terreno. Começaram com olhares furtivos e sorrisos escondidos no vinhedo; mãos dadas quando estavam juntos em momentos de descontração; beijos de boa noite quando ele a deixava em casa e coisas assim. Nada muito afogueado, aliás, para Eva era devagar quase parando. Ele nunca tentava nada com ela, pelo contrario, ele a repelia ás vezes, se a coisa começava a esquentar.

       Um dia, quando Eva o deixou em casa depois do trabalho, ela ficou ainda um bom tempo no apartamento dele, jantara e jogara conversa fora com Sebastian e os gêmeos. Quando ela olhou para o relógio e viu o quão tarde era, Sebastian a levou até porta.

       - Boa noite. – Eva disse ajeitando a bolsa no ombro já do lado de fora.

       - Boa noite. – Sebastian disse com um sorriso – Amanhã Luigi vai preparar o jantar, vai ser melhor do que a gororoba do Pietro, eu prometo.

       - Que isso, não estava tão ruim. – ela disse condescendente, recebendo em troca um olhar incrédulo de Sebastian – Tá bom, estava, mas não diga isso á ele. – ela sorriu. – Já vou.

        Ela se aproximou dele, na intenção de beijá-lo, porem, ele se esquivou virando o rosto. Ela parou e ficou olhando para ele que desviava o olhar.

       - Nossa. – ela ponderou se afastando.

       - Eu preciso de um tempo. Só isso. – ele disse.

       - Eu sei. – ela sorriu - Eu espero por você o tempo que for.

        Ela beijou seu rosto e foi embora, decida á não desistir tão fácil dele.

 

        Estavam os dois no sofá certa noite, vendo um filme na TV. Estava frio e os dois estavam aconchegados embaixo de um edredom, comendo pipoca como crianças. De vez em quando, uma ou outra pipoca voava pela sala, seguida de vários risos. Foi mais ou menos na metade do filme que Sebastian percebeu que Eva havia parado de prestar atenção á TV e o estava encarando.

       - O que foi? - Disse ele sem tirar os olhos do filme, que estava achando hilário.

       - Nada. – disse ela com voz macia.

       Sebastian olhou para ela e ela continuava encarando. Decidiu que ia continuar a assistir o filme, Eva tinha essa mania de ficar encarando mesmo. Até que sentiu que ela se aconchegou mais á ele, encostando os lábios no seu pescoço e sem aviso, Eva o beijou. Sebastian se mexeu um pouco e ela se afastou um segundo, ela sabia que ele não gostava dessas coisas, mas ela voltou a beijar o pescoço dele com profundidade. Dessa vez parecendo realmente incomodado, se contorceu e sua respiração ficou descompassada.

       - Eva, o que esta fazendo? – disse com a voz trêmula.

       - Não consegue adivinhar? – respondeu com os lábios colados á pele quente dele.

       Então Eva intensificou as carícias, explorando o peito dele com a mão embaixo do edredom. Sebastian se mexeu mais, tentando afastá-la, mas Eva não se daria por vencida tão facilmente.

       - Eva. . . – tentou dizer, mas Eva o calou com um beijo nos lábios, profundo, como nunca haviam se beijado antes.

       Eva o queria demais e ignorando que ele respirava descompassadamente e se contorcia ao seu toque, visivelmente incomodado, ela se ajeitava em cima dele para ter total controle sobre ele.

       Ela continuava a doce tortura, revezando entre os lábios e o pescoço dele. Sem aviso, ela desabotoara devagar a camisa de Sebastian, beijando seu peito a cada botão desabotoado. Ele se contorcia ao toque suave dela, gemendo baixinho, até que ela chegou ao botão da calça dele.

       - Não. . .  – sua voz saiu suplicante dessa vez fazendo Eva parar e olhar em seus olhos – Eva, eu não consigo, eu não. . .

       - Sebastian, eu não vou te machucar, jamais faria isso. Mas eu quero você, tanto. – ela o beijou outra vez e os dois se olharam. – Confia em mim.

       Dizendo isso, Eva montou sobre Sebastian que tremia. Tateando, Eva encontrou o fecho da calça de Sebastian e nesse momento ele gemeu. Com demasiada delicadeza, ela o tocava sentindo-o estremecer. Sebastian fechava os olhos e gemia, mas não lutava mais, apenas se deixava ser tocado e beijado. E quando Eva percebeu que ele estava totalmente entregue e sem defesas, uniram-se, e ele abafou um gemido.

