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sábado, 18 de agosto de 2012

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A Desculpa


A Desculpa

....

Eu te gostei.

Gostei mesmo. Simplesmente gostei. Fazer o que.

Sei que a vida é assim. Ninguém manda no sentir, no curtir, no gostar.

Não faço questão de agradar. De ser visto. De ser notado. De ser apreciado. De ser...

Você melhor do que ninguém deve saber.



Só não entendi por que veio, então.  A porta está sempre fechada. Sempre.



“Possessions never meant anything to me”, que que eu vou fazer.



Mas veio. Abriu a porta. Entrou.

Falou coisas primeiro. Falou verdades. Mostrou cantos escondidos da tua vida, do teu ser.

Mas da mesma maneira que entrou, você saiu. Do nada.

E é automático do ser se culpar. Pensar no que fez errado. No que poderia ter feito.

A vida é assim. Os bons fazem tudo certo e ainda ficam se culpando pela fraqueza das outras pessoas.

Falta verdade. Falta vontade. Falta decisão.

As pessoas não têm certeza do que falam. Do que fazem. Não conseguem falar um “é por isso” ou “é por aquilo”. Preferem dizer que o problema é com elas e não com você.

“Quem quer dá um jeito, quem não quer dá uma desculpa.” Usei essa frase antes de você.
                                                                                                         Cássio Antoniazzi
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Silent Sea


Silent Sea



Sonho contigo ao meu lado

E mesmo sem esperança,

Carrego este pesado fardo.



És tu, meu grande amor,

Lindo como o silencio do mar.

Ainda sigo a lhe amar

Que ao soar o seu nome,

Meu coração volta a palpitar.



Escorrem lágrimas à mercê

No tempo em que nada existia,

Além de eu e você.


LUCAS ZENI    
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Better


Better

Somos melhores que muitos

E muitos melhores que nós.

Muitos são até melhores que

Aqueles que achamos serem

Melhores que nós e que nos acharão

Melhores que eles.



Na verdade, somos todos iguais,

Com as mesmas chances,

Capacidades, esperanças e sortes...

Somos suscetíveis a tudo
                                            LUCAS ZENI        
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Realidade Emocional


   Realidade Emocional




Diante daquela mesa, sentado
observando....
Encontro muitas bocas e muitas bocas se encontram.
Tenho pensando em um sentido para toda intimidade.
Não prossigo nas paixões e emoções, mas muito tenho a dizer.
Deixe-me aqui, e fique por aqui.
Ver a perdição de alguém que amo não faz sentido,
Não desejo a ninguém.

...

Alguém bate à porta, o que devo esperar?
Mais um encontro, de tantos, sem sentido, sem sentimento.
Apenas mais um suor na cama e um beijo molhado,
De alguém que não me esperará no café da manha e nem me levará pra jantar

...

Uma mensagem no celular,
Belas palavras e um coração no final...
Devo acreditar?


Não desta vez....

                                                            
                                                                                       TULIPA
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Sobre a distancia


Sobre a distância

não gosto de abraços prolongados
eles siguinificam DESPEDIDA
não gosto dos seus olhos
quando eles siguinificam ADEUS

mas não fique triste
não estamos tão longe
quer dizer
assim tão longe
como você pensa

olhe pra lua
está vendo?
eu também estou olhando pra ela
se estamos olhando para
o mesmo objeto
ao mesmo tempo
se partilhamos da mesma lua
essa noite

é porque não estamos assim
tão distantes....


LEONARDO MINGOTTI                         

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Historias que tocam o coração


HISTORIAS QUE TOCAM O CORAÇÃO

Eu voltava para casa quando uma senhora redonda usando um óculos de intelectualóide maior que o seu rosto me abordou.
- Você gosta de ler? – perguntou.
- Gosto.
- Eu escrevo histórias que tocam o coração. Românticas, sabe?
- De uma forma ou de outra todas as histórias podem tocar.
Ela abriu um sorriso de tia e se aproveitou da minha boa vontade.
- Você é muito querido.
Devolvi outro sorriso, evitando pegar um dos seus exemplares. Ela insistiu. Peguei um. Antes de eu ler a primeira linha ela falou que cobrava apenas dois reais. Fechei o livrinho e o devolvi, agradecendo.
- Eu comprei uma cerveja agora pouco e fiquei sem dinheiro – me expliquei. E foi a verdade. E mesmo que não fosse eu iria dar a mesma desculpa. Sempre invejei as pessoas sinceras. Eu sempre precisei dar alguma desculpa.

- Qual cerveja você tomou? – perguntou.
Respondi, e a mulher lamentou por estar “trabalhando” e não poder tomar uma e resolveu me entregar um de seus escritos de presente. Ela não havia entendido que eu não queria nem de graça. Mas aceitei para me ver livre de uma vez.
- Obrigado – respondi automaticamente.
Ela colocou suas mãos em meus ombros e se despediu.

Observei sua enorme bunda se distanciando. Parecia um gigante par de bochechas que balançavam em sincronia com seu caminhar cansado da vida de inseguranças e desperdícios. Ficou parada diante de uma lata de lixo por alguns instantes e então colocou fora seus livros que tocavam o coração. Acomodou-se na mesinha em frente a um bar e pediu uma cerveja, encerrando seu expediente mais cedo e, pelo jeito, encerrando sua tentativa frustrada de se tornar uma escritora. Sábia decisão.
Aliviado por ela resolver parar de tentar tocar os corações de estranhos na rua, também coloquei meu exemplar fora.

EDU STELMACK