       - Está tudo bem, relaxa.

       Por um momento só ficaram parados, ela meio que deixando que ele se acalmasse, até que ela começou a se mexer sobre ele. Eram movimentos lentos, mas precisos, Eva se esforçava para dar o máximo de prazer á ele que nunca sentira nada igual, e então ela intensificou os movimentos á medida que ele parecia mais a vontade. Pela primeira vez, Sebastian sentiu prazer no ato sexual, levando em conta até então só havia praticado á força ou sendo pago, pelos tipos mais nojentos de pessoas. Digamos que foi como perder a virgindade, mas do jeito certo.

        Foi com jeitinho e de pouco em pouco que Eva conseguiu ir quebrando a redoma que Sebastian havia construído em torno de si. Foi necessário muito, mas muito carinho para que Sebastian pudesse abrir seu coração para esse novo sentimento. Não era amor como o dela, era algo diferente. Era respeito, admiração, um grande carinho, além do fato de Eva fazê-lo sentir-se bem apenas com sua presença. Começaram então a namorar no verão de mil novecentos e noventa e quatro.

        Um dia, estavam os dois na cama, depois de terem feito amor. Estavam os dois abraçados, vendo a chuva cair lá fora através do vidro da janela do quarto de Eva, num momento de felicidade que guardariam na memória para o resto da vida, quando do nada Eva disse:

       - Quer casar comigo? – disse naturalmente, porém assustando ele.

       - Que? Casar? – disse atordoado. – Ouvi bem?

       - Sim.

       - Tipo “casar”, de papel passado e tudo? – ainda estava confuso.

       - Mais ou menos isso. – sorriu.

       - Fala sério? – disse olhando bem nos olhos dela, com uma expressão seríssima. – Não é brincadeira? Pois, se é, não tem a menor graça.

       - Nunca falei tão sério em toda a minha vida. – disse afastando-se um pouco e sentando-se na cama.

       Eva olhava agora para Sebastian que também se sentara na cama e tinha agora um olhar triste. Notou que havia algo errado.

       - O que foi?

       - Faz um tempo, eu estava me afogando no meu próprio desespero, - sussurrou – perdido e sem nada. Então você apareceu e minha vida mudou e pela primeira vez eu sinto que pertenço a algum lugar. Tudo isso parece um sonho.

       - Más. . . – Eva sabia que havia um “más”.

       - Mas eu tenho medo que seja exatamente isso, um sonho. Medo de que uma hora eu vou acordar e ver que você não está aqui, que nada disso é real.

       - Eu sou real. – aproximou-se e o beijou profundamente. – Eu estou aqui e não consigo imaginar minha vida sem que você esteja nela.

       - Me aceita como eu sou? Me ama tanto assim? – disse com os olhos marejados.

       - Sim, amo. Amo tanto que não me importo com o fato de que você não me ama. – disse fazendo-o sentir-se mal por ser verdade.

       - Eva. . . – ele queria dizer alguma coisa, mas as palavras morreram em sua garganta.

       - Tudo bem, o meu amor é suficiente para nós dois. Mas não quero que se sinta obrigado a isso só por que acha que tem uma divida comigo. Você não tem. Isso é algo que tem que vir do seu coração também.

       Sebastian ouvia tudo calado absorvendo essas palavras.

       - Você tem certeza que tem paciência para me aguentar? – disse com um sorriso por entre as lagrimas. – já vou avisando que sou chato, sou o tipo de marido antigo, vai ter que cozinhar e passar pra mim. – disse brincando, fazendo-a rir. – Ah, sim, mulher minha tem que usar véu. Onde já se viu uma mulher de respeito se mostrando por ai assim?

       - Cala a boca. – disse beijando-o.

 

        Um tempo depois se casaram “de papel passado e tudo”, na primavera de mil novecentos e noventa e cinco. Foi um casamento simples, com pouquíssimas pessoas e Luigi e Pietro como padrinhos. Foi o dia mais feliz da vida de Sebastian e ele guardaria todas as imagens desse dia na memória. Todas menos uma, que ele não viu, na verdade ninguém viu quando Luigi deixou a festa, trancou-se em seu quarto e começou a chorar desesperadamente. Nem que ele chorara a noite toda. E quando o viram no dia seguinte e Sebastian lhe perguntou o porquê dos olhos vermelhos ele mentiu, dizendo havia bebido demais e que estava de ressaca. Ninguém saberia realmente o que aconteceu e se dependesse de Luigi, ninguém saberia. Principalmente Sebastian.

        A terra muda, os ventos mudam e como eles, Sebastian também mudou. Todo o amor que Eva lhe dava abrandou seu coração, fazendo-o esquecer-se de todo o ódio que sentia. Ele entrara numa faze calma e começou então á experimentar algo que esse ódio não lhe permitia antes, a paz.

        E foi nessa nova fase de calma que Eva engravidou, dando á Sebastian a maior alegria de sua vida. No outono de mil novecentos e noventa e seis, nasceu um menino a quem Sebastian chamou de Angelo, pois quem quer que colocasse os olhos nele diria que ele trazia a beleza dos anjos. Era inegavelmente um Desmont, com os olhos verdes do pai. E quando Angelo nasceu, Sebastian rezou para que ele não tivesse o mesmo destino trágico a que todos os homens dessa família estavam fadados.

       Sebastian amadurecera, tornara-se um homem de bem, trabalhador. Amava Eva, Angelo e seus irmãos mais que a si mesmo. Um bem estar que nunca imaginou foi gradativamente fazendo-o se esquecer de Robert Murphy, Aaron River e todo o sofrimento do passado. A esperança era como um pássaro que ia montado seu ninho no coração dele, depois de voltar de um longo período longe. E enfim, depois de tudo o que havia acontecido, descobriu oque a palavra felicidade significava.

 

       Seria oportuno se essa história acabasse aqui. Seria um belo final feliz para o nosso herói que já sofrera tanto, afinal ele o merece. Todos ficariam contentes, pois tudo terminaria bem. Mas esse não era o final, não ainda. Seria ótimo se ele alcançasse a felicidade assim tão fácil, seria perfeito. O destino como um espectador sádico, achava que isso não era o suficiente, e lhe preparou mais uma.

       Depois de dois anos que Angelo havia nascido, mais precisamente na sua festa de aniversário de dois anos, Eva desmaiara. Ela já vinha aparentando saúde fraca fazia um tempo e depois disso decidiu procurar um medico. Depois de vários exames feitos, foi constatado que Eva tinha Leucemia. Fora um grande choque para Sebastian, talvez maior para ele do que para a própria Eva.

       Como já disse, a felicidade durou pouco para o nosso amigo, que via seu anjo salvador sofrer com a doença. Via a chama da vida dela apagando um pouco a cada dia, porém mantinha aquele fiozinho de esperança. Não iria desistir de curá-la. Tomou a frente do vinhedo, cuidando muito bem dos negócios da família para que também pudesse procurar por tratamentos mais modernos, e assim a historia seguiu.
 

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

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Editora Gente e a parceria com o blog

     Olá Leitores!
     O blog Natalia de Oliveira escreve. . .  firma agora parceria com a Editora Gente ! É o blog trazendo mais conteúdo de qualidade para vocês! São vários titulos, preços acessíveis, facilidades.
Visite o site da editora e confira!

Conheça um pouco mais desse parceiro

Fundada em 17 de maio de 1984, a Editora Gente tem orgulho de ocupar um espaço destacado no mercado editorial brasileiro, com grande reconhecimento no segmento e também entre nossos consumidores como uma empresa profissional, inovadora, dinâmica, e, sobretudo, humana.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

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Promoção "Hannibal Lecter"

  Olá Leitores!!

     O blog trás mais uma promoção agora para o natal! A Promoção "Hannibal Lecter" .
     Quem não ama esse cara? Para vocês, estarei sorteando dois livros! Não é uma para cada, o ganhador leva os dois! "O silêncio dos inocentes" e "Dragão Vermelho", os dois primeiros livros onde esse personagem cativante aparece!
      Para participar, basta clicar na aba "Promoções" e preencher o formulário, respondendo a pergunta:

"Oque você diria para convencer Hannibal Lecter á te ajudar á pegar um assassino serial?"

A melhor resposta ganha, então, criatividade meu povo!!!!!!!

Boa sorte!!!

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

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Lista negra

     Olá Leitores!
     É com profunda angústia que eu venho at´vocês hoje, dando início á um novo segmento do blog, a seçã Lista Negra .
     Existem milhões de livros escritos no mundo, desde que o ser humano descobriu que poderia escrever, oque não quer dizer exatamente que todos eles sejam bons. Eu já li livros por quais me apaixonei, bem como li livros e ainda não acredito que perdi horas preciosas da minha vida. Me espanto com a facilidade a aceitação que esses livros tem, muitos deles virando modinhas. (Se tem uma coisa que eu detesto é modinha).
     Vejo por ai, tanta gente como robôs, programados para gostar da mesma coisa, só por que todo mundo está falando sobre. Há uma grande diferença entre fama e qualidade. É raríssimo que os dois andem de mãos dadas.
     Por esse motivo, e como forma de protesto, dedicarei a seção Lista Negra para resenhar e dar minha sigela opinião sobre essas heresias literárias.
     Eu sei que vou irritar muita gente, mas eu tinha que compartilhar isso com vocês. E para aqueles que estão com os dedinhos coçando para postar comentários inflamados sobre isso e sobre as futuras resenhas, analize se você REALMENTE gostou do livro em questão.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

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"Sebastian" parte II, cap II

Parte II
Capitulo II
"Liberdade"
 

       Eva mandara servir á Sebastian uma boa refeição no quarto mesmo, puxa, como estava com fome. Ele esperou que ela voltasse durante certo tempo, mas ela não veio. Procurou então suas roupas no closet e as encontrou cuidadosamente dobradas. Vestiu-se pensando em tudo que Eva lhe disse e se deveria ir embora sem falar com ela. Eva era agora uma senhora distinta, que não deveria se misturar com esse tipo de gente. “É melhor assim.” Pensou. Divida por divida, á seu ver estavam quites. Tudo o que queria era falar com Francesco e explicar por que voltava há essa hora e sem dinheiro.

       Saiu pela porta de seu quarto e deparou-se com um corredor cheio de portas, a ala dos quartos. Atravessou o corredor mancando e ao final havia uma escada que levava á sala de estar. Desceu a escada e observou que a sala era grande e bem decorada com móveis antigos, porém bem conservados. Obras de arte, esculturas e quadros davam um ar sofisticado ao ambiente.

       Atravessava a sala e percebeu que havia na parede do lado direito uma porta de vidro que levava a uma varanda. Pôde ver Eva através do vidro, sentada sozinha numa mesa branca redonda de quatro cadeiras, saboreando um chá. Ela parecia entretida naquilo e parecera não notar que Sebastian a observava, no entanto, começou á falar.

       - Já vai indo Sebastian? Sem se despedir? – disse calmamente. – Venha até aqui.

       Bem, já que seu plano de sair de fininho havia ido pelo ralo, tudo bem. Caminhou até a varanda que era grande como numa casa de campo e dava a volta na casa Aquela era só uma das três portas de acesso á varanda.

       - Sente-se. – Eva continuou.

       Meio relutante Sebastian obedeceu.

       - Eu lhe disse que nossa conversa não havia acabado. – Eva dizia calma.

       - Eu sei, mas eu preciso ir, tem gente esperando por mim. – não queria dizer que tinha que encontrar com Francesco, nem mesmo o motivo.

       - Se já esperou até agora, pode esperar mais um pouco. – deu uma golada em seu chá e recolocou a xícara na mesa. - Encontrei uma coisa em seu bolso, - disse procurando uma coisa em seu próprio bolso e colocou em seguida sobre a mesa um pacotinho transparente de plástico com um conteúdo que parecia um pó branco. - É seu?

       Sebastian desviou o olhar envergonhado. Sentia-se mal agora que Eva havia descoberto sua fraqueza. Ficou em silêncio reavaliando os motivos que o fizeram recorrer aquilo e isso só fez com que desejasse loucamente aquele pacotinho em cima da mesa. O pior de tudo era encarar a realidade e saber que aquilo não melhorava as coisas, apenas as maquiava, e quando o efeito passava, seus problemas continuavam ali, prontos para atormentá-lo de novo.

       - Eu tentei não me agarrar a isso. - disse sem conseguir encara-la – No começo eu pensei que força de vontade bastaria. – ele esfregou o nariz. - Eu estava errado.

       Eva adiantou-se e segurou a mão de Sebastian entre as suas num gesto acolhedor. Ela não o julgava, ele podia ver em seus olhos que ela não o julgava e isso mexeu com ele. Tanto que Sebastian desviou novamente o rosto, pois não queria que ela visse que ele começava a chorar.

       - Acho que é sua vez de contar a sua historia. – ela olhava e falava com ele de um jeito terno, como há muito tempo não falavam.

       Sebastian fitou-a, respirou fundo e contou tudo. Tudo desde aquele dia fatídico no qual sua vida acabara: o dia em que seu pai morrera. Contou como fora vendido e tirado de seu país e de como fora jogado nas ruas por Don Giovanni e tudo o que acontecera desde então até a noite passada, na qual se encontraram de novo. E contar tudo isso o fazia desejar o pacotinho como louco.

       - E é isso. – disse limpando as lagrimas dos olhos ao fim do relato – E agora que sabe quem eu sou e tudo o que fiz, que não sou o anjo que você pintou esses anos todos, longe disso, pois anjos não vivem no inferno. Sabendo de tudo isso, ainda acha que eu mereço sua ajuda, sua gratidão? – disse rude.

       - Agora mais do que nunca. – respondeu sem pensar duas vezes. – Vou ajudá-lo a sair dessa, pode ter certeza.

       Sebastian riu forçadamente.

       - Você tem bom coração. Na minha vida encontrei poucas pessoas assim. Você tem fé, – disse levantando-se. – mas não pode me ajudar.

       Sebastian ia afastando-se em direção á porta de vidro quando Eva chamou sua atenção.

       - Espere. – disse fazendo-o parar e virar para ela.

       Sebastian não havia percebido, mas havia uma bolsa pendurada em uma das cadeiras daquela mesa, e ele viu quando Eva pegou a bolsa e tirou de dentro um talão de cheques.

       - O que está fazendo? – ele disse intrigado.

       - Já que você está indo embora, vou pagar pelo tempo que ficou aqui. – disse séria.

       - Não quero seu dinheiro. – disse ríspido.

       - Mas quanto á Francesco?

       - Eu me viro. – aproximou-se e deu um leve beijo nos lábios dela. – Adeus Eva.

       Lentamente afastou-se e saiu pela porta de vidro de volta á realidade de sua vida, rumo á uma conversa com Francesco que só poderia ser descrita como dolorida.

       Eva sentia-se tão impotente em não poder fazer nada para ajudá-lo, mas também ele era orgulhoso demais para admitir que precisava de ajuda. Tudo bem, não importava, não ia desistir tão fácil assim.

 

       A noite chegou e no centro de Nápoles, o trio estava outra vez em seu ponto em frente a lanchonete. Sebastian levara outra surra, dessa vez de Francesco, pela perda do dinheiro e não estava se aguentando de dor, mas tinha que trabalhar mesmo machucado. Essa era sua vida e seria sempre assim, não importava o quanto encontrasse pessoas boas como Eva, elas iriam embora muito rápido. Então acordava e voltava para as ruas, onde era seu lugar.

       Estava sentado no degrau da lanchonete por não conseguir nem ficar em pé, o que estava deixando seus amigos preocupados.

       - Cara, o Francesco exagerou dessa vez. – Pietro disse alarmado.

       - Mas também, ele voltou aquela hora e sem dinheiro. – disse Luigi.

       - Eu estava com aquela moça. – Sebastian disse com dificuldade.

       - Poderia ter aceitado o dinheiro dela. - argumentou Pietro. – Talvez ele não tivesse te batido. . . tanto.

       Ficaram discutindo isso por um tempo até que um carro conhecido estacionou perto deles. Era Eva, que outra vez vinha procurá-lo.

       - Você não desiste, não é? – disse Sebastian ainda sentado.

       - Vai entrar logo nesse carro ou vou ter que trazer você arrastado como da última vez? - Eva disse com um sorriso zombeteiro que provocou risos em todos.

       - Seja lá o que foi que você fez para ela estar tão na sua desse jeito, por favor, me ensina. – Pietro disse impressionado.

       Com dificuldade Sebastian levantou-se e mancando caminhou até o carro, abriu a porta e entrou.

       - O que quer comigo agora?

       - Eu pensei que poderíamos dar uma volta por ai.

       - O que quer comigo. – repetiu a pergunta, notando uma segunda intenção no ar.

       - Tenho uma surpresa para você, mas primeiro você terá que confiar em mim. – disse enigmática.

       - Confiar? – pareceu pensar a respeito. – E eu tenho escolha?

       - Não. – ela sorriu.

       Eva deu a partida no carro e foi dirigindo pelas ruas noturnas, num momento que parecia irreal. Ambos estavam em silêncio, cada um com seu pensamento. Eva exibia um singelo sorriso de satisfação e Sebastian olhava tristemente para o lado de fora através da janela. Já havia perdido a conta de quantas vezes passara por aquelas ruas á noite, rumo a algum lugar que não queria ir. Não conseguia se acostumar, todo esse tempo aparentando não se importar era apenas para esconder o que realmente sentia: pavor, do momento que o cliente dizia olá, até o momento que ele dizia adeus. Porém não se sentia assim com Eva. Tudo bem, ela não era exatamente uma cliente. Não sabia explicar, não sentia aquela sensação ruim perto dela, e isso devia significar alguma coisa.

       Já estavam circulando á certo tempo e Sebastian conhecia muito bem aquelas ruas. No entanto, percebeu que o caminho que estavam pegando estava começando a ficar familiar demais.

       - Onde estamos indo? – Sebastian perguntou começando a ficar ressabiado.

       - Vai ver. – Eva disse enigmática.

       Ele conhecia bem aquelas ruas, e ainda mais o caminho. Já o havia feito milhares de vezes. Começou a ficar inquieto e nervoso Ela não podia estar levando ele para lá, não ela. Porém quando o carro entrou naquela rua teve certeza, estavam indo para a mansão de Don Giovanni.

       Logo chegaram aos portões daquele imponente imóvel branco, estilo colonial com jardim bem cuidado, tudo muito lindo, com exceção dos guardas armados que vigiavam a casa. O carro estacionou e ficou esperando, até que os guardas vieram até eles.

       - Por que me trouxe aqui? – disse Sebastian com visível nervosismo

       - Eu já disse para confiar em mim. – Eva respondeu séria.

       Nesse momento os guardas se aproximaram e Eva abaixou o vidro, recebendo-os com um sorriso simpático.

       - Seu patrão Don Giovanni está? Tenho negócios a tratar com ele.

       Os guardas se entreolharam confusos e desconfiados. Um deles pegou o radio e disse:

       - Vicenzo, tem uma senhora aqui com o americano. Querem falar com o chefe.

       Depois de um tempo de silêncio, pôde-se ouvir a voz etérea que saia do radio:

       - Deixe-os passar. – era a voz de Vicenzo.

       Eles sorriram, abriram o portão e os dois entraram com o carro pela entrada através do jardim. Ao saírem do carro, em frente á porta principal, aqueles mesmos dois guardas que abriram o portão estavam lá para revistá-los, como dizia o chefe, “regras da casa”.

       A porta principal foi aberta por uma empregada que Sebastian conhecia e lhe dissera um olá seco. Ela os acompanhou até a sala e logo Vicenzo apareceu, pedindo que o acompanhasse até o escritório, ali no térreo mesmo.

       Sebastian sentia calafrios cada vez que entrava naquela casa, pois em todas as vezes, algo ruim acontecia. O que Eva queria com Don Giovanni? Provavelmente iria arrumar encrenca e ele ia acabar se ferrando de novo.

       Na sala havia uma porta que era o escritório, Vicenzo a abriu e Sebastian deparou-se com o criminoso, analisando calmamente alguns papéis em sua grande mesa de mogno. Nunca havia entrado em seu escritório, era um lugar bem bonito, em contraste com as coisas que deveriam acontecer lá dentro quando as portas se fechavam.

       - Não costumo receber gente sem hora marcada, Sebastian, devia saber disso. – disse sem tirar os olhos dos papéis. – Mas teve sorte de me pegar de bom humor.

       Ele levantou o rosto. Estava mais velho, claro, mas não menos bonito. Seu ar sedutor e arrogante só parecera aumentar. Os olhos vermelhos tão penetrantes analisavam a dupla agora e sorria aquele sorriso cínico de bandido característico dele e daquele outro, Robert Murphy.

       Levantou-se e estendeu a mão para Eva.

       - Eu não te conheço, mas você certamente me conhece. – disse com voz macia.

       - Sou Eva Stefanelli. – cumprimentou ele educada.

       - Sente-se, senhora Stefanelli. – disse sentando-se novamente, apontando a cadeira á sua frente. – Vejo que já conheceu um de meus garotos.

       - Sim. – Eva disse sentando-se.

       - Mas oque aconteceu com ele? – Don Giovanni disse ao reparar nos hematomas no rosto dele.

       - Bem. . . – Sebastian ia começar a falar quando Eva o interrompeu.

       - Isso, Don Giovanni, é o que acontece com seus garotos nas ruas. – Eva disse alfinetando-o - Mas esse não é o motivo que me trás aqui.

       - E qual seria? – perguntou dando de ombros.

       - Quero pagar a dívida que Sebastian e os irmãos Tomazi têm para com o senhor.

       - O que?! – Sebastian e Dom Giovanni disseram juntos incrédulos.

       - Eva, não precisa fazer isso. – Sebastian disse ao perceber o que ela queria fazer, porém ela o ignorava.

       - Diga em quanto está a divida, que eu estou disposta á pagar. – continuou.

       - Está brincando? – disse Don Giovanni.

       - Está louca? – protestou Sebastian.

       - Tenho cara de quem está brincando, Don Giovanni? – disse Eva decidida.

       - Senhora Stefanelli, - Don Giovanni disse em tom de deboche - ele não é tão bom de cama assim, eu sei, eu o provei. – ele disse ferindo Sebastian.

       - Os motivos que me fazem querer ajudá-lo não estão em discussão aqui.  – ela retorquiu - Então, diga logo quanto você quer. – disse pegando da bolsa o talão de cheque e uma caneta.

       Don Giovanni pareceu pensar um pouco analisando a situação. Então de repente disse:

       - Quinze mil por Sebastian e mais dez mil por cada gêmeo. – disse vendo-a escrever no talão. – Tem certeza de que quer fazer isso? Quem é você?

       - Apenas uma mulher rica. – ela terminou de escrever, destacou a folha e entregou ao homem á sua frente. – Ai tem cinquenta mil: quinze por Sebastian, dez por cada gêmeo e mais quinze para deixá-los em paz daqui para frente.

       Don Giovanni esboçou um sorriso seguido de um franzir de testa.

       - Eu não sei. . . – ele relutou com o cheque nas mãos.

       - Quer que eu aumente o valor? – disse ele decisiva em resposta.

       - Não, o valor está ótimo. – ele analisou o papel outra vez. – Está feito, Eva. - levantou-se e caminhava em direção ao rapaz. – Eu me lembro de quando você entrou por aquela porta pela primeira vez. Tão assustado e arisco, como um filhote de gato. – sorrindo aproximou-se e o abraçou. – Você sempre foi meu preferido. – tocou seu rosto e o beijou nos lábios. – Quando precisar de mim, sabe onde me encontrar. Minhas portas sempre estarão abertas para você.

       Sebastian estava pasmo, atônito. Não acreditava no que acabara de acontecer ali, bem na frente de seus olhos. Será que era um sonho? Só podia estar sonhando. Estava livre, livre! Eva, aquele anjo, pagara sua divida. Não era mais propriedade de Don Giovanni.

       - Vamos querido. - Eva levantou-se e o pegou pelo braço. – Você nunca mais terá que vir até aqui de novo.

        Saíram do escritório. Eva puxava-o pelo braço e atravessaram a sala e saíram pela porta. Sebastian ainda estava entorpecido pela noticia, tinha os olhos marejados. Pararam em frente do carro dela e se abraçaram.

       - Isso está mesmo acontecendo? – Sebastian perguntou quase sem voz.

       - Está sim, meu querido. Agora tudo vai ser diferente.

       Eva entrou no carro, porém Sebastian ficou mais um tempo do lado de fora, respirando fundo e pela primeira vez em dez anos, como um homem livre. Quando entrou no carro ainda limpava os olhos com as costas das mãos. Para Eva era bem diferente vê-lo chorar de tristeza e vê-lo chorar de alegria.

       - Aonde quer ir? Já está tarde. – ela disse animada.

       - Eu não sei. - disse parando para pensar. – Aquele galpão no porto foi demolido alguns anos atrás, desde então não temos lugar certo para ficar.

       - Então vamos para minha casa. Lá você vai dormir e amanhã. . . Bem, amanhã nós pensaremos em alguma coisa. – sorria confiante.

       Sebastian segurou sua mão e olhou fixamente em seus olhos.

       - Eu nunca vou conseguir te pagar. . .

       Eva sorriu e acariciou seu rosto.

       - Quando eu te conheci, você tinha uma sombra no olhar. Veja só, ela sumiu. – disse sorrindo. – Esse é meu pagamento. – disse Eva com o sorriso mais doce que Sebastian já vira.